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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cuícas

Cuíca
Gracilinanus microtarsus


No meio de insetos, tamanduás e anfíbios, está um animal bem peculiar: a cuíca (Gracilinanus microtarsus).
Ela tem pelos longos e macios, na maior parte marrom-avermelhado e a base cinza. No dorso, a pelagem é mais clara, como também é no rosto. Possuem anéis escuros ao redor dos olhos negros, amplos e proeminentes. A parte anterior do pescoço é alaranjada. A cauda, preênsil e escamosa, é marrom e as patas, esbranquiçadas, com dedos são relativamente longos, com pequenas garras. É um animal pequeno: tem 105 a 110 mm de comprimento da cabeça e corpo e cauda de 145 a 153 mm. Têm uma massa entre 10 e 45 gramas.

São marsupiais da família Didelphidae à qual pertencem os gambás, catitas e cuícas. A cuíca Gracilinanus microtarsus é encontrada apenas no Brasil, natural dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul.

Vivem nas florestas úmidas da Mata Atlântica e florestas caducifólias espalhadas nas regiões do sul do Cerrado. A espécie tem hábitos predominantemente arborícola e noturno. Solitários, passam os dias descansando em ocos de árvores. Quando em atividade, frequentemente forrageiam no solo. A locomoção é feita a passos curtos e rápidos, com o auxílio da cauda preênsil.

A sua dieta é composta principalmente por insetos, mas podem se alimentar de comer algumas aranhas, caracóis, e até mesmo frutas. O G. microtarsus atua como importante dispersor das sementes de espécies da família das aráceas em uma área de Mata Atlântica.

A reprodução da cuíca se inicia nos meses de maior pluviosidade. As fêmeas entram em cio uma vez por ano, entre agosto e setembro, e têm ninhadas de até doze filhotes, que nascem durante a estação chuvosa, quando o alimento é abundante. A mãe não possui uma bolsa, mas um conjunto de cerca de 14 mamas. Os filhotes são desmamados após três meses de idade, entre novembro e dezembro.

Os jovens crescem, até os seis meses de idade, e atingem a maturidade sexual com um ano. A maioria das cuícas não sobrevive por muito mais tempo do que um ano, mas podem chegar a dois anos de idade. Além do pouco tempo de vida, têm que lidar com seus predadores: jaguatiricas, gatos-do-mato, guaraxains, lobos-guará e gaviões-de-rabo-branco.

Leia a matéria completa no ((O)) eco

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 09/06/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Extinção

Extinção
Sylvio Luiz Panza

Como será que vai ser
no futuro lá adiante?
Será que ainda vai haver
animais como o elefante?

Como será que vai ser
no futuro sem floresta?
Será que a vida vai ser
mais bonita do que esta?

Como será que vai ser
não ter animais por perto?
Não ter verde, flores, frutos,
será viver num deserto!

É por isso que é importante
renovar o sentimento
de cuidar de nossas matas
com o reflorestamento.

Mas nem tudo está perdido,
isso eu sei, tenho certeza,
se cuidarmos com carinho
desta nossa natureza!

Sylvio Luiz Panza nasceu em São Paulo, em 1965. É autor de diversos livros infantis. Em Ecologia em quadrinhos, editado pela FTD, ele faz versos pela conservação da natureza.

Fonte: 
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 214
Julho de 2010, Capa.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Projeto Malha

Projeto Malha pretende evitar mortes de animais nas estradas

Lançado em setembro de 2013 pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o Projeto Malha é a primeira grande iniciativa que visa reduzir os impactos de rodovias e ferrovias nas mortes de animais identificando as áreas críticas em todo o território nacional. Com um banco de dados preciso, revelando regiões e espécies mais atingidas, o CBEE pretende propor ações efetivas para reduzir os atropelamentos, como instalação de túneis, redes de proteção, passarelas ou até cordas que possam ser utilizadas por animais que vivem nas árvores. 

Aves

O CBEE estima que 475 milhões de animais silvestres são atropelados anualmente, 15 a cada segundo, nos 1,7 milhão de quilômetros da malha viária brasileira. Aves são as mais atingidas, seguidas de mamíferos. Em Goiás, espécies ameaçadas  de extinção como o lobo-guará e o tamanduá-bandeira são vítimas em potencial. Como em qualquer parte do país, não há uma estatística confiável em Goiás sobre o tema. Este ano, até 21 de maio, chegaram ao Centro de Triagem de animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e recursos Naturais (Ibama), 58 animais que sobreviveram ao impacto com veículos nas estradas goianas, 34 deles são aves. 
O Núcleo de Educação Ambiental do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar também confirma a dificuldade de estimar a dizimação da fauna por atropelamento. A unidade costuma recolher animais mortos às margens de estradas e, após o processo de taxidermia, expõe em eventos, como a Exposição Agropecuária, por exemplo, para orientar a população sobre a preservação das espécies. Até mesmo uma rara onça preta integra a coleção do Núcleo de Educação Ambiental. 

