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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Nova ameaça às onças do Pantanal: os traficantes de drogas!

Traficantes de droga: nova ameaça às onças do Pantanal
Em foto de 2013, Sally, a onça que provavelmente foi morta por traficantes de droga. uma onça-pintada que vivia no Pantanal no Brasil, quando ela ainda estava viva em 2013. A imagem foi feita por uma turista e ajudou a identificar a carcaça do animal.

Na manhã de 29 de março, Sally foi encontrada boiando no rio Cuiabá. Sem vida e inchado, seu corpo ia boiando lentamente em direção à Bolívia, quando peões de uma fazenda local puxaram-no para a praia. Na sua nuca brilhava o vermelho de dois ferimentos à bala. Na fazenda tiraram fotos, chamaram a polícia local e esperaram as autoridades para recuperar o corpo.

A autópsia revelou que ela provavelmente foi morta no dia anterior, por um tiro de cima - e de bem perto - de um revólver calibre 38. No primeiro semestre de 2014, no Pantanal, Sally foi uma das três onças baleadas e mortas. O Pantanal é a maior área úmida tropical do mundo. Este isolado delta na parte centro-oeste do Brasil abriga a maior população de onças-pintadas do mundo: estima-se que até 11 animais por quilômetro quadrado.


A notícia logo se espalhou pelas fazendas, hotéis e pousadas que pontilham nessa região e pelas organizações conservacionistas no exterior, muitas das quais especializadas na proteção a onça-pintada. Em uma hora a onça foi identificada através de fotos tiradas em 2013 que mostravam marcas singulares no lado esquerdo do corpo. A autora das imagens foi uma turista chamada Sally, e, por isso, seu nome foi dado à onça. Em menos de uma semana surgiu uma fazenda local oferecendo uma recompensa de US $1.000 por qualquer informação relacionada à morte do animal. Á medida que a perplexidade e a desconfiança aumentavam, conservacionistas no exterior se ofereceram para colaborar. No final, a recompensa atingiu mais de US $ 2.000. Se condenado, o responsável por esse tipo de crime pode pegar até cinco anos de prisão - sem fiança - e uma multa de US $ 5.000.

Novos suspeitos

"Sempre que encontramos o corpo de uma onça, ficamos desconfiados", disse Alexandre do Nascimento, chefe da polícia militar em Corumbá, cidade localizado na fronteira com a Bolívia e que é a porta de entrada para o Pantanal. Sua equipe está entre aquelas designadas para investigar o caso. "Se fosse um fazendeiro, teria tido o cuidado de enterrar o corpo, enquanto se fosse alguém que estivesse caçando ilegalmente, teria levado a pele."

Na verdade, as autoridades agora se voltam para um novo tipo de suspeitos neste caso: traficantes transportando cocaína entre a Bolívia e o Brasil. Eles são conhecidos por usar os rios Paraguai, Cuiabá, e Pirigara. Acredita-se também que usem armas curtas - o tipo que disparou dois tiros no pescoço de Sally. Para os traficantes de drogas que se deslocam através do Pantanal, as onças atraem turistas e policiais para rotas fluviais remotas.

Os fazendeiros do Pantanal, antes considerados os maiores inimigos das onças, agora estão entre seus mais ardentes protetores. Junto com grupos conservacionistas, eles começam a tentar novas estratégias para proteger o grande felino da ameaça que emerge do próspero negócio de drogas da região.

"Essas onças agora valem mais do que qualquer pessoa por aqui", disse Nilson Soares, que trabalha em uma empresa de processamento de couro de jacaré em Poconé, uma empoeirada cidade de fronteira no extremo norte do Pantanal. "Mas todo mundo nesta cidade já esteve do outro lado desta questão, mesmo que não falem sobre isso. Eles se lembram de quando as peles de onça circulavam por aqui".

Vaqueiros convertidos em conservacionistas

Durante anos, o Estado fez vista grossa aos fazendeiros que caçavam onças para proteger seus rebanhos de gado. Na década de 1960 e início dos anos 70, o comércio mundial de peles agravou esta tendência, e foi responsável pela morte de cerca de 18.000 onças por ano. Além disso, safáris ilegais traziam turistas endinheirados de todo o mundo para fazendas que ofereciam pacotes de caça, com tudo incluído. É difícil apontar números exatos, mas por volta dos meados dos anos 70, a população de onças pantaneiras caiu sensivelmente.

Mas na década de 1980 duas coisas mudaram em favor das onças. O governo brasileiro, que havia proibido a caça do animal em 1967, começou a intensificar a repressão à atividade. E, ao mesmo tempo, o preço da carne de vaca caiu. Muitos fazendeiros abandonaram suas fazendas durante esses anos, enquanto os que ficaram deixaram de ver o gado como uma fonte confiável de renda.

Hoje em dia, os fazendeiros ganham mais cobrando dos turistas por tours de observação das onças do que as abatendo para proteger o gado. O ecoturismo atrai cerca de 68 mil turistas por ano e passou a ser boa para a indústria de gado. A população de onças da região se recuperou.

"Agora as pessoas percebem que se a onça morre o fazendeiro sofre. As onças podem comer todo o gado que quiserem na minha fazenda", disse Jamil Rodrigues da Costa, um fazendeiro de gado de quarta geração e proprietário do Hotel Porto Jofre, uma pousada ecológica no Pantanal.

Nem sempre foi assim. Seu avô, um dos caçadores mais conhecidos do Pantanal, construiu um patrimônio em terras vendendo peles de onça. "Naqueles dias, os fazendeiros locais, ansiosos por ver as onças mortas, pagavam duas reses para cada onça que ele matava", disse Costa. "Mas esse era o Pantanal de então, e as coisas mudaram muito nos anos que passaram".

Veja a matéria completa no site  ((O)) eco
Fonte:

Acesso em: 07/11/2014

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Segredos do cerrado

Segredos do cerrado


Eu nasci lá no cerrado
No cerrado me criei
Vendo planta, ouvindo bicho
Entendendo a sua lei
Amolando a minha enxada
Minha roça eu plantei

Pisei em cabeça de frade
Muito espinho eu entortei
Acordei um catingueiro
Na sombra do pequizeiro
Mais que ele eu assustei

Cerco o fogo com acero
Da mamona tiro azeite
Pra acender meu candeeiro
Armadilha na florada
Marimbondo e abelha
Caindo na teia da aranha rajada

Se planto minha roça
Longe da palhoça
Gasto tempo à toa
Capivara gosta 
De comer minha roça
Esconder na lagoa [...]

Ararinha canta na serra
Faz seu ninho na barranca
Urutau canta medonho
Quem não conhece espanta

Buriti nasce na água
Na vereda solitário
Do seu fruto eu faço doce
E guardo sua palha
Jataí é inofensiva
Mas seu mel é decisivo
Pra curar minha garganta [...]

Meu carro de boi
Quando roda calado
Põe azeite no cocão
Quando roda pesado
Ele canta afinado
No tom desta canção [...]

Segredos do cerrado. Cantigas da sombra e da claridade (CD), de Sons do Cerrado, UCG/ITS

Fonte: 
Geografia de Goiás
Ivanilton José de Oliveira
Tadeu Alencar Arrais
Editora Scipione, 1ª edição, São Paulo, 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O leão

O leão

(Vinícius de Moraes)

Leão! Leão!Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês

Leão! Leão!Leão!
És o rei da criação

Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro

Leão! Leão!Leão!
És o rei da criação

Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus quem te fez ou não
Leão! Leão!Leão!
És o rei da criação

O salto do tigre é rápido
Como o raio, mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o leão dá

Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte
Pois bem, se ele vê o leão
Foge como um furacão

Leão! Leão!Leão!
És o rei da criação
Leão! Leão!Leão!
Foi Deus quem te fez ou não

Leão se esgueirando à espera
Da passagem de outra fera
Vem um tigre, como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranquilo
O leão fica olhando aquilo
Quando se cansam, o leão
Mata um com cada mão.

Fonte:
A arca de Noé: poemas infantis, São Paulo: Companhia da Letras, 1991


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cuícas

Cuíca
Gracilinanus microtarsus


No meio de insetos, tamanduás e anfíbios, está um animal bem peculiar: a cuíca (Gracilinanus microtarsus).
Ela tem pelos longos e macios, na maior parte marrom-avermelhado e a base cinza. No dorso, a pelagem é mais clara, como também é no rosto. Possuem anéis escuros ao redor dos olhos negros, amplos e proeminentes. A parte anterior do pescoço é alaranjada. A cauda, preênsil e escamosa, é marrom e as patas, esbranquiçadas, com dedos são relativamente longos, com pequenas garras. É um animal pequeno: tem 105 a 110 mm de comprimento da cabeça e corpo e cauda de 145 a 153 mm. Têm uma massa entre 10 e 45 gramas.

São marsupiais da família Didelphidae à qual pertencem os gambás, catitas e cuícas. A cuíca Gracilinanus microtarsus é encontrada apenas no Brasil, natural dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul.

Vivem nas florestas úmidas da Mata Atlântica e florestas caducifólias espalhadas nas regiões do sul do Cerrado. A espécie tem hábitos predominantemente arborícola e noturno. Solitários, passam os dias descansando em ocos de árvores. Quando em atividade, frequentemente forrageiam no solo. A locomoção é feita a passos curtos e rápidos, com o auxílio da cauda preênsil.

A sua dieta é composta principalmente por insetos, mas podem se alimentar de comer algumas aranhas, caracóis, e até mesmo frutas. O G. microtarsus atua como importante dispersor das sementes de espécies da família das aráceas em uma área de Mata Atlântica.

A reprodução da cuíca se inicia nos meses de maior pluviosidade. As fêmeas entram em cio uma vez por ano, entre agosto e setembro, e têm ninhadas de até doze filhotes, que nascem durante a estação chuvosa, quando o alimento é abundante. A mãe não possui uma bolsa, mas um conjunto de cerca de 14 mamas. Os filhotes são desmamados após três meses de idade, entre novembro e dezembro.

Os jovens crescem, até os seis meses de idade, e atingem a maturidade sexual com um ano. A maioria das cuícas não sobrevive por muito mais tempo do que um ano, mas podem chegar a dois anos de idade. Além do pouco tempo de vida, têm que lidar com seus predadores: jaguatiricas, gatos-do-mato, guaraxains, lobos-guará e gaviões-de-rabo-branco.

Leia a matéria completa no ((O)) eco

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 09/06/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Extinção

Extinção
Sylvio Luiz Panza

Como será que vai ser
no futuro lá adiante?
Será que ainda vai haver
animais como o elefante?

Como será que vai ser
no futuro sem floresta?
Será que a vida vai ser
mais bonita do que esta?

Como será que vai ser
não ter animais por perto?
Não ter verde, flores, frutos,
será viver num deserto!

É por isso que é importante
renovar o sentimento
de cuidar de nossas matas
com o reflorestamento.

Mas nem tudo está perdido,
isso eu sei, tenho certeza,
se cuidarmos com carinho
desta nossa natureza!

Sylvio Luiz Panza nasceu em São Paulo, em 1965. É autor de diversos livros infantis. Em Ecologia em quadrinhos, editado pela FTD, ele faz versos pela conservação da natureza.

Fonte: 
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 214
Julho de 2010, Capa.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Projeto Malha

Projeto Malha pretende evitar mortes de animais nas estradas

Lançado em setembro de 2013 pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o Projeto Malha é a primeira grande iniciativa que visa reduzir os impactos de rodovias e ferrovias nas mortes de animais identificando as áreas críticas em todo o território nacional. Com um banco de dados preciso, revelando regiões e espécies mais atingidas, o CBEE pretende propor ações efetivas para reduzir os atropelamentos, como instalação de túneis, redes de proteção, passarelas ou até cordas que possam ser utilizadas por animais que vivem nas árvores. 

Aves

O CBEE estima que 475 milhões de animais silvestres são atropelados anualmente, 15 a cada segundo, nos 1,7 milhão de quilômetros da malha viária brasileira. Aves são as mais atingidas, seguidas de mamíferos. Em Goiás, espécies ameaçadas  de extinção como o lobo-guará e o tamanduá-bandeira são vítimas em potencial. Como em qualquer parte do país, não há uma estatística confiável em Goiás sobre o tema. Este ano, até 21 de maio, chegaram ao Centro de Triagem de animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e recursos Naturais (Ibama), 58 animais que sobreviveram ao impacto com veículos nas estradas goianas, 34 deles são aves. 
O Núcleo de Educação Ambiental do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar também confirma a dificuldade de estimar a dizimação da fauna por atropelamento. A unidade costuma recolher animais mortos às margens de estradas e, após o processo de taxidermia, expõe em eventos, como a Exposição Agropecuária, por exemplo, para orientar a população sobre a preservação das espécies. Até mesmo uma rara onça preta integra a coleção do Núcleo de Educação Ambiental. 

Aplicativo
Fonte da imagem: Google Play

Com o uso da tecnologia, o coordenador do Projeto Malha, professor de ecologia da UFLA, Alex Bager, pretende montar uma grande rede brasileira de monitoramento. Desde abril, o Urubu Mobile, um aplicativo gratuito, por enquanto disponível para Android e Google Play, pode ser baixado por qualquer pessoa. Popularizado e utilizado, o aplicativo vai ajudar a criar o Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (Bafs) e contribuir para a formulação de políticas públicas que garantam a preservação da fauna em todos os Estados brasileiros. "A ideia é que qualquer pessoa baixe o aplicativo e o utilize por aí: motoristas de caminhão, taxistas, motoristas de ônibus, pessoas que costumam trafegar pelas estradas do Páis de um modo geral. Está sendo estabelecida a maior rede colaborativa de monitoramento de fauna que o Brasil já presenciou", diz Alex Bager. 

Aplicativo auxilia nos registros

Qualquer pessoa que tenha um celular inteligente ou tablet poderá baixar o aplicativo Urubu Mobile e colaborar com a coleta de dados sobre animais silvestres atropelados. Ao encontrar um animal morto na estrada a pessoa abre o aplicativo, fotografa e automaticamente a imagem é georreferenciada. Quando encontrar o sinal de uma rede wireless a imagem é enviada. Antes de ser incluída no banco de dados a foto é analisada por cinco especialistas que identificam a espécie. Sua finalidade não inclui atropelamento de animais domésticos (cães, gatos, vacas ou galinhas) e de humanos. 
Estudos no campo de Ecologia de Estradas realizados nos Estados Unidos mostram relação entre a implantação de uma rodovia e o declínio na diversidade genética da população de fauna  nos fragmentos que foram cortados pelo trecho. No Brasil, a inserção de medidas para a proteção à fauna silvestre em relação a atropelamentos em rodovias é uma prática relativamente recente. Sem planejamento, rodovias funcionam como barreiras ecológicas. Alex Bager, do Projeto Malha, ressalta que gestores públicos devem levar em consideração o atropelamento de fauna e a paisagem. "Isso torna a medida mitigadora estrutural mais econômica do que instalá-la após a rodovia construída."

Flora de Silvânia adere ao Projeto Malha

Em Goiás, até o momento, a única instituição pública que aderiu ao Projeto Malha foi a Floresta Nacional (Flona) de Silvânia. Servidores da unidade de conservação monitoram dois trechos de estradas que cortam o município: 30, 5 quilômetros da GO-010 (pavimentada) e 12 quilômetros da GO-437 (terra). De 30 de setembro de 2013 até 12 de maio de 2014, foram registradas na região 144 ocorrências de atropelamento de fauna silvestre, sendo 131 na primeira e 13 na segunda. 

Fonte: 
Texto (incompleto)de Malu Longo, 
Jornal O Popular, de 25 de maio de 2014, página 4.
E clicando aqui, você poderá instalar o aplicativo em seu smarphone ou tablet.


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Araras livres para voar

Araras livres para voar

Retornaram à liberdade no dia 27/05/2014, 20 araras-canindé (Ara ararauna). Elas foram soltas pelo Ibama no município de Aragoiânia, que fica a uma hora de Goiânia,  na Fazenda Cachoeirinha, cujos proprietários são parceiros do instituto desde 2006. As aves são oriundas de apreensão  de tráfico e entregas voluntárias. Destas, 19 vieram do Rio de Janeiro, onde passaram por treinamento de voo para fortalecimento muscular e exames clínicos que atestam sua saúde. 
Na soltura branda,  como é conhecida , o viveiro fica como ponto de apoio durante alguns dias, enquanto os animais reconhecem a área.
A Fazenda Cachoeirinha é grande parceira do Ibama tanto na soltura como no cuidado de animais silvestres. A área já recebeu mais de 1.400 pássaros e psitacídeos. E é pra lá que o Ibama encaminha os filhotes de tamanduá-bandeira recolhidos ao Cetas/GO cujas mães morreram atropeladas. A proprietária Elizabeth Guimarães não permite que os animais em sua propriedade tenham um contato muito grande com humanos, para que não se acostumem e, quando soltos, sejam facilmente capturados. 
"É importante as pessoas saberem que os animais devolvidos à natureza conseguem se adaptar e voltar a ter suas funções ecológicas normalizadas, como procriar", informou o chefe do Setor de  Fauna do Ibama/GO, Leo Caetano. Ele critica as pessoas que dizem tratar os animais silvestres como filhos mas cortam as asas e os mantêm longe de seus companheiros. Ele informou que as araras, por exemplo, chegam a voar 10 quilômetros por dia, são seres que gostam de companhia de outras araras e mantêm um relacionamento monogâmico. O que normalmente não acontece em cativeiro. 
A reabilitação será monitorada. As araras receberam tinta atóxica no peito, que sairá nas próximas chuvas, e todas possuem microchip ou anilha para que pessoas que irão acompanhar o processo de reintrodução dos psitacídeos na natureza possam analisar seu comportamento. 

Fonte: 
Jornal Diário da Manhã, de 28/05/2014
Cidades, página 06
É possível ver a matéria no Diário da Manhã Digital no link abaixo:

  

terça-feira, 27 de maio de 2014

Peixe-leão: o que já sabíamos e o que podemos fazer

Peixe-leão: o que já sabíamos e o que podemos fazer

A questão da invasão do peixe-leão nas nossas águas é, antes de tudo, perturbadora. Já enfrentamos, ou pelo menos devíamos enfrentar a invasão de diversas espécies exóticas prejudicando a nossa biodiversidade marinha e de águas interiores. Entre os exemplos destaco o desastre do mexilhão dourado, trazido da Ásia provavelmente pela água de lastro de navios, que já se espalhou pelas principais bacias hidrográficas do país, principalmente no sudeste e centro-oeste, causando enormes prejuízos econômicos e ambientais; e o coral sol, uma espécie coralínea exótica que foi introduzida no ecossistema marinho da Baía da Ilha Grande, provavelmente por navios e plataformas de petróleo e gás, e que já foi encontrado até na Baia de Todos os Santos, no estado da Bahia.

Estudos sobre os impactos da introdução de espécies exóticas no Brasil têm sido realizados desde o início do século vinte, porém por longas décadas o foco primário das poucas ações de gestão ocorreu sobre organismos de importância comercial e fitossanitária para a agricultura. Nas décadas de 70 e 80, os esforços da comunidade científica nacional recaíram principalmente sobre as espécies exóticas de água doce. Apenas nos últimos anos esta preocupação foi estendida ao ambiente marinho.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) conduziu a primeira reunião relacionada ao tema amplo em 2001, com a participação de representantes dos países da América do Sul, e elaborou, em 2009, um “Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil”. Na época em que o informe foi elaborado já existiam 58 espécies exóticas registradas e divididas entre as categorias de detectadas (28), estabelecidas (21) e invasoras (9). Já estavam nessas contagens o mexilhão dourado e o coral sol, porém ainda nem se sonhava com o temido peixe-leão.

Mas a questão das espécies exóticas e invasoras, principalmente no caso marinho, é antes de mais nada, uma questão internacional. É praticamente impossível conter tais invasões sem parcerias e ações integradas entre todos os países.

Leia a matéria completa no ((O)) eco

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 27/05/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco

sábado, 24 de maio de 2014

Espécies brasileiras ameaçadas de extinção

Mais de mil espécies da fauna brasileira correm risco de extinção


Em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade,  (22/05/2014), o Ministério do Meio Ambiente apresentou o inventário da fauna brasileira, onde foram analisadas mais de 7,6 mil espécies, entre 2010 e 2014. Na Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, realizada por 929 especialistas do Brasil e do mundo, 14% das espécies, 1.051 do total, ainda estão em risco de extinção, sendo 121 com risco agravado.

Entre as espécies ameaçadas, 73% estão sob regime de proteção, em unidades de Conservação ou dentro de um Plano de Ação Nacional. Para o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, não há dúvida que a criação de unidades de conservação é uma medida necessária para proteger as espécies “em uma realidade como a brasileira, em que a dinâmica de ocupação dos habitats naturais é muito intensa”.

Para reforçar o trabalho dentro dessas unidades, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinou portaria que permite a aplicação de recursos de compensação ambiental, em até 10%, em atividades para a conservação de espécies ameaçadas. “Saímos de 1.022 para mais de 7 mil espécies inventariadas e nós queremos 14 ou 15 mil nesse catálogo, para isso precismos ter estratégia de médio e longo prazo, de redes de pesquisa de áreas prioritárias, como também recursos para serem dirigidas. Então estamos vinculando às unidades de conservação recursos com vistas à pesquisa e proteção dessas espécies”, afirmou.

A ministra anunciou a retirada de 77 espécies da lista de espécies ameaçadas de extinção, que será publicada pelo ICMBio, no segundo semestre deste ano. Uma dessas espécies,  a baleia jubarte.

Segundo Izabella Teixeira, um conjunto de ações permitiram a saída da jubarte da lista, como “a visão de longo prazo com a estratégia de aumentar a proteção dos animais, de proibir a captura, somados ao grande programa de conservação feito pelo Instituto Baleia Jubarte, de estudar o comportamento da espécie, mapear as rotas migratórias e estabelecer, nestas áreas, medidas de manejo e conservação.”

O governo brasileiro também anunciou uma campanha mundial pela criação do Santuário Internacional do Atlântico Sul para as Baleias. A proposta será avaliada em setembro pela Comissão Baleeira Internacional e tem o objetivo de impedir a caça comercial nessa área do oceano, onde ainda vigora a moratória internacional sobre a captura desses animais.

Além disso, o ministério apresentou um conjunto de medidas destinadas a proteger toda a fauna brasileira, como a criação de uma força tarefa especial dedicada ao combate ao tráfico ilegal das espécies ameaçadas de extinção. Segundo Izabella Teixeira, o Ibama, ICMBio, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal já estão realizando ações, de caráter permanente, em torno de espécies como o peixe-boi da Amazônia, boto-cor-de-rosa, arara-azul-de-lear, onça-pintada e o tatu-bola.

Também foi foram anunciadas a criação do Prêmio Nacional da Biodiversidade, editado anualmente, a Bolsa Verde para comunidades que vivem em regiões relevantes para conservação de espécies ameaçadas, a reintrodução do peixe-boi-marinho no Caribe e acordos com os ministérios da Pesca e Aquicultura e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil

Fonte: 
Acesso em 23/05/2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Jaritataca

Jaritataca
(Conepatus semistriatus)

A jaritataca (Conepatus semistriatus) é um animal pequeno, com cerca de 30 a 52 cm de comprimento, cauda entre 16 e 31 cm e que costuma pesar algo entre 1,4 e 4,0kg. Sua cabeça é arredondada, corpo compacto e patas dianteiras com garras longas e negras, focinho longo e sem pelo. A volumosa cauda tem pelos negros na base e brancos até o final. Os pelos do corpo variam de uma coloração preta ou marrom-escuro, com duas listas brancas que correm por cima do dorso, divididas em duas, que seguem paralelas até a base da cauda.

Conhecido popularmente como jitira, jaratataca, jacarambeva, tiaca, cangambá e, também gambá, o Conepatus semistriatus é um mamífero onívoro da família Mephitidae. No entanto, os mefitídeos, que incluem o cangambá e as chamadas doninhas fedorentas, apesar das semelhanças do mecanismo de defesa – uso de odores fétidos contra ameaças –, não podem ser chamadas de gambás, que são marsupiais, como o canguru.

A espécie ocorre no sul do México, norte da Colômbia, Venezuela, Peru e Brasil. No território brasileiro, ocorrendo no Cerrado e Caatinga, da região Nordeste do país ao estado de São Paulo. A espécie é amplamente distribuída na sua área de ocorrência e relativamente abundante, porém pode ser bastante rara em alguns locais como no do Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.

O C. semistriatus prefere as áreas de vegetações abertas típicas de seus habitats, evitando regiões de matas mais densas. A espécie apresenta boa tolerância a ambientes alterados pela ação humana, além de serem tolerantes à áreas de lavoura, como canaviais e plantações de eucalipto.

É um animal solitário e de hábitos noturnos. Ele se torna ativo logo após o pôr do sol quando sai de sua toca, uma estrutura que, quando não é cavada pela própria jaritataca, é um buraco cavado por outra espécie – como cupinzeiros ou tocas de tatus – que pegou "emprestado". Tem como arma de defesa própria e de seu território a secreção de um líquido de odor bastante desagradável.

Alimenta-se de insetos e outros invertebrados, pequenos vertebrados e frutos.

Pouco se sabe sobre o comportamento reprodutivo da espécie: unem-se ao sexo oposto apenas durante o período de reprodução. A duração da gestação é de aproximadamente 60 dias onde nascem de 4 a 5 filhotes.


As ameaças comuns à espécie são fragmentação e perda do habitat. Além disso, esses animais são também observados próximos a habitações humanas, o que pode torná-los passíveis de ameaças, como predação por cães domésticos ou atropelamentos nas rodovias brasileiras. Outro fator é a caça: apesar de sua pele possuir pouco valor, a espécie é caçada em alguns países e, na região da Caatinga brasileira, caçada para subsistência, utilizada como alimento e/ou medicamento.

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 23/05/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Rato da Serra

Rato da Serra
(Drymoreomys albimaculatus)


No início de 2011, um grupo formado por Alexandre Reis Percequillo, do Departamento de Ciências Biológicas da USP de Piracicaba, Marcelo Weksler, do Museu Americano de História Natural, e Leonora Costa, da Universidade Federal do Espírito Santo, publicaram na revista científica Zoological Journal of the Linnean Society a descoberta de uma nova espécie: Drymoreomys albimaculatus.

A descoberta é mais uma demonstração de que a Mata Atlântica, o bioma brasileiro mais estudado e, infelizmente, devastado, ainda guarda muitas surpresas.

O nome científico da espécie Drymoreomys albimaculatus significa, literalmente, rato das florestas e montanhas (Drymoreomys) com manchas brancas (albimaculatus). Tem esse nome porque é encontrado somente na floresta úmida das encostas orientais da Serra do Mar de São Paulo e Santa Catarina, o que o torna um gênero endêmico da Mata Atlântica.

O D. albimaculatus é um roedor de tamanho médio com cerca de 30 cm de comprimento da cabeça à ponta da cauda, e com massa corporal de 44 a 64 gramas. Os pelos do corpo são longos e densos, laranja-avermelhados na maior parte. As pequenas e arredondadas orelhas são cobertas com pelos dourados na parte externa e castanho-avermelhados na superfície interna. O ventre é acinzentado com manchas brancas. A cauda longa é completamente castanha e tem entre 14 e 17 centímetros.

A espécie parece ser adaptada às áreas montanhosas e de encosta, com densa floresta úmida. Foi encontrada em florestas perturbadas e secundárias, bem como em florestas intactas. Apesar disso,  seus descobridores especulam que precisa floresta contígua para sobreviver. A época reprodutiva foi observada em diferentes momentos, o que sugere que a espécie se reproduza o ano todo. Devido às suas características morfológicas, como as grandes almofadas nas patas, acredita-se que tenha hábitos arbóreos, isto é, uma espécie que vive em árvores.

Embora a área de ocorrência do D. albimaculatus seja relativamente grande e inclua algumas áreas protegidas (por exemplo, o Parque Nacional da Serra do Itajaí), a distribuição é pequena – só foi encontrado em sete localidades – e o habitat – a Mata Atlântica – é ameaçado. Por esta razão, os descobridores recomendam que a espécie seja classificada como Quase ameaçada na lista vermelha da IUCN.

Fonte:
((O)) eco
Acesso em:22/05/2014
Leia mais matérias no site do ((O)) eco.





Beija-flor rabo-branco-acanelado - o eremita dos planaltos

Beija-flor rabo-branco-acanelado
Phaethornis pretrei


O beija-flor Phaethornis pretrei, como todos os membros da familía dos troquilídeos (beija-flores), é uma ave típica das Américas. Esta espécie em particular é originária da América do Sul, encontrada na Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil. Aqui ocorre do Maranhão ao Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso.

No Brasil, ele é conhecido por beija-flor rabo-branco-acanelado. Também o conhecemos por limpa-casa, beija-flor-de-rabo-branco e rabo-branco-de-sobre-amarelo. Nos países de língua espanhola e no resto do mundo, tem um nome mais romântico: ele é o beija-flor eremita ou o eremita dos planaltos.

A ave mede 15 cm de comprimento do bico à ponta da cauda, o que faz dela uma das maiores espécies de beija-flores brasileiras. Neste quesito é um forte concorrente do beija-flor-violeta (Colibri coruscans).

A plumagem é na maior parte, de uma cor de canela, com uma longa cauda com penas terminam numa ponta branca. Daí o seu nome em português rabo-branco-acanelado. A asas e o entorno dos olhos são negros, como também é a parte superior do bico, comprido e ligeiramente curvado para baixo, e base vermelha.

Sua dieta consiste principalmente do néctar de flores e também de pequenos artrópodes. É uma ave de hábitos diurnos, como todos da família, é muito ativa, sempre em busca de alimento. Seu metabolismo acelerado só encontra descanso à noite, quando praticam o torpor: uma forma de descanso muito bem descrita por Marcos Rodrigues colunista de ((o))eco.

Vive em áreas semi-abertas e abertas, como o Cerrado e a Caatinga, mas também está presente no Pantanal. Pode ser avistado nas bordas de florestas úmidas e semidecíduas, matas ciliares, em parques e jardins. Seus ninhos têm uma forma cônica alongada, e terminam num apêndice caudal mais ou menos longo, servindo de contrapeso. São feitos de restos de plantas acumulados em espessa camada e fixados com teias de aranha e saliva da própria ave, suspensos na face interior das folhas de árvores de folhas largas como as palmeiras, samambaias e helicônias. Não é incomum ver um ninho fixado sob construções humanas, como beirais de telhados e lustres no interior de residências.

Entre agosto e novembro, se dá a época do acasalamento. O macho, a fim de atrair a atenção da fêmea, faz uma pequena exibição: abre o bico e exibe a boca, a língua e a mandíbula. Todas essas partes tem um vívido colorido, atraente às fêmeas. Também exibem a cauda expandida em forma de leque. Quando o casal é definido, realizam um "voo pré-nupcial": o macho persegue a fêmea, ambos piando, por dentro da mata fechada.

A fêmea coloca dois ovos que serão incubados por um período de 12 a 15 dias. Os irriquietos filhotes deixam o ninho depois de três semanas de idade.

De acordo com a IUCN, o Phaethornis pretrei é classificado como uma espécie Pouco Preocupante, no que se refere ao risco de extinção. O beija-flor eremita não só tem uma área de ocorrência bem ampla, como também não parece sofrer uma queda populacional significativa. Ainda veremos essa bela ave por algum tempo. Uma boa notícia.

Fonte:
((O)) eco - Texto de Rafael Ferreira
Acesso em 22/05/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco




quarta-feira, 21 de maio de 2014

Museu de Londres recebe carcaça de mamute

Museu de Londres recebe carcaça mais bem conservada de mamute

Segundo cientistas, é o mais completo resto mortal desta espécie, já extinta no planeta.
O espécime de mamute foi encontrado congelado na Península Yamal, na Sibéria, em 2007. Estima-se que Lyuba, nome derivado da palavra amor, em russo, tenha morrido há 42 mil anos, com um mês de idade. O mamute mede 85 centímetros de altura e 130 de comprimento.

O corpo foi levado com todo cuidado para o museu londrino, onde será exposto na exposição “Mamutes: Gigantes da Era do Gelo”, que teve início em março e segue até setembro. A peça pertence ao Museu de Shemanovsky, na Rússia.

Extintos
Os mamutes apareceram na África há três milhões ou quatro milhões de anos. Há dois milhões de anos, emigraram para Europa e Ásia, e chegaram à América do Norte há 500 mil anos, passando pelo Estreito de Bering.

Para a ciência, continua sendo uma incógnita a causa de seu desaparecimento, que começou há 11 mil anos, quando a população destes animais reduziu drasticamente até a total extinção dos últimos exemplares siberianos, há 3,6 mil anos.

Fonte: 
G1 - Acesso em 21/05/2014
Para  ler a matéria completa e ver as fotos, clique aqui e visite o site do G1.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O venenoso Peixe-leão é encontrado no Brasil

O venenoso Peixe-leão é encontrado no Brasil


No dia 10/05/2014, mergulhadores encontraram um exemplar do peixe-leão (Pterois volitans) em Arraial do Cabo, na região dos lagos, no Rio de Janeiro. Na terça, pesquisadores realizaram uma operação para capturar o animal que foi enviado ao Laboratório de Ecologia e Conservação de Ambientes Recifais da Universidade Federal Fluminense (LECAR-UFF).

Dono de um apetite feroz, o Pterois volitans é originário da região oceânica do Indo-Pacífico que foi introduzido de maneira acidental nas ilhas do Caribe. Venenoso e sem predador no local, se transformou numa praga que dizimou (e dizima) centenas de peixes menores e crustáceos. Por isso, a notícia de que um exemplar tenha sido avistado na costa brasileira preocupa especialistas.

De acordo com a Associação das Empresas de Mergulho Recreativo, Turístico e de Lazer de Arraial do Cabo (AMA), cuja equipe participou da captura da espécie, o próximo passo é esperar o relatório que os pesquisadores da UFF farão para tentar identificar como o animal chegou no país e se ele é o único.

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 20/05/2014
Veja mais no site do ((O)) eco
Veja também outra matéria sobre o peixe-leão no mesmo site:  ((O)) eco


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Veado-catingueiro

Veado-catingueiro
Mazama gouazoubira


O veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) é, provavelmente, a espécie de cervídeo mais abundante do Brasil, presente em todos os seus biomas. Por essa razão, é reconhecida por uma variedade de nomes, tais como: veado-virá, virá, virote, guaçutinga, guaçucatinga, cabra silvestre, guaçubirá. Também é encontrado desde o México até a Argentina, onde recebe os nomes de corzuela común, corzuela parda, guazu, guazu virá.

Bem adaptável, o Mazama gouzazoubira pode habitar áreas altamente modificadas pelo homem, o que explica a sua abundância: provavelmente, a própria ação humana tenha beneficiado a espécie em algumas localidades, pela remoção da floresta originalmente presente em grande parte de sua área de distribuição, o que permitiria seu avanço sobre áreas antes indisponíveis. Importante ressaltar que esta é uma característica preocupante, já que dá à espécie um alto potencial invasor, pois vai competir com vantagem sobre os habitats de outras espécies do gênero Mazama, que são menos competitivas e ecologicamente mais próximas (isto é, mais raras).

O catingueiro é um cervo de pequeno porte, pesando em torno de 18 Kg, com altura média de 50 a 65 cm e entre 88,2 e 106 cm de comprimento. A coloração geral dos indivíduos é extremamente variável, podendo ir do cinza escuro até o marrom avermelhado. A região ventral é mais clara, com áreas brancas na parte inferior da cauda e face interna da orelha. A maioria dos indivíduos tem uma pinta branca acima dos olhos, que é característica exclusiva dessa espécie. Os chifres, quando presentes, não são ramificados, possuem entre 6 e 12 cm de comprimento.

Ele parece evitar florestas altas, preferindo áreas de vegetação densa como capoeiras, bordas de mata e matas em regeneração inicial. Sua grande flexibilidade ecológica – como já observado – também permite que ocupe áreas modificadas pelo homem e áreas agrícolas como: canaviais e plantios comerciais de eucalipto e pinheiro.

São animais geralmente diurnos e solitários, mas podem formar pequenos grupos em período de escassez de alimentos ou na época de acasalamento. Demonstram um comportamento fortemente territorialista, com marcação de território feita principalmente pelos machos através do uso de sinais odoríferos e visuais (exemplos: retirada de cascas de árvores com os incisivos inferiores, a deposição de fezes e urina ou a sinalização através de glândulas odoríferas). Apesar disto, são tímidos e esquivos, presas constantes de onças – onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor) são seus principais predadores –, pumas, cachorros-do-mato e principalmente do homem.

Alimentam-se de frutas, flores e folha. Embora a disponibilidade de alimentos ao longo do ano afeta diretamente a reprodução dos cervídeos, o veado-catingueiro ainda é capaz de se reproduzir em todos os meses do ano, mesmo quando há escassez periódica. Uma fêmea pode ter duas ninhadas em um mesmo ano. A gestação dura cerca de 7 meses e gera um filhote por vez. Os filhotes com pintas brancas na pelagem que começam a desaparecer do quarto até o sexto mês. Os pequenos ficam escondidos na vegetação densa nas primeiras semanas de vida e permanecem com a mãe durante oito meses ou até o nascimento da próxima cria. A desmama ocorre por volta do 3° ao 4° mês de vida.

Embora a espécie apresente tendência de ampliação de área de ocorrência e da área de ocupação, e uma população total de indivíduos maduros maior que 10 mil indivíduos, em razão da destruição de hábitat, por doenças transmitidas por animais domésticos (zoonoses) e à caça, a espécie já está presente na lista de Referência da Fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul, na categoria de "vulnerável" e na lista das espécies ameaçadas de extinção do estado do Rio de Janeiro, como "em perigo". Mesmo assim, pela característica da abundância é globalmente avaliada como MenosPreocupante (LC) pela IUCN e pelo ICMBio.

Acesso em 19/05/2014


sábado, 17 de maio de 2014

Gestão comunitária está salvando o pirarucu na Guiana

Gestão comunitária está salvando o pirarucu na Guiana

A quantidade de pirarucus na Guiana (Arapaima arapaima) está se recuperando graças a um plano de gestão comunitário que envolve o governo, comunidades indígenas e organizações ambientais. Durante um período de aproximadamente 10 anos, o número de pirarucus adulto com mais de 1 metro de comprimento passou de 400 para mais de 5.000 peixes, de acordo com as contagens feitas pelas comunidades da região do Rupununi. Um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu é um gigante que atinge comprimentos de até 3 metros e pode pesar 250 quilos. Estes peixes passam até 20 minutos debaixo de água, mas precisam completar seu suprimento de oxigênio indo à superfície para respirar. Esta capacidade advém de bexigas natatórias modificadas, que funcionam como pulmões e é especialmente usada durante a estação seca, quando as águas estão baixas e pobres em oxigênio. Entretanto, vir à superfície torna-os alvos fáceis para os pescadores. Na Guiana, pirarucus são protegidos por lei, junto com o jacaré-açu (Melanosuchus niger), a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), e a ariranha (Pteronura brasiliensis). A espécie está listada pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens Ameaçadas de Fauna e Flora), em seu Anexo II, o que significa que ainda não está ameaçada, mas será a menos que a pesca excessiva termine. Na Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas, a espécie é listada como "Dados Insuficientes" (Data Deficient).
"Até recentemente, ninguém estava prestando atenção ao pirarucu", disse Deidre Jafferally, que participa do plano de manejo do pirarucu desde o seu início. Ela é uma estudante de doutorado ligada ao Centro Internacional Iwokrama, uma das organizações ambientais envolvidas neste projeto de conservação. "Embora já soubéssemos que havia problemas, não havia dados internacionais que apoiassem esta conclusão, porque faltava uma metodologia de contagem dos peixes".
Por volta de 2001, verificou-se que a sobrevivência da espécie estava ameaçada, pois as primeiras contagens revelaram o declínio das populações de pirarucu. Embora a redução tenha sido detectada na década de 1990, os pesquisadores acreditam que ela é resultado de um período de 30 ou 40 anos de pesca excessiva. Os relatos indígenas confirmaram as impressões dos pesquisadores e deram impulso para criar um plano de manejo. Organizações ambientais como a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e WWF Guiana (World Wildlife Fund Guianas) forneceram os recursos em um total de 122 mil dólares para o desenvolvimento e execução do plano de gestão do pirarucu.
No entanto, enquanto o pirarucu ressurge, a receita advinda da pesca sustentável ainda não alcançou o vulto previsto, o que levou os moradores a pedir mudanças no plano.
Rebecca Xavier é uma indígena da tribo Wapishana, da Guiana. Ela vem da aldeia de Wowetta, uma das comunidades indígenas do Rupununi do Norte. "Em 2011, fiz parte do projeto de contagem do pirarucu. Eu trabalhava como assistente do gerente do projeto, um trabalho que pagava um salário mensal e que me manteve por um ano", disse ela.
No entanto, ela diz que o dinheiro gerado a partir da venda de carne de pirarucu, nas quantidades permitidas pelo plano de manejo, não é suficiente para os habitantes de Wowetta, uma aldeia com população de cerca de 330 pessoas. "Esta comunidade não tem realmente se beneficiado com o projeto, apesar do crescimento da população de pirarucus", disse Xavier.
No início, prometeu-se aos moradores que cada comunidade iria ganhar perto de $1 milhão em dólar da Guiana (equivalente a 5 mil dólares americanos) por ano com a venda de carne de pirarucu. Mas Xavier disse que nenhuma das aldeias, incluindo a sua própria, fez dinheiro substancial com a implementação do plano devido ao baixo percentual de pesca permitida. O número de peixes pescados foi uma fração do inicialmente previsto e a receita produzida com a venda, insignificante.
"Estamos vendo mais pirarucu nos rios e lagos", disse Michael Williams, coordenador de implementação do plano e também membro de uma das comunidades envolvidas. Segundo ele, o retorno financeiro decepcionante para as aldeias fez com que pedissem mudanças no plano, de modo a aumentar a taxa de captura permitida, na medida em que a população de pirarucus aumenta.
Surgiram também novas ideias. O plano original só englobava a pesca e venda da carne. Hoje, as comunidades pensam em outros negócios potenciais como a pesca desportiva e a aquicultura.

Fonte : 
((O)) eco
Acesso em: 17/05/2014.
Veja a matéria completa no site do ((O)) eco, clicando aqui.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Países se unem contra tráfico de animais silvestres

Países se unem contra tráfico de animais silvestres

Líderes de 46 países se comprometeram a ‘“tomar ações decisivas e urgentes” para combater o tráfico internacional de espécies selvagens. A “Declaração de Londres” foi assinada essa semana, na capital inglesa, após dois dias de negociações a portas fechadas. Entre as medidas que as nações se comprometeram a adotar estão ações para erradicar o mercado de produtos oriundos da caça ilegal, acordos para fortalecer a aplicação das leis e promoção de alternativas sustentáveis para a sobrevivência e o engajamento das populações locais na luta contra a caça ilegal de animais selvagens.

A reunião foi acompanhada por organizações não-governamentais que lutam contra o tráfico internacional de espécies e também por instituições que podem agir ou oferecer recursos para combater esse tipo de crime. O Fundo Mundial para o Meio Ambiente (WWF) e a Traffic, rede internacional que monitora o tráfico de animais e plantas, divulgaram uma nota onde acolhem a declaração. Segundo as organizações, o documento reconhece as graves consequências econômicas, sociais e ambientais do  tráfico internacional da fauna e da flora, destacando que a caça ilegal e o tráfico estão sendo controlados por organizações criminosas que minam o estado de direito, a boa governança e encorajam a corrupção.

Para a conselheira-chefe para espécies do WWF do Reino Unido, Heather Sohl, os governos que assinaram a declaração enviaram uma forte mensagem: “Crime contra a vida selvagem é um crime sério e tem que ser interrompido. Esse tráfico assola populações de espécies, mas também tira a vida de guardas-florestais, impede o desenvolvimento econômico dos países e desestabiliza a sociedade por meio da corrupção”, afirmou. Heather Sohl acrescentou que existe uma crise que precisa de atenção global urgente. Para ela é preciso garantir apoio político para a nomeação de um representante especial das Nações Unidas para tratar do tema.


Entre os países que assinaram a declaração estão alguns dos mais impactados pela caça ilegal de elefantes, como a República Democrática do Congo, o Gabão, o Quênia e a Tanzânia. Outros países, que representam pontos de passagem do marfim que vai da África para a Ásia assinaram, como Togo, Filipinas, Malásia e, o maior mercado ilegal do marfim, a China. África do Sul, Moçambique e Vietnã, afetados pela caça dos rinocerontes, também participaram das negociações e aceitaram o acordo.

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 16/05/2014

Veja matéria completa no site do Eco, clicando aqui.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O beija-flor violeta

O beija-flor violeta
(Colibri coruscans)


Durante a sua expedição ao Monte Roraima, o colunista de ((o))eco e biólogo Fábio Olmos, relatou ter encontrado, dentre muitas aves, um curioso beija-flor-violeta (Colibri coruscans). Este breve encontro inspira o post desta semana.

Beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média de seis a doze centímetros de comprimento e pesam entre dois e seis gramas. O Colibri coruscans tem 13 a 15 centímetros de comprimento. Os machos pesam de 7,7 a 8,5 gramas, enquanto as fêmeas pesam de 6,7 a 7,5 gramas. Isto faz desta espécie, sem dúvida, o maior dos beija-flores.

A plumagem do beija-flor-violeta é na sua maior parte de um verde azulado brilhante, à exceção das asas que são de roxo escuro e dos bicos e pés, que são pretos.

Ele é encontrado nas terras altas do norte e oeste da América do Sul, incluindo uma grande parte dos Andes, a faixa costeira venezuelana e os tepuis. Também é encontrado na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Guiana e Peru. No Brasil, está na região norte, no estado de Roraima. Ele consegue viver em ampla gama de habitats verdes semiabertos, como florestas de coníferas ou de eucaliptos, planície e até em jardins e parques.

O beija-flor-violeta é uma ave nectívora (isto é, se alimenta de néctar), mas sua dieta também inclui pequenos insetos, que é capaz de capturar em pleno voo.

Uma ave bastante vocal e agressivamente territorial. Solitários, eles demarcam seu território através do canto, atividade que ocupa boa parte do seu dia. Os cantos variam entre os subgrupos, que desenvolvem suas próprias chamadas.


O período reprodutivo varia de região a região, mas o procedimento é o mesmo: as fêmeas vão encontrar seus companheiros em leks, áreas onde grupos de machos se exibem na tentativa de atrair uma fêmea para o acasalamento. Após o acasalamento, o macho parte e deixa as responsabilidades de nidificação para a fêmea. A mãe coloca dois ovos em um pequeno ninho em forma de taça feita de galhos e folhas. Os ovos eclodem em 17 a 18 dias e os jovens deixarão o ninho em breves três semanas.

Fonte:
((O)) eco
Acesso em:01/05/2014
Conheça mais no site do ((O)) eco

terça-feira, 15 de abril de 2014

Formiga Lava-pés

Lava-pés são capazes de se transformar em ponte e flutuar sobre a água

Você já deve ter visto vários tipos de ponte por aí, mas aposto que nunca viu uma feita de formigas. Até agora. No Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, esse fenômeno foi observado e estudado.

Não é qualquer tipo de formiga que sai fazendo pontes por aí. O comportamento foi observado apenas em formigas-lava-pés (Solenopsis invicta), conhecidas também como formigas-de-fogo – por sua picada dolorosa – e encontradas em gramados do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil.

Segundo o estudante de engenharia mecânica Sulisay Phonekeo, essas formigas conseguem formar pontes graças à sua força e a perninhas especiais. “Elas podem suportar até 20 vezes o próprio peso”, conta o pesquisador. “Além disso, usam suas pernas pegajosas como ganchos para se prender umas às outras e suportar a ponte”.

A ponte de formigas é tão resistente que os pesquisadores provocaram pequenos tremores ao redor dela e os insetos resistiram firmes e fortes. “Elas podem manter a ponte porque cada formiga dentro da estrutura ajuda as que estão fora”, explica Sulisay. “Se elas percebem que há um ponto fraco na ponte, as formigas que estão fora vão para lá para ajudar a preencher esse espaço vazio que está enfraquecido”.

Na natureza, as formigas formam essa estrutura para chegar a certos lugares mais rapidamente, passar por buracos ou fazer uma ligação entre duas folhas.

Imitando formigas

Os pesquisadores ficaram tão encantados com a habilidade das formigas de construir pontes que querem imitá-las. Eles acreditam que a técnica usada por esses insetos pode ser aplicada em estruturas construídas pelo homem. “Se nós humanos fôssemos capazes de construir materiais que pudessem se reparar antes de quebrar, assim como fazem as formigas com suas pontes, poderíamos prevenir desastres e economizar dinheiro”, aposta Sulisay.

Além de fazer pontes, as formigas-de-fogo têm outros ‘superpoderes’ fantásticos. “Juntas, elas podem se comportar como um líquido ou se organizar para ficarem fortes”, conta o pesquisador. “Até nadar elas conseguem: durante inundações, elas fazem ‘jangadas’ ao unirem seus corpos e com isso não afundam, ao contrário do que aconteceria se estivessem sozinhas”.

Fonte:
Ciência Hoje das Crianças
Acesso em 15/04/2014
Leia a matéria completa, veja fotos e vídeos  visitando o site da CHC online.

terça-feira, 18 de março de 2014

Peixes: nossos aliados contra mosquitos

Os peixes podem ser nossos aliados contra mosquitos

Embora sejam transmissores de doenças graves como dengue, malária e febre amarela, os mosquitos, assim como todos os seres vivos são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas. Eles atuam como polinizadores, ajudando na reprodução de inúmeras plantas e servem de alimento para aves, anfíbios e outros animais. Por isso não queremos o fim dos mosquitos, mas também não queremos ser o alvo de suas picadas. Podemos evitar a proliferação de desses insetos se mantivermos fechados os reservatórios de água, como poços e caixa d'água; se não deixarmos acumular água em latas, pneus e garrafas; se substituirmos a água de vasos de plantas por areia; se lavarmos os bebedouros dos animais domésticos uma vez por semana; e, também se criarmos peixes!!O usos de peixinhos é uma forma interessante de combate aos mosquitos!! Essa estratégia tem sido utilizada em diversas cidades brasileiras com sucesso. Segundo os pesquisadores, mais de 250 espécies de peixes se alimentam das larvas de mosquito e algumas chegam a comer centenas delas em apenas um dia!! Por esta razão, criar peixinhos tem se revelado uma boa alternativa de controle biológico em todo o mundo. 
Há porém, certos cuidados a serem tomados na criação de peixes com esse propósito. O principal é que não devemos colocá-los em reservatórios de água para consumo humano, pois peixes também carregam micróbios e outros organismos que podem causar doenças aos seres humanos. Outro ponto importante é que nem sempre as pessoas criam peixes nativos da região onde vivem, o que pode ser um problema, caso eles sejam lançados em rios e lagos. Como não pertencem à fauna da região, eles podem se reproduzir bastante, competir com os peixes nativos e levá-los à extinção. 

Fonte: 
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 253
Janeiro/Fevereiro de 2014, pág. 19
Texto (adaptado) de: 
Jean Carlos Miranda
Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra,
Universidade Federal  Fluminense.
Cláudio Eduardo de Azevedo e Silva,
Instituto de Biofísica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Morcegos ajudam a preservar as florestas

Você sabia que os morcegos ajudam a preservar as florestas?

Os morcegos são animais muito interessantes. São os únicos mamíferos capazes de voar e ainda ajudam a manter as florestas   vivas e saudáveis.
Sabia que apenas três entre as mais de mil espécies conhecidas se alimentam de sangue de aves ou de outros  mamíferos , e evidentemente  não fazem isso por mal, mas porque o seu organismo necessita deste alimento. Os demais morcegos têm cardápio variado, que inclui insetos, anfíbios, mamíferos menores e até outros morcegos. Há, ainda, os que comem frutas e os que se alimentam do néctar das flores. São justamente estes, os morcegos frugívoros e os nectarívoros, que desempenham um papel muito importante para a flora.
No caso  dos frugívoros, o organismo deles aproveita os nutrientes das frutas ingeridas e libera, com as fezes, as sementes, que caem no solo da floresta e dão origem a uma nova planta.
Já os morcegos nectarívoros fazem a conhecida polinização. Enquanto se alimentam do néctar de determinada flor,os grãos de pólen (que são os gametas masculinos da plantas) se grudam em seu corpo e, ao pousarem em outras flores, esses grãos vão caindo, possibilitando a fecundação entre elas.
Espalhando sementes e pólen,os morcegos favorecem o nascimento de novas plantas e garantem a boa saúde da floresta.

Texto (adaptado) de João Pedro Garcia Araújo,
Departamento de Zoologia,
Instituto de Biologia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças
Nº 251 - Novembro de 2013 - página 19