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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Chupin

Chupin
Molothrus bonariensis

 O chupim (Molothrus bonariensis) é uma ave passeriforme da família Icteridae. Os machos de tais animais possuem uma coloração aparentemente preta, mas quando expostos ao sol, brilham em um tom azul-violeta, enquanto as fêmeas são mais pardacentas e menos reluzentes. Seu voo é digno e seu canto é lindo. Conseguem se comunicar com sua família e retribuir carinho através de gritos.
Também são conhecidos pelos nomes de anu, anum, arumará, azulão, azulego, boiadeiro, brió, carixo, catre, chopim-gaudério, corixo, curixo, corrixo, corvo, engana-tico, engana-tico-tico, gaudério, godério, godero, gorrixo, grumará, iraúna, maria-preta, negrinho, papa-arroz, parasita, parasito, pássaro-preto, uiraúna, vaqueiro, vira, vira-bosta e vira-vira.
chupim é conhecido pelo hábito de colocar seus ovos no ninho de outras aves, para que as mesmas possam chocá-los, criá-los e alimentá-los como filhotes. Por isso acabou virando sinônimo de aproveitador. São diversas as espécies parasitadas por essa ave, mas a mais comum de se ver alimentando um filhote de chupim, é o tico tico (Zonotrichia capensis), que é uma ave comum em meio as cidades. Registros de Tiê Sangue (Ramphocelus bresilius), Tiê preto, cardeal (Paroaria coronata) dentre tantos outros também já foram feitos.

Fonte: Wikipédia
Acesso em: 28/11/2013

Leia também uma matéria interessante sobre parasitas em ninhos no site do O Eco

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Tropeiro-da-serra

Tropeiro-da-serra
Lipaugus lanioides

Nome popular: tropeiro-da-serra
Tamanho médio: 25 centímetros
Peso médio: 84 gramas.
Habitat: Mata Atlântica (regiões Sul e Sudeste).

O cantor das chuvas

De acordo com a lenda, quando o tropeiro-da-serra canta é sinal de que a chuva se aproxima. Não há dados que comprovem a crença popular, mas os pesquisadores já fizeram outras observações sobre o comportamento dessa ave, que é encontrada no Sul e Sudeste do Brasil, em regiões montanhosas da Mata Atlântica pouco exploradas pelo homem. 
Pertencente à família das arapongas, o tropeiro-da-serra é uma ave tímida e difícil de ser avistada, assim também não é nada fácil avistar seu ninho. Seu parente do mesmo gênero, Lipaugus vociferans, que vive na Amazônia, constrói o ninho a, aproximadamente, sete metros acima do chão, empilhando gravetos em emaranhados de cipó, e coloca um único ovo. Os pesquisadores acreditam que o tropeiro-da-serra tenha um ninho parecido, mas encontrá-lo ainda é um desafio.
O tropeiro-da-serra é marrom e não apresenta dimorfismo sexual, isto é, aparentemente não há nada que  diferencie os machos da fêmeas, tornando difícil a distinção do animal. No que se refere à sua alimentação, é uma ave frugívora, ou seja, alimenta-se basicamente de frutos. Entre suas preferências estão os coquinhos de palmeiras, como a do palmito e a do açaí, e frutos como os da bucuva-vermelha, que podem ser abocanhados por seus largos bicos. Os insetos complementam a dieta, mas é comendo frutos que esse animal contribui para a disseminação de plantas. Engolindo-os inteiros, as sementes passam por seu sistema digestivo e são eliminadas nas fezes. Como as aves são animais bastante móveis, elas podem alimentar-se em determinado local e defecar em outro bem distante, dispersando as sementes, contribuindo para uma nova planta brotar bem distante daquela que foi a fonte do alimento. 
Conhecer melhor os hábitos do tropeiro-da-serra é uma tarefa cada vez mais difícil para os biólogos. A ave encontra-se ameaçada de extinção por causa da destruição das matas e da exploração sem controle do palmito para o comércio. Atualmente, a Mata Atlântica está desaparecendo. Só tomando providências para preservar o que ainda resta dela é que estaremos contribuindo para que o tropeiro-da-serra e os outros animais que dependem desse hábitat continuem a existir. 