Aplicativo
Fonte da imagem: Google Play

Com o uso da tecnologia, o coordenador do Projeto Malha, professor de ecologia da UFLA, Alex Bager, pretende montar uma grande rede brasileira de monitoramento. Desde abril, o Urubu Mobile, um aplicativo gratuito, por enquanto disponível para Android e Google Play, pode ser baixado por qualquer pessoa. Popularizado e utilizado, o aplicativo vai ajudar a criar o Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (Bafs) e contribuir para a formulação de políticas públicas que garantam a preservação da fauna em todos os Estados brasileiros. "A ideia é que qualquer pessoa baixe o aplicativo e o utilize por aí: motoristas de caminhão, taxistas, motoristas de ônibus, pessoas que costumam trafegar pelas estradas do Páis de um modo geral. Está sendo estabelecida a maior rede colaborativa de monitoramento de fauna que o Brasil já presenciou", diz Alex Bager. 

Aplicativo auxilia nos registros

Qualquer pessoa que tenha um celular inteligente ou tablet poderá baixar o aplicativo Urubu Mobile e colaborar com a coleta de dados sobre animais silvestres atropelados. Ao encontrar um animal morto na estrada a pessoa abre o aplicativo, fotografa e automaticamente a imagem é georreferenciada. Quando encontrar o sinal de uma rede wireless a imagem é enviada. Antes de ser incluída no banco de dados a foto é analisada por cinco especialistas que identificam a espécie. Sua finalidade não inclui atropelamento de animais domésticos (cães, gatos, vacas ou galinhas) e de humanos. 
Estudos no campo de Ecologia de Estradas realizados nos Estados Unidos mostram relação entre a implantação de uma rodovia e o declínio na diversidade genética da população de fauna  nos fragmentos que foram cortados pelo trecho. No Brasil, a inserção de medidas para a proteção à fauna silvestre em relação a atropelamentos em rodovias é uma prática relativamente recente. Sem planejamento, rodovias funcionam como barreiras ecológicas. Alex Bager, do Projeto Malha, ressalta que gestores públicos devem levar em consideração o atropelamento de fauna e a paisagem. "Isso torna a medida mitigadora estrutural mais econômica do que instalá-la após a rodovia construída."

Flora de Silvânia adere ao Projeto Malha

Em Goiás, até o momento, a única instituição pública que aderiu ao Projeto Malha foi a Floresta Nacional (Flona) de Silvânia. Servidores da unidade de conservação monitoram dois trechos de estradas que cortam o município: 30, 5 quilômetros da GO-010 (pavimentada) e 12 quilômetros da GO-437 (terra). De 30 de setembro de 2013 até 12 de maio de 2014, foram registradas na região 144 ocorrências de atropelamento de fauna silvestre, sendo 131 na primeira e 13 na segunda. 

Fonte: 
Texto (incompleto)de Malu Longo, 
Jornal O Popular, de 25 de maio de 2014, página 4.
E clicando aqui, você poderá instalar o aplicativo em seu smarphone ou tablet.


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Araras livres para voar

Araras livres para voar

Retornaram à liberdade no dia 27/05/2014, 20 araras-canindé (Ara ararauna). Elas foram soltas pelo Ibama no município de Aragoiânia, que fica a uma hora de Goiânia,  na Fazenda Cachoeirinha, cujos proprietários são parceiros do instituto desde 2006. As aves são oriundas de apreensão  de tráfico e entregas voluntárias. Destas, 19 vieram do Rio de Janeiro, onde passaram por treinamento de voo para fortalecimento muscular e exames clínicos que atestam sua saúde. 
Na soltura branda,  como é conhecida , o viveiro fica como ponto de apoio durante alguns dias, enquanto os animais reconhecem a área.
A Fazenda Cachoeirinha é grande parceira do Ibama tanto na soltura como no cuidado de animais silvestres. A área já recebeu mais de 1.400 pássaros e psitacídeos. E é pra lá que o Ibama encaminha os filhotes de tamanduá-bandeira recolhidos ao Cetas/GO cujas mães morreram atropeladas. A proprietária Elizabeth Guimarães não permite que os animais em sua propriedade tenham um contato muito grande com humanos, para que não se acostumem e, quando soltos, sejam facilmente capturados. 
"É importante as pessoas saberem que os animais devolvidos à natureza conseguem se adaptar e voltar a ter suas funções ecológicas normalizadas, como procriar", informou o chefe do Setor de  Fauna do Ibama/GO, Leo Caetano. Ele critica as pessoas que dizem tratar os animais silvestres como filhos mas cortam as asas e os mantêm longe de seus companheiros. Ele informou que as araras, por exemplo, chegam a voar 10 quilômetros por dia, são seres que gostam de companhia de outras araras e mantêm um relacionamento monogâmico. O que normalmente não acontece em cativeiro. 
A reabilitação será monitorada. As araras receberam tinta atóxica no peito, que sairá nas próximas chuvas, e todas possuem microchip ou anilha para que pessoas que irão acompanhar o processo de reintrodução dos psitacídeos na natureza possam analisar seu comportamento. 

Fonte: 
Jornal Diário da Manhã, de 28/05/2014
Cidades, página 06
É possível ver a matéria no Diário da Manhã Digital no link abaixo: