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sexta-feira, 15 de março de 2013

A riqueza do Cerrado

Como um baú cheio de tesouros

Conheça a região que abriga um terço das plantas e animais do Brasil!

"Tente imaginar um lugar que abrigue metade das aves brasileiras e 40 de cada 100 mamíferos do país, além de muitos outros animais e de quase sete mil espécies de plantas. Como você acha que deve ser esse espaço? Para começar, deve ser enorme, não é? Também precisa ter clima favorável e água para todos, concorda?

Pois bem. Esse lugar existe e é ocupado pelo que chamamos de cerrado. Ele contém nada menos que um terço da biodiversidade do nosso país, ou seja, de cada 100 espécies de seres vivos brasileiros, cerca de 33 vivem por lá. O cerrado é considerado o segundo maior bioma do Brasil, isto é, o segundo maior conjunto de espécies animais e vegetais que vivem em uma mesma área, atrás apenas da Amazônia.

O cerrado é um tipo de savana - vegetação que ocorre em lugares que sofrem períodos de seca - e ocupa boa parte do território brasileiro. Só para você ter uma ideia, caso o Brasil fosse dividido em cem partes iguais, esse bioma preencheria vinte e uma delas. A área central do cerrado está concentrada nos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, mas ele chega também a Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá.

Localizado sobre o Planalto Central, o cerrado brasileiro estende-se por um terreno plano, com algumas depressões e vales onde nascem importantes rios do país, como o São Francisco e o Tocantins. Ele tem períodos de seca e chuva bem definidos e, apesar de não ser rico em nutrientes, seu solo pode ser adaptado com facilidade à agricultura.

Mas a marca registrada desse bioma é mesmo a variedade de espécies animais e vegetais. São bichos e plantas tão distintos que, passeando pelo cerrado, podemos ficar surpresos com as diferentes paisagens que encontramos. Quer um exemplo? Ao longo dos cursos d’água, nascem árvores como o jatobá e o jacarandá, que formam as 'matas de galeria'. "

Riqueza ameaçada

Diversos bichos do cerrado estão na lista de animais ameaçados de extinção

"Você sabia que, de cada dez espécies de animais, plantas e microrganismos, uma ocorre no Brasil? Não? Pois é verdade. E o cerrado, que abriga cerca de 32 mil espécies, é um dos biomas que mais contribui para esse número tão impressionante!

Infelizmente, com a destruição que vem sofrendo, a importante variedade de espécies do cerrado está ameaçada. Diversos animais que vivem nesse bioma correm risco de extinção -- e o pior é que alguns deles não são encontrados em outras partes do Brasil nem do mundo!

Quer exemplos? Então, lá vai: quase 200 espécies de mamíferos habitam o cerrado. Entre elas, o grupo mais variado é o dos morcegos, com 81 espécies registradas. No entanto, 17 estão oficialmente ameaçadas de extinção, entre elas o morceguinho-do-cerrado (Lonchophylla dekeyseri), que só existe nesse bioma. E essa lista pode crescer ainda mais com a revisão dos estudos sobre o tema! E tem mais: das 177 espécies de répteis do cerrado, pelo menos 22 estão ameaçadas, incluindo todas as espécies de jacarés que vivem por lá.

A destruição do habitat natural dos bichos é uma das principais ameaças à sua sobrevivência, mas não a única. A caça de animais silvestres, apesar de proibida por lei, ainda é uma prática comum. Além disso, acidentes em estradas que cortam o Cerrado são um perigo a mais para as espécies."

Fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/materia/view/1492
http://cienciahoje.uol.com.br/materia/view/1495
Acesso em 23/06/09.
Visite o site da CH on line das Crianças e veja os textos completos, além de belas imagens.


Morcegos

A vida nas trevas

"Os morcegos são mamíferos que possuem uma alimentação variada. Entre as quase 1000 espécies conhecidas, apenas três se alimentam de sangue. Os morcegos das demais espécies alimentam-se de: frutas (manga, banana, mamão, goiaba, por exemplo); néctar e de pólen de flores, como as do ipê e do maracujá-de-restinga; folhas diversas; insetos, muitos dos quais daninhos às lavouras (gafanhotos e certas mariposas, por exemplo); animais (como ratos, pássaros, lagartos, pequenos peixes e rãs).
Ao se alimentarem de flores, os morcegos podem transportar pólen de uma flor para outra e assim contribuir para a reprodução de certas espécies de plantas. Ao alimentar-se de frutos, podem dispensar sementes, contribuindo também para a reprodução dessas espécies vegetais. Alimentando-se de animais, como gafanhotos e ratos, os morcegos têm importante papel no controle de algumas pragas agrícolas.
Os morcegos também podem auxiliar na manutenção da vida em cavernas escuras. Nesses ambientes, em virtude da ausência de luz solar, não se desenvolvem seres fotossintetizantes. Os morcegos saem das cavernas em busca de seu alimento. Quando retornam, eliminam fezes ricas em nutrientes, que se acumulam no piso das cavernas. As fezes dos morcegos podem então alimentar animais, como certas espécies de grilos, moscas e besouros que habitam as cavernas. Esses animais, por sua vez, podem servir de alimento para outras espécies desse mesmo ambiente, como certas aranhas e centopéias.
Se os morcegos abandonarem as cavernas à procura de outro local em que possam se instalar, grilos, besouros, aranhas e centopéias, entre outros animais, ficam à míngua de alimentos, e a vida corre o risco de desaparecer pouco a pouco nesse ambiente.
Assim, trazendo matéria e energia do mundo banhado de luz para o interior das cavernas escuras, os morcegos atuam como o elo entre o mundo iluminado e o mundo das trevas.
Como você vê, nem sempre as cadeias alimentares na natureza são iniciadas por organismos produtores."


Fonte:
Ciências - O Meio Ambiente - 5ª série, página 30.
Carlos Barros e Wilson Paulino
Editora Ática, São Paulo, 2006.

Leia mais sobre morcegos no site: http://www.morcegolivre.vet.br/tt_morcegos.html

Comedor de formigas

Tamanduá
Myrmecophaga tridactyla

"Myrmecophaga tridactyla foi a maneira mais elegante que os cientistas encontraram para denominar um legítimo comedor de formigas. Aliás, myrmeco quer dizer formiga e phaga, alimentação. Você, que está a ponto de dar um nó na língua, pode simplificar essa história toda dizendo simplesmente: tamanduá-bandeira.
Mamífero pertencente à ordem dos Edentata e ao mesmo grupo dos tatus, das preguiças e de outros tamanduás - como o mirim e o de dois dedos - o tamanduá-bandeira só é encontrado no continente americano.[...]
O tamanduá-bandeira é o maior representante dos tamanduás, podendo pesar até 40 quilos. Tem uma cauda com pelos compridos, que ele ergue e balança quando anda, lembrando, de longe, uma bandeira. Dai a razão do seu nome.
O focinho do tamanduá-bandeira é bem longo e a boca, totalmente banguela, fica na ponta dele. Quando bate a fome, ele introduz sua língua grudenta e comprida, com cerca de 50 centímetros, na abertura de cupinzeiros e formigueiros. Se a quantidade de insetos capturada não for suficiente para encher sua barriga, ele não tem dó: com as patas da frente, quebra esses cupinzeiros e formigueiros para comer melhor.
Talvez por parentesco com o bicho preguiça, o tamanduá anda sempre devagar. Ele se apoia na parte dorsal das mãos e se locomove com as garras voltadas para cima sem tocar o chão. Quando é atacado, vira uma fera! Fica sentado para abraçar o agressor e dar golpes com suas garras, ao mesmo tempo. É por isso que para o abraço de falsos amigos, usa-se a expressão "abraço de tamanduá".
Tanto de dia como de noite, o tamanduá-bandeira pode ser visto perambulando atrás de alimento. Normalmente está sozinho, sem formar grupos.
O olfato é o principal sentido de orientação da espécie, já que os olhos e as orelhas são pouco desenvolvidos. O período de gestação dura cerca de 190 dias e a fêmea carrega na barriga só um filhote por vez. Quando nasce, o pequeno tamanduá permanece nas costa da mãe até completar pouco mais de um mês de vida.
Grande e lento para se locomover, o tamanduá-bandeira tornou-se vítima de caçadores e da perseguição de cães. Aliados à destruição de seu habitat, esses fatores contribuem para caracterizar a espécie como uma das mais ameaçadas de nosso país." (Renato Feio)

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, SBPC, nº 70, 1997,p.13-17.
Texto de Renato Feio. Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. IN:
Trilhos e Trilhas - História. Jane Gasparotto Fernandes e Maria Ângela Borges Salvadori
Editora Saraiva, São Paulo, 2004.

Lobo Guará

Lobo guará
Chrysocyon brachyurus
Animal da fauna do cerrado brasileiro, o lobo guará não é mau como mostra a história infantil. O animal é tímido e assustado, evitando até a aproximação com os humanos. Só mostra os dentes e ataca quando é acuado. Mamífero carnívoro, pertence à família dos canídeos, cuja característica é a de ter cinco dedos nas patas de trás e quatro - terminados em garras - nas da frente.
O lobo brasileiro, o guará, aguará ou aguaráçu é mais fino de corpo, tem pernas altas e porte esguio. É presa fácil dos caçadores porque é lento de movimentos. Parente do cachorro-do-mato, do cachorro-vinagre e da raposa-do-campo, o lobo guará é típico da América do Sul e está na lista dos animais ameaçados de extinção.
Por ter uma cor pardo-avermelhada é que ele tem esse nome, pois a palavra gwa'rá é originária da língua Tupi e significa vermelho. O lobo guará tem o corpo delgado com pernas finas e longas e orelhas grandes sempre erguidas. As patas e as crinas são pretas e a ponta da cauda e o colar são brancos. Na fase adulta pode medir até 1,80m da ponta da cauda até o focinho. A altura pode chegar a 1 metro, quando estará pesando em média 23 quilos.
Fonte ( fotografia e texto adaptado):
Revista Cerrado - 1995
Wagner José de Oliveira Rolim e Sidney Dutra Corrêa
Universidade Federal de Goiás (Inst. de Ciências Humanas e Letras - Deptº de Com. Social).
Gráfica e Editora Bandeirante

Sobre esse animal leia também: (http://cienciahoje.uol.com.br/130239)

Encontramos mais informações sobre o lobo guará como: características, habitat, curiosidades, principais ameaças, etc. Vale a pena conferir em:
"HowStuffWorks - Como funciona o lobo-guará". Publicado em 27 de outubro de 2008 (atualizado em 27 de outubro de 2008) http://ciencia.hsw.uol.com.br/lobo-guara.htm (04 de novembro de 2008)
Há também no site acima, um quiz (perguntas com múltipla escolha de respostas) sobre o animal. Para acessar diretamente o quiz clique em: (http://www.hsw.uol.com.br/quiz.htm?q=1383)

Quati

Quati
Nasua nasua
Ordem: Carnívora
Características: Possui focinho longo, olhos e orelhas pequenos, pelos abundante e compridos, inclusive na cauda, onde se notam anéis claros e escuros. Os membros anteriores são mais curtos e escuros que os posteriores. São sociais, vivendo em grupos de indivíduos, sempre fêmeas e seus filhotes. Os machos adultos podem ser observados solitários. Andam no chão ou sobre as árvores, sendo que nas árvores os deslocamentos são feitos com rapidez e habilidade. As principais movimentações acontecem durante o dia, mas à noite também se movimentam.
Seu habitat são florestas de porte alto e cerrados.
O quati é um mamífero que pertence à família Procyonidae. Possui cerca de 60 cm de comprimento e mais de 75 cm de cauda (semipreênsil). Seu peso médio e de 11 kg, podendo viver cerca de 15 anos. Existem quatro espécies desse pequeno animal, que pode ser encontrado desde o Paraná até a Argentina. O quati possui hábitos diurnos. Assim que o dia nasce, emite sons gritantes (guincha) e começa a mover-se. Disputando ou até se divertindo com os companheiros, ele sobe nas árvores ou sai aos saltos pelo chão com a cauda erguida.
À tarde, o quati faz a sesta, quando faz calor. Dorme no alto das árvores, enrolado como uma bola e geralmente não desce antes de amanhecer. Apesar de nadar muito bem, não gosta muito desta prática.
Para encontrar seu alimento ( animais e vegetais variados), o animal se utiliza de suas garras grandes e fortes e de seu focinho comprido para escavar o solo em busca de minhoca, insetos e raízes. Aprecia também ovos, legumes e lagartos. Na procura de alimentos, os quatis utilizam seguidamente, o focinho comprido e principalmente o nariz ( muito flexível) que é introduzido em buracos sob cascas de árvores, no chão, ninhos, etc. Para capturar e segurar o alimento, os quatis utilizam as mãos.
Quando completa cerca de dois anos de idade, os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando na época do acasalamento, que ocorre no fim da primavera, tendo apenas uma ninhada por ano. A gestação dura cerca de dez a doze semanas após o acasalamento. A fêmea produz de 2 a 6 filhotes por ninhada. Por mais de um mês os filhotes permanecem no ninho, no oco de uma árvore.

Fontes:
http://www.4elementos.bio.br/trilha-virtual/fauna_flora_html/quati.htm
http://www.ucs.br/ucs/zoo/plantel/mamiferos/quati
Acesso em: 17/05/2009

O quati é mais um animal que pertence à fauna do cerrado.

Onça parda

A onça parda
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Nome popular: Onça-parda
Nome em inglês: puma, cougar, panther, ou mountain Lion.
Nome científico: Puma concolor.
Distribuição geográfica: América do Norte, Central e Sul. Habitat: Montanhas, florestas tropicais, cerrados.
Hábitos alimentares: carnívoras.
Reprodução: gestação 90 a 96 dias.
Período de vida: as fêmeas até 12 e os machos até 20 anos, aproximadamente
Nesta espécie os machos medem da cabeça ao final do corpo 105 a 195.9 cm, com cauda de 66 a 78 cm, pesando de 67 a 103 kg. Já as fêmeas da cabeça ao final do corpo medem 96 a 151 cm, com cauda de 53 cm a 80 cm, pesando de 36 a 60 kg. Com ombro de 60 a 70 cm. Geralmente os animais menores são tropicais e os maiores de montanhas, alterando peso e coloração, classificando-os como subespécies.
Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/animais/onca-parda.php
Acesso em 03/05/2009. Lá você verá vários textos sobre a onça parda, além de belas imagens.

Caça à onça parda: perigo para o ecossistema
" A onça parda vive em vários ambientes das Américas. Esse animal tem sido vítima da caça exagerada praticada por criadores de gado. Eles acreditam que assim protegem seus rebanhos dos ataques de onças.
Os carnívoros silvestres de grande porte, como é o caso da onça parda, são muitas vezes avaliados como nocivos por moradores de zonas rurais. Mas é preciso compreender que esses animais tem grande importância ecológica: situados no topo da cadeia alimentar, são considerados espécies-chave.
O conceito de espécie-chave dá a algumas espécies animais maior influência do que a outras no equilíbrio ecológico de um ecossistema. E isso se comprova: a caça indiscriminada de carnívoros de grande porte costuma provocar numa região, por exemplo, o aumento exagerado das populações de roedores como os ratos; em grande número, os roedores podem tanto devastar a vegetação natural como serem danosos à agricultura e à saúde humana.
Para proteger seus rebanhos, os criadores geralmente se organizam para matar a onça parda ou contratam caçadores para isso. Dependendo da região, esse animal tem pouca chance de sobreviver a uma caçada. Quando perseguida por cães, a onça costuma procurar abrigo no alto das árvores ou entre rochas, tornando-se alvo fácil.
A caça às onças não se justifica. É mais adequado e correto orientar os criadores para que protejam seus rebanhos. Com isso evita-se a ameaça de extinção do Puma concolor e a provável consequência de desequilíbrio ecológico de campos e florestas.
Felizmente, e apesar das dificuldades, tem aumentado o número de especialistas preocupados em desmentir a imagem de fera sanguinária que em geral se tem da onça parda."
Fonte: Ciências - O Meio Ambiente
Carlos Barros e Wilson Paulino
São Paulo - Ática, 2006 - p. 31
A onça parda é encontrada entre os animais da fauna do cerrado.

Cutia


Cutia 
(Dasyprocta aguti)
A cutia (Dasyprocta aguti) (também conhecida como cotia) é um mamífero roedor, da família Dasiproctidae, gênero Dasyprocta, de pequeno porte, medindo entre 49 e 64 cm. Sete espécies de cutias habitam o território brasileiro.
As cutias têm apenas vestígio de cauda, extremidades anteriores bem mais curtas que as posteriores, e pés compridos com cinco dedos, sendo três desenvolvidos, com unhas cortantes equivalentes a pequenos cascos, e o quinto dedo muito reduzido. Herbívoras, as cutias se alimentam de sementes e frutos. Costumam fazer uma coleta cuidadosa na época de abundância para utilização em épocas de escassez. Sua coloração é variável entre as espécie. A sua pelagem apresenta um efeito especial, aparentando ser dourada. Cada pelo possui zonas de várias cores, desde branco a castanho escuro. Este efeito de zonagem, comum em muitos outros animais tais como o lobo-cinzento, é causado por uma substância chamada eumelanina, que, durante o crescimento do pelo, é produzida de forma intermitente, dando origem a esse efeito. Por esta razão é usada a designação aguti para referir genericamente este efeito na pelagem dos animais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cutia

Acesso em: 30 de março de 2009.
Foto: Iliana Rosa

Cutia
A cutia é um mamífero roedor da família Dasyproctídae, que vive nas matas e capoeiras, saindo à tardinha para alimentar-se de frutos e sementes caídos das árvores. Possui de 1,5 a 2,8 kg de peso. A cabeça é um pouco alongada com orelhas relativamente pequenas. A dentição é composta de quatro dentes incisivos longos e curvos. A cauda é curta e nua com cerca de 1,5 cm de cumprimento.
Seus membros anteriores são bem menores do que os posteriores e exibem quatro dedos funcionais utilizados para levar o alimento à boca.
As longas extremidades posteriores (com três dedos desenvolvidos, com unhas cortantes, equivalentes a pequenos cascos) fazem com que a cutia seja boa saltadora. Os pêlos são ásperos, duros e compridos.
A coloração é variável entre as sete espécies que existem no Brasil. As espécies mais freqüentes no Nordeste brasileiro são: Dasyprocta aguti e Dasyprocta prymnolopha.
A cutia enterra o alimento em diversos locais, dentro do seu território.
Na época de escassez de alimentos ela desenterra o que foi anteriormente estocado.
A comunicação entre cutias acontece principalmente pelo olfato e pela audição.
A comunicação olfativa é realizada através de odores deixados pela secreção de uma glândula anal e pela urina e funcionam como delimitadores territoriais para localizarem o alimento anteriormente escondido e na identificação de membros do mesmo grupo.
A gestação varia em torno de 104 dias, com ciclo estral de 30.
A quantidade de filhotes por parto varia de 1 a 3, ficando a maioria das fêmeas com 2 filhotes por parto, os quais possuem o corpo totalmente coberto de pêlos, os olhos abertos e se locomovem com facilidade.
A cutia tem um hábito de bater com a pata traseira no chão o que funciona como alarme contra predadores ou um membro de outro grupo
A relação entre machos e fêmeas, numa população, deve ser em torno de um macho para seis fêmeas, podendo variar esta proporção.
Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/animais/cutia.php
Acesso em: 30 de março de 2009.


A cutia é um animal mamífero encontrado em todo o território brasileiro, o que significa que pode ser encontrada também entre os animais da fauna do cerrado.

Veja aqui ( em PDF) trabalhos (textos) interessantes sobre a cutia, de Adriana Maria Viana Nunes Pinheiro, da Universidade Federal do Piauí. Acesso em: 30 de março de 2009.

E abaixo, veja um vídeo da cutia dispersando sementes:

Cachorro do mato

Cachorro do Mato

Segundo a Wikipédia, o termo Cachorro-do-mato é a designação comum a diversas espécies sul-americanas de mamíferos da família dos canídeos, que em geral são de pequeno porte: Cachorro-vinagre, Graxaim e Guaraxaim.

Cachorro-vinagre

O cachorro-vinagre é um canídeo de pequeno porte, com cerca de 30 centímetros de altura, 60 de comprimento e 5 a 7 kg de peso. A pelagem é avermelhada e a cauda relativamente curta é castanha. A cabeça tem um formato quadrado, com orelhas pequenas, e as patas são curtas. Os dedos do cachorro-vinagre estão ligados por membranas interdigitais que facilitam a sua natação.
A principal presa destes animais são roedores de grande porte como cutias, pacas e capivaras, mas também consomem aves, anfíbios e pequenos répteis. Os cachorros-vinagre são animais gregários que vivem e caçam em bandos de até dez indivíduos. A estrutura social dos grupos é fortemente hierarquizada tal como nos lobos-cinzentos e os membros do grupo comunicam entre si através de latidos. Os seus hábitos são diurnos e de noite recolhem-se para dormir em tocas ou cavidades nas árvores.
O grupo é formado por vários casais monogâmicos e pelas crias do par dominante. Como o cão doméstico, o cachorro-vinagre tem dois períodos de cio por ano, que variam ao longo do ano conforme o sítio onde vivem. A gestação dura em média 67 dias e resulta em ninhadas de 4 a 6 crias, que nascem em tocas e são alimentadas pelos adultos até aos cinco meses. A maturidade sexual é atingida aos 12 meses e a esperança de vida média é de 10 anos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cachorro-vinagre
Acesso em: 29/04/09.
Veja fotos do cachorro-vinagre em: http://viajeaqui.abril.com.br/ng/blog/109003_comentarios.shtml?8166693

Cachorro-do-mato-vinagre

Este canídeo distribui-se pela América Central e América do Sul, desde o Paraná, Bolívia e Paraguai, até o Nordeste da Argentina. No Brasil, sua distribuição original inclui toda a Região Amazônica, Brasil Central e de Minas Gerais até Santa catarina. É uma espécie endêmica de cerrados e florestas.
O cachorro-do-mato-vinagre possui uma adaptação para viver em regiões alagadas: seus dedos são ligados por uma membrana (interdigital), o que o torna um hábil nadador e mergulhador. Pode pesar em média 7 kg. O comprimento pode chegar até 75 cm, com cauda de 15 cm e uma altura de até 30 cm. É um animal com pelagem longa e macia, de coloração parda ao longo do corpo e tons ruivo-avermelhados na cabeça, pescoço e dorso. O focinho, as pernas e a cauda são curtos em relação ao corpo.
Fonte:http://www.4elementos.bio.br/trilha-virtual/fauna_flora_html/cachorro_mato.htm
Acesso em: 29/04/09. Lá você verá o texto completo.

O cachorro-do-mato-vinagre é um animal que pertence à fauna do cerrado.

A alimentação da onça pintada

A alimentação da onça pintada

A onça pintada possui uma coloração que vai do amarelo bem claro a amarelo acastanhado e seu corpo é revestido por pintas negras que podem formar rosetas grandes, médias ou pequenas. Ela é atualmente encontrada das planícies costeiras do México até o norte da Argentina. Habita áreas de vegetação densa, com abundância de água e alimentação: áreas tropicais e subtropicais, cerrado, caatinga e pantanal.
A onça pintada é carnívora e se alimenta, principalmente, de mamíferos grandes e médios, mas também come outras presas menores. Suas caças prediletas são: capivaras, veados, antas, macacos, queixadas e até cavalos. Caça também , antas, gado bovino nas fazendas (quando há escassez de outros animais) e até outros roedores. Também caça aves e quando o faz, sabe imitar seu pio. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente pelo crânio, graças a suas mandíbulas poderosas - as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga.
Os porcos-do-mato, lhe inspiram certo respeito, porque vivem em bandos e atacam em massa quando incomodados. O tamanduá, por causa de suas unhas e seu abraço, a inibe. Vez por outra, a onça perde a parada para o tamanduá, para algum touro ou para um bando de queixadas (que a despedaçam a mordidas). Mas nem os queixadas estão a salvo de seu ataque: basta um afastar-se dos outros para que ela lhe caia em cima, sem dó nem piedade.
É um animal solitário, porém ágil e silencioso, caracterizando-se por surpreender a presa no momento da caçada, o que a onça faz na maior parte de sua vida sem o auxílio de outros da sua espécie. Além de ser uma excelente caçadora (predadora), é também uma exímia nadadora e pescadora. Os indígenas da Amazônia acreditam que a onça pintada utiliza sua cauda para atrair os peixes para a superfície. Desse modo, ao contrário de outros felinos que possuem aversão à água, a onça pintada utiliza-se de rios e lagos para capturar animais, possuindo grande habilidade para caçar peixes e até jacarés. A onça pode comer até mesmo o jacaré, que sucumbe ao seu ataque, e ainda uma jibóia, que quando abocanhada pela onça não escapa. Não perdoa os peixes, arrancando-os de dentro da água a tapas.
A onça pintada também é uma trepadeira, utilizando, muitas vezes, os galhos das árvores para descansar e até para caçar. Mas devido ao seu peso, não consegue atingir os galhos mais altos. Em seu habitat, a onça é o predador absoluto, estando no ápice da cadeia alimentar, não existindo, portanto, outro animal capaz de ameaçá-la, a não ser o homem.

Fonte (texto adaptado): http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/animais/onca-pintada.php
Acesso em: 20/04/2009.

BlogBlogs.Com.Br

Onça Pintada

Onça Pintada
A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida por jaguar ou jaguaretê, é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani "jaguarete". Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.

Distribuição geográfica
A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta.
Seu habitat preferencial são zonas selvagens, perto de grande corpos de água, frequentadas por suas presas preferidas. Evita as regiões montanhosas, habitat preferido do puma. Existia em todos os estados, mas agora só existe nos estados : Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul(na reserva estadual de Turvo, na cidade de Derrubadas, só existente 4 exemplares), Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. As maiores populações de onças-pintadas no Brasil é no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e as menores no Rio Grande do Sul e Ceará.
Reprodução
As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.
Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.
Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/On%C3%A7a-pintada
Acesso em 14/04/2009. Leia na Wikipédia, o texto completo e também visualize imagens.

A onça pintada é também um animal da fauna do cerrado que se encontra sob ameaça de extinção.

Paca

A paca 
Agouti paca
A paca é um animal que faz parte da fauna do cerrado, embora seja também encontrada em outras regiões. O animal pode ser encontrado desde a América Central, no centro-oeste mexicano, até o sul do Paraguai na América do Sul. Vive em florestas tropicais próximas a cursos d'água, sendo boas nadadoras, o que facilita a fuga de possíveis perigos ( carnívoros de médio e grande porte, caçadores, etc.). Existem registros de animais que alcançaram até 18 anos de idade. A paca possui comprimento que varia de 60 a 80 cm; os animais adultos podem alcançar de 6 a 12 quilos. Seus pelos são duros e a pelagem é de coloração marrom avermelhada e com manchas brancas, geralmente com 4 filas longitudinais. Sendo que o dorso de alguns animais pode ser muito escuro. Nas patas dianteiras possui quatro dedos e cinco nas patas traseiras.
As pacas são essencialmente solitárias. Passa o dia na sua toca, cuja profundidade não costuma ultrapassar 2 metros. São animais herbívoros. Passam a noite em busca de alimentos. Alimentam-se de frutos, tubérculos, raízes e folhas. A dieta varia anualmente de acordo com a disponibilidade e fenologia das plantas.
O período de gestação fica em torno de 118 dias. Geralmente as fêmeas começam a reproduzir a partir de 1 ano de idade. As fêmeas escavam tocas no solo das florestas, sendo estes os locais de parição. Geralmente ocorre um nascimento anual, eventualmente dois, porém de um filhote cada um. São raros nascimentos de gêmeos. As fêmeas possuem dois pares de tetas.
Mesmo não estando ainda na lista brasileira da fauna ameaçada de extinção, a paca é muito caçada porque os caçadores consideram a sua carne uma das melhores entre os animais silvestres. Atribui-se à paca ataques a plantações de cana-de-açúcar, milho, etc, sendo este um dos motivos alegados para a sua caça, mas devido à sua ação solitária, esses ataques não devem ser de grande monta, como é o caso do ataque de capivaras e queixadas que agem em grupos.
Por causa do sabor de sua carne, há um grande interesse em instalação de criatórios comerciais desta espécie. É interessante também a reprodução em cativeiro, porém pode ocorrer ausência de reprodução na época adequada, quando são criados como animais de estimação e não aprendem todo o ritual de acasalamento.

Fonte:
MAURO, R.A.; AGUIAR, L.M.S. SANTOS, J.C.C. Paca - Agouti paca. Fauna e Flora do Cerrado, Campo Grande, Novembro 2004. Disponível em:http://www.cnpgc.embrapa.br/paca.htm. Acesso em: 17 de março de 2009.
Veja ainda um vídeo no You Tube:

O macaco bugio

Um animal que também pertence à fauna do cerrado é o macaco bugio. É um primata do gênero Alouatta. O animal pesa em média 9 kg, sua cauda chega a medir 80 cm e seu corpo chega a 70 cm de comprimento. Possui uma vasta barba e por isso também é conhecido como "macaco barbado". Existem 8 espécies desse animal desde o México até a Argentina. Seu habitat pode variar de florestas úmidas a cerrados e caatingas. Vive principalmente nas árovres a 10 ou 20 mts de altura onde se equilibra com auxílio de sua grande cauda. A espécie que habita o Brasil é conhecida como Alouatta Fusca, cujo macho possui uma coloração marron avermelhada na parte superior, marron dourada nas costas e barba vermelha ou negra. As fêmeas, normalmente são mais pálidas, podendo variar de amarelo claro a marron escuro.
Os bugios andam em bandos de até 15 macacos, sem distinção de sexo ou idade e seus hábitos são diurnos. Alimentam-se de folhas, frutos, brotos, flores, caules e trepadeiras. A gestação dura de 185 a 195 dias, nascendo 1 filhote a cada vez, que pesa mais ou menos 130 g. A fêmea carrega o filhote até 20 meses, quando ele é desmamado e integrado ao grupo para sair em busca de alimento.
Fontes: http://www.infoescola.com/mamiferos/bugio/
http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/mamifero/bugio.html
http://www.noticiasdosul.com/?modo=ver_noticia&id_not=739
Acesso em 09/03/2009
Veja abaixo a descrição do Bugio preto (Alouatta guariba), que encontrei em 09/03/2009, no endereço:
http://rppnriodaslontras.blogspot.com/2008/07/bugios-sem-tranquilidade.html
Descrição feita pela bióloga Ana Verônica Cimardi, no livro Mamíferos de Santa Catarina.
"Bugio preto (Alouatta guariba)
As espécies do gênero Alouatta possuem muita variação de coloração, dificultando bastante a diferenciação entre elas e até mesmo dentro da própria espécie, sendo difícil distinguir os sexos e as idades. Na espécie Alouatta guariba, o macho geralmente é marrom avermelhado com reflexos dourados e a fêmea é mais escura, quase preta. Característica marcantes dos bugios é a presença de espessa barba que rodeia a face. Nos machos ela é mais evidente. A cauda é preênsil, longa e peluda, sendo a parte terminal, do lado interno, nua. Os membros são curtos e fortes."
Leia toda a descrição no endereço: http://rppnriodaslontras.blogspot.com/2008/07/bugios-sem-tranquilidade.html
Vocabulário:
Veja o que significa preênsil em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Preênsil
Saiba mais sobre o bugio em:
http://meioambienteonline.blogspot.com/2008/10/bugio-ruivo.html
http://www.furb.br/especiais/interna.php?secao=1056
http://www.libreria.com.br/artigos.asp?id_artigo=680
http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=curiosidade_bugio.htm
http://www.curiosidadeanimal.com/mamifero_macaco_bugio.shtml
http://serradacantareira1.blogspot.com/2008/06/bugio.html

Veja o macaco bugio e seu ronco:

Alimentação do tamanduá-bandeira

" Todos nós sabemos que os tamanduás se alimentam de formigas e cupins. Mas não deve ser fácil caçar formigas, principalmente as lava-pés. Essas formigas liberam ácido fórmico, que irrita a pele do tamanduá. Já os cupins se defendem produzindo certas substâncias que podem ser irritantes para alguns predadores.
O tamanduá-bandeira, animal habitante do cerrado brasileiro, consegue driblar essa situação. Usando o olfato muito apurado, ele procura os cupinzeiros e formigueiros e, quando os encontra, cava um buraco com as patas e enfia todo o focinho lá dentro. Nesse instante entra em ação a língua fina e pegajosa.
O tamanduá produz uma saliva bem viscosa, parecida com uma cola, onde os cupins e as formigas ficam grudados. Como não possui dentes, é seu estômago que tritura os insetos.
A velocidade do ataque é a arma do tamanduá para evitar as defesas dos cupins e das formigas. Atacando de surpresa, ele os apanha rapidamente com movimentos ágeis de língua e logo se afasta. Assim, ele percorre cerca de dez quilômetros todos os dias para se alimentar.
Caminhando longas distâncias diariamente seria necessário gastar muita energia. Mas o tamanduá possui algumas adaptações que permitem economizá-la. Além de ter metabolismo mais baixo, ele possui pêlos compridos e uma cauda de cerca de 80 cm que funcionam como um cobertor que evita maiores perdas de calor."

Fonte:
Ciências - Os Seres Vivos - 60ª edição
Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino
Editora Ática - 1999

A mãe anta


A mãe anta
O papel das mães nas espécies animais

"Você sabia que as mães são as principais professoras em quase todas as espécies?"

Este é o título de uma matéria sobre o papel que as mães exercem nas diversas espécies de animais, publicada na revista Ciência Hoje das Crianças. Leia abaixo:

"As mães são muito importantes nos primeiros anos de vida de seus filhos. São elas que, neste primeiro ano de vida, ensinam tudo o que os pequeninos precisam aprender. Assim acontece com a maioria dos outros animais também.
Entre os mamíferos, animais que mamam quando filhotes, lições como correr, comer, escolher lugares para dormir e se proteger são os principais ensinamentos da mãe. Tudo isso para que os filhotes possam, quando adultos, sobreviver no ambiente em que vivem. Ou você acha que passarinho aprende a voar sozinho e que onça já nasce sabendo caçar seu almoço?
Um bom exemplo de mãe que ensina tudo ao seu filhote na natureza é a anta. O maior mamífero terrestre das Américas, a Tapirus terrestris, como é conhecida entre os cientistas, tem, na visão desses pesquisadores, um conjunto de comportamentos e regras para viver que são passadas de geração em geração. E adivinhe quem se encarrega da tarefa? A mãe, claro! zelosa, a mãe anta dedica-se por cerca de seis meses aos cuidados e aos ensinamentos, para que o filhote aprenda tudo o que precisa para viver com segurança.
Uma das primeiras lições é mostrar ao filhote como ele deve escolher seu alimento. Então, ela o ensina a passar longe das plantas tóxicas e venenosas. Na verdade, enquanto mama, ele acompanha a mãe e sente o cheiro das plantas que ela consome. Assim, mais tarde, quando começar a se alimentar sozinho, se lembrará dessa lição.
Outro exercício precioso para as antas é aprender a usar os ouvidos. Como são animais de hábitos noturnos - e à noite não se enxerga bem na floresta escura -, precisam desenvolver a audição e, mais uma vez, sentir os cheiros que podem significar alguma ameaça. Para que o filhote fique bem afiado nessa lição, a mamãe anta o leva entre suas pernas enquanto anda pela floresta. Então, ouvindo os barulhos e sentindo os odores, ele aprende de quais sons e cheiros deve fugir ou se aproximar. Essas saídas na companhia da mãe também são importantes para praticar exercícios como correr, nadar, se esconder e produzir sons que sinalizem perigo ou ajudem na comunicação com outra anta.
É, mas não pense que a mamãe anta é uma professora que não cobra a lição ensinada. Ela testa seu filhote para saber se está mesmo pronto para a vida. Quando ele começa a andar sozinho, por exemplo, ela se esconde e fica espiando de longe, para ver se ele aprendeu tudo direitinho, ou seja: se ele comeu a planta certa, se correu do perigo e se soube chamar alguém quando foi preciso. Essa atitude não lembra a de alguém muito especial para você?"

Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos,
Laboratório de Vida Selvagem,
EMBRAPA Pantanal.

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças
Nº 196, de Novembro de 2008, página 14.

A anta também é um animal encontrado no bioma cerrado.

Fauna do Cerrado: é preciso preservar

Para que a preservação da rica fauna do cerrado aconteça realmente, é preciso conscientização de todos nós, pois é muito comum serem vistos animais mortos (vítimas de atropelamento) nas estradas que cortam as regiões do Cerrado. São tamanduá-bandeiras, cachorros-do-mato, rapozinhas, tatus, veados, lobos, onças, capivaras, porco-espinho, emas, tucanos, encontrados mortos por atropelamento nas estradas (até tamanduá-mirim já foi encontrado!). É importante citar que muitos animais do cerrado morrem também vitimados pelos produtos químicos utilizados nas lavouras e pela ação de caçadores. Outro fator relevante é a diminuição acelerada do habitat natural desses animais, que os leva cada vez mais a se arriscarem, fazendo a travessia das estradas, em busca de outros lugares à procura de comida, água, etc.

Segundo Wagner Oliveira (Jornalista e Educador Ambiental), é preciso conscientização, porque "Depende de nós: motoristas, agricultores, legisladores..." e se não houver essa tomada de consciência será o fim desses animais, uma vez que "As atuais gerações estão, infelizmente, dizimando os animais do cerrado".
Veja a matéria "O fim dos animais do Cerrado?", publicada no Blog Educação Ambiental em Goiás, onde além de um bom texto, são mostradas imagens chocantes de animais atropelados nas estradas.


Fonte:
Revista Cerrado – 1995
Wagner José de Oliveira Rolim e Sidney Dutra Corrêa
Universidade Federal de Goiás (Instituto de Ciências Humanas e Letras – Departamento de Comunicação Social)
Gráfica e Editora Bandeirante Ltda
e
http://wagneroliveiragoias.blogspot.com - Acesso em 12/12/2008

O vídeo abaixo, do You Tube mostra imagens que nos faz pensar o quanto é importante preservar o Cerrado e suas riquezas naturais.

No coração do Brasil

A Revista Ciência Hoje das Crianças, nº 188, de Março de 2008 apresenta uma matéria bem interessante sobre o Cerrado brasileiro, com o título acima, por isso, resolvemos adaptar o texto para disponibilizar aqui. Veja a seguir:

O Cerrado estende-se por diversos estados do país, mas, por estar presente em praticamente toda a região Centro-Oeste, costumam dizer que ele ocupa o coração do Brasil. Cerrado é um tipo de formação vegetal que abriga uma das maiores diversidades de animais e plantas do mundo. Muitas das espécies que vivem no Cerrado não existem em nenhum outro lugar do planeta! Em tamanho, o Cerrado só perde para a Floresta Amazônica, mas o Cerrado e muitas de suas espécies estão ameaçados de extinção... É realmente lamentável que isso esteja acontecendo!
Savanas são áreas planas com vegetação formada por gramíneas, árvores esparsas e arbustos isolados ou em pequenos grupos. O Cerrado é a savana brasileira e abrange especialmente os estados da região Centro-Oeste como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins (que antes fazia parte da região Centro-Oeste), embora esteja presente também em outros estados.
O Cerrado ocupa mais de dois milhões de quilômetros quadrados e abriga um grande número de espécies endêmicas. Isso significa que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra.
A região abriga cerca de 10 mil plantas e quase a metade só existe ali! Há também um grande número de animais que só existem nessa região. Mas esse tipo de formação vegetal também abriga espécies de animais que ocorrem em outros lugares e que estão ameaçados de extinção. O Cerrado é o lar, por exemplo, da águia-cinzenta, do lobo-guará, do tamanduá-bandeira, do tatu-canastra e até das onças-parda e pintada, que correm risco de desaparecer.
A riqueza da fauna e flora do Cerrado tornam o Cerrado um lugar especial, principalmente para a ciência.

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças, nº 188, de Março de 2008, páginas 6-10.

O Cerrado e sua Fauna

"O Cerrado apresenta grande variedade em espécies em todos os ambientes, que dispõem de muitos recursos ecológicos, abrigando comunidades de animais com abundância de indivíduos, alguns com adaptações especializadas para explorar o que fornece seu habitat. No ambiente do Cerrado são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies animais, formando o segundo maior conjunto animal do planeta. Cerca de 50 das 100 espécies de mamíferos (pertencentes a 67 gêneros) estão no Cerrado. Apresenta mais de 830 espécies de aves, 150 de anfíbios (das quais 45 são endêmicas), 120 espécies de répteis (das quais 45 são endêmicas). Apenas no Distrito Federal há 90 espécies de cupins, 1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e vespas. Devido à ação do homem, o Cerrado passou por grandes modificações, alterando os diversos habitats e, conseqüentemente, apresentando espécies ameaçadas de extinção. Dentre as que correm risco de desaparecer estão o tamanduá-bandeira, a anta, o lobo-guará, o pato-mergulhão, o falcão-de-peito-vermelho, o tatu-bola, o tatu-canastra, o cervo, o cachorro-vinagre, a onça-pintada, a ariranha e a lontra."

Fonte: Wikipédia. Acesso em 15/11/08


De acordo com a Wikipédia (acesso em 15/11/2008):
Cerrado é um domínio fitogeográfico do tipo savana que ocorre no Brasil e em partes do Paraguai e na Bolívia, conhecido neste último como chaco. Exibe uma enorme biodiversidade vegetal e animal, patrimônio ameaçado pelo crescimento das monoculturas, como a soja, a pecuária extensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e por freqüentes queimadas, devidas tanto às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao infortúnio do descuido humano. O Cerrado é um tipo único de savana no mundo.

Animais do Cerrado

Lista de animais do Cerrado

Embora existam tantos outros, veja abaixo, uma série de animais que transita nos variados subsistemas do Cerrado:

  • Anta (Tapirus Terrestris): Peso adulto entre 140 a 250 kg, se locomove em todos os subsistemas do cerrado, embora seja encontrada com maior freqüência em subsistemas de veredas e ambientes alagadiços e matas ciliares.
  • Ariranha (Pteronura Brasiliensis): Peso adulto 20 kg, transita em mata ciliares.
  • Bugio-Preto (Alouata Caraya): Peso adulto 8 a 10 kg, apresenta-se no subsistema de mata ciliar.
  • Cachorro-do-mato (Cerdocyon Thous): Peso adulto 8 kg, transita no subsistema de campo e cerrado.
  • Cangambám ou Jaratataca (conepatus Smistriatus): Peso adulto 1 kg, transita nos subsistemas de campo e cerrado.
  • Capivara (Hydrochoerus hydrochoerus): Peso adulto 60 a 70 kg, apresenta-se nos subsistemas de veredas e ambientes alagadiços e em matas ciliares.
  • Cervo (Blasstocerus dichotomus): Peso adulto 100 kg, apresenta-se com maior freqüência nos subsistemas de campo, veredas e ambientes alagadiços, mata e mata ciliar.
  • Cuíca (Philander Opossum): Peso adulto 500 kg, transita em todos os subsistemas.
  • Cutia (Dasyprocta Aguti): Peso adulto 3 kg, transita nas matas e matas ciliares.
  • Gambá (Didelphis Albiventris): Peso adulto 1 kg, transita nos subsistema cerradão e mata.
  • Gato-do-Mato (Felis colocolor braccata): Peso adulto 3 kg, transita no subsistema de cerrado.
  • Gato-Maracajá (Felis Wiedii): Peso adulto 6 kg, transita na mata.
  • Gato-Mourisco (Felis Yaguaroundi): Peso adulto 10 kg, transita nas veredas e em ambientes alagadiços
  • Guaraxaim (Dusicyon): Peso adulto 6 kg, transita no subsistema de campo e cerrado
  • Irara (Eira Bárbara): Peso adulto 8 kg, transita nos subsistemas de mata, mata ciliar.
  • Jaguatirica (Felis Pardalis): Peso adulto 15 kg, apresenta-se no cerrado, cerradão, mata e mata ciliar.
  • Lobo-Guará (Chrysocyon Brachyurus): Peso adulto 20 kg, transita nos subsistema de campo, cerrado e mata ciliar.
  • Lontra (Lutra longicaudis): Peso adulto 10 kg, transita na mata ciliar.
  • Mão-Pelada (Procyon): Peso adulto 15 kg, transita no subsistema de mata ciliar.
  • Ouriço-Cacheiro (Coendou Prehensilis): Peso adulto 6 a 8 kg, transita no cerradão, mata, mata ciliar, veredas e ambientes alagadiços.
  • Paca (Agouti Paca): Peso adulto 6 a 8 kg, transita no subsistema de mata ciliar.
  • Porco-do-Mato (Tayassu Precari): Peso adulto 35 a 40 kg, transita pelos subsistemas do cerrado, cerradão, mata e mata ciliar.
  • Porco-do-Mato-Cateto (Tayassu Tajaca): Peso adulto 20 kg, transita nos subsistemas de cerrado, cerradão, mata e mata ciliar.
  • Preá (Gavia Aprera): Peso adulto 1 kg, transita no subsistema de matas ciliares.
  • Quati (Nasua Nasua): Peso adulto 5 kg, transita nos subsistemas de cerradão e mata.
  • Raposa-do-campo (Dusicyon Vetulus): Peso adulto 8 kg, transita no subsistema de campo.
  • Suçuarana (Felis Concolor): Peso adulto 60 kg, apresenta-se nos subsistemas de campo, cerrado, cerradão, mata e mata ciliar.
  • Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga Tridactyla): Peso adulto 25 a 30 kg, transita em subsistema de campo e cerrado.
  • Tamanduá Mirim (Tamandua Tetradactyla): Peso adulto 5 a 8 kg, transita em todos os subsistemas, mas apresenta-se com maior freqüência no campo.
  • Tatu Canastra (Priodontes Giganteusso ou Maximus): Peso adulto 30 kg, são encontrados nos subsistemas de campo, cerrado, cerradão e mata ciliar.
  • Tatu Peba (Euphractus Sexcinctus): Peso adulto 3 a 4 kg, transita em campo e cerrado.
  • Tatu-Bola (Tolypeutes Tricintus): Peso adulto 2 a 3 kg, transita nos subsistemas de campo e cerrado.
  • Tatu-galinha (Dasypus Novencinctus): Peso adulto 6 a 8 kg, transita no subsistema de campo, cerrado, cerradão e mata ciliar.
  • Tatu-Rabo-Mole (Cabassous Unicinctus): Peso adulto 3 kg, apresenta-se em subsistemas de campo e cerrado.
  • Veado Catingueiro (Mazama Gouazoubira): Peso adulto 20 kg, transita no subsistema do cerradão, mata e mata ciliar.
  • Veado do campo (Ozotocerus bezoartcus): Peso adulto 40 a 60 kg, transita com maior freqüência no subsistema de campo e cerrado.
  • Veado mateiro (Mazana Americana): Peso adulto 25 a 30, transita no subsistema de cerradão, mata e mata ciliar.

Fonte:http://www.brasilescola.com/brasil/os-animais-cerrado.htm
Site muito bom, com bastante informações e belíssimas fotos dos animais. Vale a pena conferir! Acesso em : 10/11/2008.

Cateto

Semelhante aos porcos domésticos e javalis, o cateto ( catitu ou caititu ) é um mamífero tímido e quieto. Porém, fica agressivo quando é incomodado. Assustado, faz um barulho que lembra o latido de um cão, arrepia os pêlos do pescoço e das costas, bate os dentes e exala forte cheiro por meio de uma glândula localizada perto da cauda.
Apesar de ter o corpo parecido com o dos porcos, as patas do cateto são mais finas e longas. Sua cauda é tão fina que quase não dá para ver. Ele tem pêlos cinza-escuro, mas ao redor do pescoço há pelos brancos formando um colar. Já o focinho é alongado , o que facilita o uso para remexer o solo em busca de alimentos. Os dentes caninos formam pequenas presas bastante afiadas, mas não tão grandes como as do javali.
Os catetos andam em grupos de 5 a 15 animais. Caminham pelas trilhas em fila e separam-se apenas para procurar comida: frutos, raízes, plantas, lesmas, larvas e outros pequenos animais. O mesmo cheiro que o cateto exala quando está assustado serve para marcar território e para animais de um mesmo grupo se reconhecerem.
De acordo com a localidade, é fácil encontrar o cateto em atividade à noite ou em horas de temperatura amena. Ele dorme em tocas feitas em arbustos, pedras ou túneis fundos construídos sob as raízes de árvores. Costuma ter apenas uma ninhada por ano. O período de gestação dura cerca de quatro meses e as fêmeas dão à luz um ou dois filhotes. Horas depois do nascimento, os pequenos catetos já correm e seguem a mãe, que cuida dos filhotes até os três meses de idade.
Animal do Cerrado e também de biomas como Pantanal e Mata Atlântica, era um animal bastante comum no Brasil. Mas seu habitat começou a ser destruído e ele tornou-se alvo dos caçadores por causa de sua pele - usada na fabricação de couro - e carne. Atualmente, a espécie está ameaçada de extinção em alguns estados brasileiros. (Texto c/ algumas adaptações).

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 119,
de novembro de 2001. Texto de Tatiana Teixeira Leite Ribeiro e
Helena Godoy Bergalho, publicado na página 16. Foto:Zig Koch - páginas 14 e 15.

Tatu


O tatu é um animal que pertence à fauna do cerrado brasileiro. De hábitos noturnos, permanece na toca, que abre com suas poderosas unhas, durante todo o dia, e somente à noite anda pelos cerrados. Alimenta-se de raízes, folhas, pequenos vertebrados, insetos, vermes, cobras, rãs e ovos de aves que encontra no chão. Já o tatu-peba come até mesmo carne em putrefação, devorando grandes animais mortos e armazenando o restante na toca. No mundo existem 21 espécies desse mamífero e, só no Brasil já foram catalogadas onze espécies, distribuídas em seis gêneros. No estado de Goiás, destacam-se o tatu-bola ou tatu-apara, o tatu-de-rabo-mole e o tatu-canastra, o maior do mundo e hoje considerado animal a caminho da extinção pelo IBAMA. Uma das causas do desaparecimento do canastra é atribuída a uma lenda do sertão que diz que um indivíduo que enxerga um canastra de dia terá uma grande transformação em sua vida: fica rico ou morre dentro de um ano. Assim, é ensinado pelos mais velhos que ao se ver o canastra é preciso matá-lo para ficar só com a parte de enricar. Mas, na verdade, é apenas uma lenda e não deve ser levada em conta.

Fonte (foto e texto adaptado):
Revista Cerrado – 1995
Wagner José de Oliveira Rolim e Sidney Dutra Corrêa
Universidade Federal de Goiás (Instituto de Ciências Humanas e Letras – Departamento de Comunicação Social)
Gráfica e Editora Bandeirante Ltda

Gambá


Gambá
Didelphis marsupiais
Fonte da imagem: Wikipédia

O gambá ou mucura, como é também conhecido nas regiões mais ao norte do Brasil é um animal da família - Didelphidae. É um animal um pouco parecido com o rato. Pode medir entre 40 e 50 cm, sem a cauda. Possui a pelagem das costas negra ou cinza, com camada inferior de pelos finos denso, amarelo ou branco. Sua cabeça é amarelo sujo, com listras negras do focinho até as orelhas. As bochechas são amarelo, laranja pálido ou branco, o nariz é cor-de-rosa, e suas orelhas são pretas, grandes e peladas. Os pés são pretos; a cauda, preênsil ( ou seja, tem a capacidade de enrolar-se a um suporte como um ramo de árvore), geralmente maior que a cabeça e o corpo, é pelada, negra e com listra branca. Podem se reproduzir até três vezes por ano. As fêmeas possuem bolsa e sua gestação dura de 12 a 14 dias, podendo nascer de cada uma delas de 10 a 20 filhotes. Mas, ao invés de nascerem filhotes, nascem embriões com cerca de 1 cm de comprimento, como ocorre com outros marsupiais, que se dirigem para o marsúpio, onde permanecem por cerca de 4 meses. São animais noturnos, arbóreos ou terrestres e solitários. Alimentam-se de invertebrados, pequenos vertebrados e frutas. Podem construir ninhos nas árvores ou em tocas no chão. São conhecidos pelo cheiro forte e como animais mal cheirosos. Urinam e defecam quando manuseados e expelem cheiro muito desagradável quando ameaçados. Tornaram-se animais cosmopolitas convivendo com o homem, alojando-se no forro das casas. Ocorrem em todo território nacional. O que que quer dizer que é também um animal que ocorre na região do Cerrado.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gamb%C3%A1
http://www.ibama.gov.br/fauna/especies.htm
Acesso em: 17/11/09

Mosquitos

Como os mosquitos acham sangue?

      O sangue quente  de um ser humano atrai os mosquitos, ou pernilongos, pois se destaca no ambiente. Os mosquitos machos não bebem sangue: eles acasalam e morrem em seguida. É apenas o imago - ou o adulto - fêmea que de fato bebe sangue. As fêmeas encontram sua presa seguindo a luz, o calor e o cheiro. 
       Os mosquitos têm uma visão muito acurada - à noite, conseguem ver bem longe uma casa iluminada. Quando chegam perto da presa, os órgãos sensoriais de suas antenas identificam os odores exalados por uma mistura de suor, hormônios, aminoácidos e substâncias oleosas da pele do indivíduo. Os insetos também são capazes de perceber o gás carbônico e o ar quente e úmido exalado pela respiração de um animal. 
        Conduzida pelo cheiro e pelo calor do corpo, uma fêmea de mosquito se aproxima da vítima. Pousa na pele, que perfura com sua boca em forma de tubo, a probóscide, e começa a sugar o sangue. 

Fonte:
Comportamento animal.
Ciência  & Natureza. 
Abril Livros, Rio de Janeiro, 1992.



O "perfume" das baratas

Baratas

Você sabia que as baratas têm perfume?
É verdade. O cheiro característico das baratas é um perfume irrestível para outras baratas. Por exemplo, os machos da espécie Leucophaea maderae, usam seu perfume para atrair e conquistar as fêmeas. O odor especial sai de suas costas, debaixo das asas. A barata, como outros insetos percebe odores e sabores através de suas antenas. Assim, atraída pelo cheiro do macho, a fêmea chega perto dele, toca-o com suas antenas e sente outros aromas que revestem seu corpo. É dessa maneira que a fêmea confere o macho que lhe interessa. Nesse momento, o macho, que não quer se arriscar a ver a barata ir embora, utiliza outra estratégia de conquista: levanta bem as asas, deixando-as quase na vertical, e dali sai um alimento rico em proteínas que ele mesmo produz, por meio de glândulas, que é oferecido à fêmea. Mas para experimentar o alimento a fêmea  precisa subir nas costas do macho. E é nessa hora que o macho aproveita a distração para acasalar. Uma curiosidade: o órgão reprodutor do macho fica no final do abdômem.
Porém as baratas fêmeas não acasalam com qualquer macho. É pelos odores que eles exalam que elas identificam e escolhem os machos dominantes, que são os preferidos, tendo a preferência de oito entre dez baratas fêmeas, porque exalam até vinte vezes mais perfumes que os dominados, ou seja, os vencidos em combate.
Os odores que as baratas exalam para atrair o sexo oposto são chamados feronômios e são produzidos por muitos outros animais também.

Fonte: 
Revista Ciência Hoje das Crianças, pág. 17,
nº 195. Outubro de 2008,
Texto (adaptado) de Rodrigo Hirata Willemart,
Escola de Artes, Ciências e Humanidades,
Universidade de São Paulo

A vida das abelhas

Como é a doce vida das abelhas

A casa

As abelhas vivem na colmeia - casinha onde moram cerca de 80 mil delas. A rainha, a mãe, manda em todo mundo - até nos zangões (pais). As filhas da rainha são as trabalhadoras operárias.

Vida curta

Os zangões morrem depois do casamento e não passam dos 80 dias. Já a operária tem um tempo de vida de cerca de 45 dias. As rainhas chegam aos 8 anos.

Trabalho

As operárias cuidam de tudo na colmeia. Fazem a limpeza, cuidam dos ovos e constroem os favos. São elas que saem em busca de néctar, pólen e água, para a produção do mel.

O mel

As operárias saem todos os dias atrás do néctar que existe nas flores. Elas o transformam em mel dentro de suas barrigas. Depois, regurgitam o mel, que fica estocado para a alimentação de toda a colmeia.

A picada

O ferrão é a arma da abelha, que tem uma picada dolorida. Quem pica é sempre a operária. Zangão nem tem ferrão. E a rainha só usa sua arma contra outras abelhas rainhas.

Inimigos

Formigas e aranhas adoram comer abelhinhas. Mas quando um invasor entra na colmeia está perdido: as operárias dão ferroadas e, depois, cobrem o inimigo com própolis - uma espécie de antibiótico que elimina as bactérias do local.

Fonte:
Estadinho - suplemento infantil de O Estado de São Paulo - 5/7/92


Encontrei este texto remexendo em umas coisas antigas e resolvi compartilhar aqui. Usa uma linguagem bem simples, destinada principalmente, às crianças pequenas.

Para saber um pouco mais sobre as abelhas, veja uma outra postagem sobre abelhas publicada aqui anteriormente:
http://faunadocerrado.blogspot.com/2009/07/abelhas.html
Ou uma matéria da revista Superinteressante, disponível em:
http://super.abril.com.br/mundo-animal/abelhas-morrem-quando-picam-447564.shtml
Ou ainda:
http://afadadanatureza.blogspot.com/2010/03/importancia-ecologica-das-abelhas.html