Texto de : Paula Ritter e Maria Alice S. Alves, 
Setor de Ecologia - IBRAG, 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças nº 117
Setembro de 2001 págs. 13 e 16. 







terça-feira, 30 de julho de 2013

Goiânia veta animal em apresentação circense

Goiânia veta animal em apresentação circense

Atrações em vários circos, os números com animais não estarão mais presentes em picadeiro, pelo menos em Goiânia. É que a lei municipal 9278/13 foi sancionada no dia 07 de junho pelo prefeito da cidade e proíbe não só a apresentação em espetáculos, mas a manutenção, uso ou exibição, sob qualquer forma, de animais silvestres, exóticos e domésticos.
Goiânia é a 1ª capital do Centro-Oeste a sancionar uma norma para esta finalidade. A lei determina que o município não deverá expedir licenças ou alvarás para a realização de espetáculos de circos que contrariam a nova lei. Quem descumprir terá a licença cancelada, local de shows interditado e ainda será multado no valor de cinco mil UFVG (Unidade de Valor Fiscal de Goiânia).
Proibir as atrações com bichos é uma luta antiga das associações de proteção aos animais.
Em nove estados brasileiros (Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo não são mais permitidos os espetáculos com animais. O Projeto de Lei 7291/06 aguarda votação e aprovação no Plenário da Câmara para estender a proibição a todo o país.
Vários países já proibiram a apresentação de animais em números circenses (Áustria, Costa Rica, Croácia, Israel, Cingapura, Bolívia e Bulgária. Já outros, permitem o uso, mas com regras de alimentação, alojamento e saúde (EUA, Alemanha, França, China e México). (J. N.)

Fonte:
Jornal O Popular de 12 de junho de 2013, pág. 03

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Anfíbios do Cerrado

Preservado, potencial farmacológico existente nos anfíbios do Cerrado poderá ajudar a humanidade



Os cientistas já conseguiram identificar 160 espécies de anfíbios (sapos, rãs e pererecas) no Cerrado. Desse total, 35 por cento são endêmicas, ou seja, ocorrem exclusivamente nos domínios do bioma. Depois de anos de pesquisas e observação em laboratório, descobriu-se que muitos desses anfíbios possuem propriedades farmacológicas, principalmente as antimicrobianas. Entre as espécies mais estudadas estão as rãs do gênero Leptodactylus e as pererecas do gênero Phyllomedusa.
Na pele das Phyllomedusa, encontra-se uma classe de peptídeos antimicrobianos chamados phyllomedusinas. Descoberta nos arredores do Distrito Federal, a Phyllomedusa oreades  (foto acima) está sendo estudada com muita atenção, pois esse animalzinho de apenas três centímetros guarda na em sua pele a dermaseptina, que pode ajudar a curar o mal de chagas. A doença afeta cerca de 18 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Laboratório de Espectometria de Massa da Embrapa, pesquisadores brasileiros chefiados pelo biólogo Carlos Bloch descobriram que a dermaseptina age contra o agente da doença de chagas, o Trypanosoma cruzi. Por essas e outras razões, a manutenção da biodiversidade do Cerrado – seja ela por meio da conservação ou do manejo sustentável – pode trazer para a humanidade benefícios que hoje nem sequer suspeitamos.

Fonte:
ISPN.
Veja o texto completo visitando o site:  http://www.ispn.org.br/anfibios-do-cerrado/
Acesso em: 19/06/2013.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Gato-maracujá

O gato-maracujá
Leopardus wiedii 


O gato-maracajá é encontrado do sul do México, na América Central e norte da América do Sul a leste dos Andes. No Brasil, são encontrados em florestas densas, como a floresta tropical e a floresta de altitude, nas regiões da Amazônia,Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
Do mesmo gênero Leopardus que a jaguatirica, o gato-maracajá tem aparência muito semelhante àquele animal, no entanto, sua cabeça é um pouco menor, os olhos maiores, e a cauda e as pernas mais longas. É um felino de pequeno porte, com peso médio de 3,4 kg, comprimento do corpo de 53,6 cm e uma cauda longa, com média de 37,6 cm.
Exímio escalador de árvores, também tem uma habilidade pouco comum aos felinos: suas patas traseiras têm articulações flexíveis que permitem uma rotação de até 180º, o que lhe dá habilidade de descer de uma árvore de cabeça para baixo, como os esquilos. A destreza com as patas e a cauda longa lhe conferem uma excepcional adaptação à vida arbórea, onde passa a maior parte do tempo. O período de gestação de 81 a 84 dias produz apenas um filhote. Capaz de viver por 13 anos (20, se mantidos em cativeiro), a espécie tem hábitos essencialmente noturnos e predominantemente solitários.
Carnívoros, comem uma grande variedade de presas de vertebrados (mamíferos, aves, répteis e anfíbios), com preferência para pequenos roedores arborícolas e pequenas aves.
A destruição das florestas é a principal ameaça para essa espécie, seguido do tráfico ilegal. Somado a isto, está o pouco conhecimento sobre a biologia da espécie, que limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes.
É classificado pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) como espécie “Quase ameaçada” e pelo ICMBio, como vulnerável.

 Fonte:
 ((O)) eco
Visite o site do Eco abaixo, onde poderá ler a matéria completa.
http://www.oeco.org.br/fauna-e-flora/27255-um-gato-do-mato-com-pedigree-real? 
Acesso em: 17/06/2013.

domingo, 16 de junho de 2013

A reprodução dos cogumelos

Você sabia que alguns cogumelos se reproduzem de maneira parecida com as plantas?

Cogumelo não é planta!! Os cogumelos não pertencem ao reino animal, nem tampouco ao vegetal. Eles são de um reino à parte, o reino fungi. Por mais curiosos que sejam, os cogumelos não são difíceis de encontrar. Eles costumam aparecer nos jardins depois de muita chuva. Podem, também, ser vistos em pratos, uma vez que alguns são muito utilizados na culinária. Mas quanto à reprodução, assim como todos os seres vivos, os cogumelos precisam se reproduzir para manter seu ciclo de vida. E eles se reproduzem por células muito pequenas, invisíveis a olho nu. Essas células são chamadas de esporos e possuem a mesma função que a semente de uma planta: dar origem a um novo organismo. Em geral, os cogumelos apresentam três partes principais: chapéu, as lamelas (que ficam embaixo do chapéu) e o pé, que lhe dá sustentação. Os esporos - as células de reprodução - são produzidos nas lamelas do cogumelo e o vento é quem os leva para outro lugar. Mas isso não é regra. Os cogumelos que têm o formato de taças, por exemplo, liberam seus esporos quando são atingidos por gotas de chuva, ou seja, os esporos são dispersados pela água. Um outro tipo, chamado pelos cientistas de Coprinus, possui uma estratégia diferente: suas lamelas derretem! Assim, quando o Coprinus é jovem, suas lamelas são da cor branca. Com o tempo, quando os esporos estão prontos para serem liberados, as lamelas ficam pretas e derretem. Dessa maneira, os esporos ficam grudados na grama, esperando uma chuvinha para levá-los embora.

Texto (adaptado) de Larissa Trierveiler Pereira,
Departamento de Micologia,
Universidade Federal de Pernambuco.

Fonte:
Revista Ciência Hoje da Crianças
Nº 198, Janeiro/Fevereiro de 2009. pág. 11

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O bioma Cerrado

 Você sabia que existem outros ambientes dentro do Cerrado?

"Bioma" quer dizer vida em conjunto. Significa que, naquele ambiente, existem certas características de clima, solo, vegetação, e que diferentes seres vivos se desenvolvem inter-relacionados, nesses locais. Visto de perto, o Cerrado revela não só um, mas vários ambientes.
No Cerrado há várias paisagens diferentes. Alguma são mais abertas, com menos vegetação, enquanto outras são mais fechadas, formando um emaranhado de árvores e arbustos que dificultam a passagem.
No chamado Cerradão a vegetação é bem densa, há árvores altas e arbustos espalhados entre elas. Já no Cerrado  sensu stricto, ou Cerrado propriamente dito, a vegetação é mais baixa e mais espalhada, facilitando a chegada dos raios solares. Há também o Campo Sujo que, apesar do nome, não tem nada de sujeira. O batismo se deu assim porque seus grandes campos, na visão dos cientistas, são poluídos visualmente, ou seja, apresentam ervas e arbustos. Já no Campo Limpo veem-se poucos arbustos e, dessa forma, é possível enxergar longe. Há também a Vereda, uma paisagem que se forma na beira dos rios do Cerrado. E o Campo Rupestre que fica no alto das serras e chapadas, onde a paisagem é ampla e bonita.

Texto  (adaptado e com cortes) de Nina Nazario,
Ecóloga,
Universidade de São Paulo.
Escritora e Editora de livros de ciências.

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças Nº 212
Maio de 2010, pág. 19.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A minhoca é o mocinho e a formiga o bandido?

A minhoca é o mocinho e a formiga o bandido? 
Artigo de Efraim Rodrigues



"A minhoca goza de maravilhosa reputação entre os amantes da natureza. Suas galerias arejam o solo e abrem caminho para infiltração de água, seus resíduos fertilizam o solo, se você ver minhocas em um solo, ele é fértil ! Já as formigas são a praga da humanidade. Ou o Brasil acaba com a formiga, ou ela acaba com o Brasil !" Disse Saint Hilaire no século 19. "Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são." Esta é de Mário de Andrade, já no século 20.
Qualquer um, olhando a corrente de formigas levando folhinhas, iria concordar, mas a realidade é outra. Minhocas não fazem bem para o solo. Elas são uma consequência em solos saudáveis. Lembra-se do filme do Kevin Costner onde ele ouve uma voz repetindo Construa e eles virão? Em um solo saudável, úmido, com boa quantidade de matéria orgânica, é muito provável encontrar minhocas.  No entanto, coloque um caminhão de minhocas em um solo seco, mal tratado e em dias você terá um caminhão de minhocas mortas e tudo continuará igual. Já as formigas são comuns em áreas secas, degradadas (tinha uma criação delas no terreno aqui de casa). Elas viviam de pequenos insetos, capim e outras esmolas que haviam aqui, e em troca, elas sim abriam galerias, algumas cultivavam fungos em colônias (um tipo de adubação orgânica) e assim tornavam isto aqui um pouco menos pior. Ainda mais rústicos e também mais benéficos são os cupins, que conseguem digerir celulose. Sabe aquele capim seco e duro que até uma cabra torce o pescoço ? Cupins são capazes de alimentar-se disto, escavam galerias e aos poucos vão melhorando a coisa. Neste fim de semana visitei uma floresta que há 40 anos era um pasto cheio de cupins (eu tinha só 5 anos !). Agora está cheio de minhocas, mas há 40 anos certamente não havia nenhuma. Em Burkina Faso, assim como no Cerrado, os nativos usam cupins e suas galerias para melhorar as áreas porque eles trabalham a custo de capim seco. Faz 12 anos que venho coletando histórias de gente que reconstrói ecossistemas, como estas da minhoca, da formiga e do cupim, e agora afinal o meu livro “Ecologia da Restauração” está pronto, e eu recomendo !"

Fonte:  Ecodebate
Acesso em 29/05/3013.

Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br), Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva. É professor visitante da UFPR, PUC-PR, UNEB – Paulo Afonso e Duke – EUA. http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/

terça-feira, 28 de maio de 2013

O Cerrado - trabalhando o tema na sala de aula

Cerrado

Ao trabalhar esse conteúdo em sala de aula é essencial demonstrar aos alunos que esse bioma não é homogêneo, ou seja, apresenta diferentes características, sendo classificado como: cerrados, cerradão, matas de galeria, cerrado de campos.

Outro fator essencial refere-se ao fato de muitas pessoas terem a concepção de que o cerrado está presente apenas na região Centro-Oeste do Brasil, fato considerado incorreto, pois esse bioma encontra-se em mais de 10 estados brasileiros, como por exemplo, no Acre e em São Paulo. Esse fato é possível em virtude das diferentes eras geológicas e a adaptação de uma vegetação a um tipo de clima.

Após essa explanação, solicite aos alunos um trabalho em grupo (até 3 alunos) sobre o bioma cerrado, devendo constar-se de suas características fitogeográficas, fauna, flora, devastação, atividades econômicas, principais pontos turísticos e os estados que possuem essa cobertura vegetal. Solicite a leitura dos textos: Cerrado, Os Animais do Cerrado – Brasil Escola. Proponha também a construção de um painel com imagens de animais, plantas, plantações de soja, entre outros elementos importantes que destaquem o cerrado.

Veja o texto completo visitando o site abaixo:

http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/aula-sobre-bioma-cerrado.htm

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Piraputanga: obesidade em peixes??

Piraputanga

Esse é o nome de um dos peixes símbolos da cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Você sabia que a maior parte dos cardumes está com até  25% a mais de peso? Isso por causa da grande quantidade de alimentos oferecida pelos turistas. Confira abaixo uma reportagem exibida no Domingo Espetacular da Rede Record.



 Fonte: You Tube
 Acesso em: 27/05/2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Formiga Saúva

Formiga saúva
Atta spp

"Apenas dois gêneros de animais foram espertos o bastante para fugir às incertezas da vida e garantir a sobrevivência por meio daquilo que semeiam e colhem. O primeiro é definitivamente um novato. Existe há pouco mais de 2 milhões de anos, é o Homo sapiens sapiens. Em comparação, seu formidável concorrente existe há um tempo que se mede na casa dos 100 milhões de anos, trouxe praticamente do berço as técnicas agrícolas e se multiplicou em quarenta espécies sobre a Terra.
São as saúvas, que aprenderam a cultivar um fungo sobre um canteiro de folhas cortadas, para depois usá-lo como alimento. Por isso, muitos entomologistas, estudiosos de insetos, as consideram os mais avançados animais dessa categoria — talvez mais que as abelhas, suas primas. Não é à toa que saúvas e abelhas têm tanta importância no mundo moderno. Ambas são tataranetas de um inseto genial, que há mais de 200 milhões de anos descobriu um meio de colonizar o subsolo. Este era, então, um vasto e inexplorado ambiente, apenas à espera de um aventureiro que o ocupasse.
Mas fazer ninho em tal lugar significava nada menos que oferecer a prole à inexorável carnificina de fungos, bactérias e outros microorganismos que ocupavam o lugar desde tempos imemoriais. A menos que se tivesse um bom desinfetante à mão — e foi isso que descobriram os ancestrais de formigas, abelhas e vespas, coletivamente chamados himenópteros. Contemporâneos dos dinossauros, os antigos himenópteros guardavam remota semelhança com os seus descendentes. Logo após a invenção do anti-séptico do solo, eles começaram a se transformar rapidamente. E quando se toma consciência do resultado é difícil evitar a sensação de que o planeta, em boa parte, pertence a eles, por mais desagradável que isso soe aos ouvidos humanos. É chocante perceber que as formigas não são pragas — como ensina o geneticista americano Edward Wilson, da Universidade Harvard. “Se elas desaparecessem, centenas de milhares de espécies seriam extintas e muitos ecossistemas ficariam perigosamente desestabilizados.”
Fonte: 
Revista Super Interessante
Abril de 1993

Para ver a matéria completa visite o site abaixo:
Acesso em: 31/05/2013

E clicando nos links abaixo você pode conhecer mais sobre as formigas saúvas.
Acesso em: 31/05/2013

Veja abaixo um vídeo interessante feito pela bióloga Joana Fava Alves e publicado pela Pesquisa FAPESP:

As formigas saúvas - parte 1  As formigas saúvas - parte 2
 

You Tube - Acesso em 31/05/2013.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Formiga-de-fogo

Formiga-de-fogo

"A complexa estrutura social da formiga-de-fogo ('Solenopsis invicta'), um inseto invasivo de rápida disseminação que deve seu apelido à picada dolorosa, é possibilitada por uma fusão de DNA conhecida como supergene, informaram biólogos esta quarta-feira(16/01/2013).
Este é o primeiro estudo a vincular supergenes ao comportamento animal, reportaram cientistas em artigo publicado na revista Nature, antecipando que um efeito similar pode ser encontrado em outras espécies. Nativas da América do Sul e comuns no Brasil, as formiga-de-fogo se organizam em dois tipos distintos de estrutura social, um com uma rainha única para toda a colônia e outro com centenas de rainhas.
Embora pertençam à mesma espécie, as operárias de cada grupo matariam as rainhas do outro, explicaram os pesquisadores. Os dois grupos também diferem psicologicamente entre si. Um produz rainhas grandes que acumulam muita gordura e saem para iniciar novas colônias, onde alimentam suas primeiras larvas com as próprias reservas corporais. O outro grupo produz rainhas menores que permanecem em uma colônia estabelecida com as operárias e outras rainhas."

Veja matéria completa visitando o site da Revista Exame abaixo:
Fonte:
http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/supergene-sustenta-comportamento-social-da-formiga-de-fogo
http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/supergene-sustenta-comportamento-social-da-formiga-de-fogo?page=2
Acesso em: 31/05/2013.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mutum-do-nordeste

Mutum-do-nordeste

O mutum-do-nordeste é uma ave muito rara.Foi descoberto em 1766, por cientistas que viajavam pelo nordeste do Brasil, mas esteve sumido por muitos anos. Em 1951 ele foi reencontrado e em 1970 já era considerado quase totalmente extinto da natureza. Hoje está entre os animais mais ameaçados do Brasil. 
O mutum-do-nordeste é uma ave difícil de ser avistada. Apesar de voar, prefere andar com suas pernas longas e fortes pelo chão da Mata Atlântica. Sua plumagem é preta com reflexos azulados e alaranjada na barriga. Seu bico é vermelho-claro na metade mais próxima à cabeça e esbranquiçado mais para a ponta. Na região ao redor do canal auditivo, ele não tem penas. 
Por ter ficado tanto tempo desaparecido, os pesquisadores não têm muitas informações sobre ele em vida livre. Sabe-se que ele gosta de comer frutos de catuaba e outras poucas plantas. O único ninho desta ave observado  até hoje na natureza estava no alto de uma árvore, em meio à folhagem densa. 
O biólogo Pedro Nardelli empreendeu uma verdadeira operação de resgate para tentar salvar o mutum-do-nordeste da extinção. Ele trouxe as últimas cinco aves que encontrou  no estado de Alagoas para um criadouro, no Rio de Janeiro. A partir dessa iniciativa de preservação, a espécie pôde se reproduzir  e foi observada de perto.
No criadouro, o mutum-do-nordeste se alimenta de ração, frutas, fígado, ovos e mel, além de verduras. As fêmeas iniciam a reprodução após o segundo ano de idade e põem de dois a três ovos, que levam cerca de trinta dias para eclodir. Poucas horas após o nascimento, os filhotes já seguem seus pais. Com três meses, a plumagem deles já está completamente substituída e em menos de um ano atingem o porte de uma ave adulta.
Alguns locais de Alagoas, um dos estados originais do mutum-do-nordeste, parecem adequados para reabrigar as aves nascidas em cativeiro - já são mais de 120 indivíduos. Mas, para que esses animais possam voltar à natureza em segurança, é preciso recuperar e preservar outras matas da região, além de monitorar os indivíduos. 

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças 
Nº 226 - Agosto de 2011 - pág. 16
Texto adaptado

Texto original é de Pedro Garcia
Departamento de Zoologia,
Universidade  Federal do Rio de Janeiro e 
e  Maria Alice S. Alves
Departamento de Ecologia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro                         

domingo, 19 de maio de 2013

Lhama

Lhama
(Lama glama)

Tamanho: 2,40 metros de comprimento, 2 metros de altura e 140 quilos (no caso do macho).
Onde vive: nas montanhas da Bolívia, do Peru, e da Argentina.
Tempo de vida: 24 anos.
O que come: gramíneas.
Predadores: não tem.
Reprodução: um filhote a cada cria, após gestação de um ano.
Comportamento: vive em grupo e é dócil, por isso é hoje um animal domesticado.
Ameça: a população está diminuindo porque sua importância no transporte de mercadorias decaiu com a construção de estradas.


Fonte: 
Ciências Naturais -  Coleção Eu Gosto
Célia Passos e Zeneide Silva
IBEP - São Paulo - 2009

sábado, 18 de maio de 2013

Abelhas sem ferrão

Você sabia que existem abelhas sem ferrão?

Ao contrário do que se imagina em muitas abelhas, o ferrão não é um mecanismo de ataque e, sim de proteção. Em geral as abelhas fazem uso dele quando sentem suas colônias ameaçadas. Mas algumas abelhas não têm ferrão para se defenderem. Ou seja, algumas abelhas são absolutamente inofensivas porque o ferrão é atrofiado, isso quer dizer que não se desenvolveu. Elas são conhecidas como "abelhas indígenas sem ferrão", porque há muito tempo têm sido criadas pelos índios para a produção de mel. São encontradas principalmente nas regiões tropicais.
No Brasil, há uma grande variedade dessas abelhas, que desempenham um importante papel na polinização da maioria das árvores nativas do nosso território e a assim a reprodução de muitas árvores depende da visita destes insetos.
E como não têm ferrão, essas abelhas se protegem tentando se esconder. Suas colônias ficam camufladas na mata e em local de difícil acesso. Diferentemente das abelhas com ferrão, que têm suas colmeias abertas, as sem ferrão constroem as suas dentro de troncos de árvores com paredes grossas ou até em buracos no solo, aproveitando-se dos ninhos e da proteção de formigas agressivas.
Para evitar a invasão de outros insetos, as abelhas sem ferrão espalham uma substância pegajosa na entrada da colmeia, o que dificulta o acesso de invasores. Já contra os inimigos maiores, como os vertebrados, a tática é enrolar-se nos pelos ou cabelos e aplicar pequenas mordidas na pele do predador com suas mandíbulas afiadas, que podem ser bem dolorosas.
A explicação mais provável dos pesquisadores para o atrofiamento do ferrão das abelhas é de que todas as abelhas tinham o ferrão desenvolvido no passado. A seleção natural cuidou para que as abelhas que tivessem ferrões menos desenvolvidos se adaptassem melhor ao meio ambiente.  O mesmo aconteceu com o seu tamanho: abelhas sem ferrão são muito pequenas  em relação às abelhas com ferrão, e para sobreviverem no ambiente precisariam mesmo ser bem menores.


Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças
Nº 241 - Dezembro de 2012

Texto (adaptado) de :
Karlla Patrícia Silva,
Departamento de Entomologia do Museu nacional,
Universidade Federal do Rio de Janeiro

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Hipopótamo


Hipopótamo
(Hippopotamus amphibius)

Tamanho: 4.000 quilos de peso e 1,50 de altura, no caso do macho.
Onde vive: no vale do Rio Nilo, na África.
Tempo de vida: 40 anos.
O que come: plantas rasteiras.
Predadores: jacarés atacam os filhotes.
Reprodução: gestação de 230 dias, com nascimento de um filhote.
Comportamento: vive imerso nos rios, em grandes bandos; dorme durante o dia e pasta à noite na vegetação da margem; é agressivo e não teme o ser humano.
Ameaça: os caçadores.


Fonte: 
Ciências Naturais -  Coleção Eu Gosto
Célia Passos e Zeneide Silva
IBEP - São Paulo - 2009

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Gafanhoto


Gafanhoto
Nery Reiner

Gafanhoto verdinho
Vai de mansinho
Pelo caminho
Procura ervinha
Encontra joaninha
Lindinha, lisinha
De asas certinhas
Gafanhoto e joaninha
Vão de mansinho
Pelo caminho
Como rei e rainha
Um galho e uma florzinha.

Fonte:
Do livro: Passa, passa, passarinho
Nery Reiner
Vale Livros

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Bicho-preguiça

Curiosidades sobre a preguiça

Bela adormecida
A preguiça fica acordada a noite e dorme o dia todo na copa das árvores. Raramente bota as patas no chão - prefere mesmo ficar zanzando entre as árvores. A preguiça dorme em média 14 horas por dia.

Par ou ímpar?
Três espécies de preguiça contam com três dedos nos pés, enquanto outras duas espécies têm apenas dois dedos.

Boa de faro
A visão e a audição da preguiça não são das melhores. Por isso, o animal conta com um bom olfato, que ajuda a encontrar comida.

Gira, gira, gira!
A cabeça é bem arredondada e consegue fazer movimentos giratórios de até 270 graus!

Está com sede? Não!
O animal não tem sede e nunca bebe água. O líquido de que necessita já é absorvido dos alimentos que ingere. 

Será o Zé do Caixão?
As unhas são longas e fortes, boas para se prender nas árvores. Mas a preguiça é tão lenta que dificilmente atacaria alguém.

Devagar e sempre
Se a velocidade é importante para muitos bichos na natureza, a lentidão da preguiça é salvadora! Com movimentos lentos e silenciosos, ela não chama a atenção de predadores como a águia e a onça-pintada.

Preguiçosinho...
Com metabolismo bem lento, as preguiças fazem cocô só uma vez por semana! É quando elas resolvem descer das árvores e procurar um troninho em terra firme.

Prima do tatu
Apesar de a aparência ser diferente, a preguiça é um parente distante do tatu e do tamanduá. Os três fazem parte da ordem Xenarthra, que é uma divisão na classe dos mamíferos. 

Onde vive: Nas florestas da América Central e do Sul. Pode ser encontrada na Amazônia.
Tamanho: 70 centímetros.
Peso: entre 3 e 6 quilos.
O que come: folhas, frutos e brotos de árvores.
Tempo de vida: cerca de 40 anos.

Texto de Débora Zanelato
Fonte: Revista Recreio nº 684, de 18/04/2013, páginas 20 e 21.



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Devagar, que tenho pressa (poesia)

Devagar, que tenho pressa
Augusto César Ferreira Gil


Veio um lesmo d'Amarante,
Para casar em Lisboa
Com uma lesma galante,
Muito rica e muito boa.

E veio do seu vagar,
Com toda a comodidade,
A fazer e a recitar
Baladas, odes, sonetos...

Quando chegou à cidade,
A noiva... já tinha netos!


Augusto Gil é um dos maiores poetas portugueses do século 20. Nasceu em 1873 e morreu em 1929. 

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças
Nº 83 - Agosto de 1998 - contra capa

terça-feira, 7 de maio de 2013

Casas


João-de-barro

Casas

Alguns bichos têm casa
muito interessantes.
Formigas, abelhas
podem dar ao homem
lições de arquitetura.

E com finura
a aranha tece sua teia,
o marimbondo constrói sua casa,
o bicho-da-seda o seu casulo.

Mas sou apaixonada mesmo
é pela casa redonda
do joão-de-barro.

Talvez porque sempre
quisesse morar em árvore,
morar assim pendurada.

Lá dentro da casa,
o joão-de-barro e sua namorada
fazem planos para o futuro.

Daqui de fora eu escuto:
ti ti ti ti ti ti ti ti

Casas, de Roseana Murray
Editora Formato



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Girafa


Girafa
(Giraffa camelopardalis)

Tamanho: 5 metros de altura, sendo 3 metros de pescoço.
Onde vive: na África.
Tempo de vida: 25 anos.
O que come: folhas de mimosa e acácia.
Predadores: leão.
Reprodução: 15 meses de gravidez, com nascimento de um filhote.
Comportamento: vive em bando e quando assustada sai a galope. Quando ameaçada, ela dá coices.
Ameaça: a destruição do ambiente em que vive.


Fonte: 
Ciências Naturais -  Coleção Eu Gosto
Célia Passos e Zeneide Silva
IBEP - São Paulo - 2009

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Tartaruga pininga

Conhecida como pininga, esta espécie só existe no Maranhão.
Vinte anos atrás, o pesquisador Antenor Leitão de Carvalho, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, entrou no laboratório do biólogo Paulo Vanzolini, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), com uma tartaruga debaixo do braço. Carvalho queria estudá-la mas, por falta de tempo, o animal acabou se aboletando em seu jardim e gerando filhotes. Há quatro anos, Vanzolini decidiu recolher algumas dessas tartarugas para analisá-las. “Com a ajuda de uma aluna maranhense, em 1993 descobri que se tratava de um animal das lagoas dos Lençóis conhecido como pininga”, diz Vanzolini. Terminada a pesquisa, o biólogo da USP não teve dúvidas de que era uma nova espécie de tartaruga. Um dos traços característicos são faixas e círculos em amarelo e laranja na carapaça.

Fontes:

http://super.abril.com.br/ecologia/lencois-areia-436749.shtml

http://www.portalaz.com.br/noticia/municipios/139774

http://www.labohidro.ufma.br/upload_art/vol22_artigo08.pdf 

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=143090

Acesso em 25/01/2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Macaco em perigo

Macaco em perigo

"Pesquisadores do Centro de Primatas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão mapeando os refúgios da Amazônia em que um dos macacos mais ameaçados de extinção luta para sobreviver. O caiarara ou macaco-cara-branca foi descrito cientificamente em 1992 e, de imediato classificado como espécie "criticamente em perigo de extinção". O animal habita regiões do Pará e do Maranhão, dentro do chamado Arco do Desmatamento, onde estão as parcelas da Floresta Amazônica mais degradadas, reduzidas a apenas 30% da vegetação original. Os pesquisadores do Projeto Kaapori, do Ibama, realizaram quatro expedições nos últimos dois anos para localizar esses primatas. Entre os locais em situação mais crítica para a conservação do caiarara está a Reserva Biológica Gurupi, no Maranhão, atingida por impactos ambientais e problemas sociais."

Fonte:
Revista Horizonte nº 108, ano 19, pág. 20

O uivo dos lobos



Porque os lobos uivam?


Todo mundo sabe que os lobos uivam. Mas eles não são os únicos a uivar e nem fazem isso especialmente para a Lua Cheia, nem somente quando ela aparece no céu. Os cães (que são parentes dos lobos) também uivam e, por incrível que pareça, alguns gatos também podem apresentar um miado contínuo que se assemelha com um uivo. O principal motivo do uivo desses animais é a comunicação.
No caso dos lobos eles podem usar o uivo como forma de reunir o grupo, para marcar o seu território e até para mostrar quem está no comando. Juntar os diferentes membros da matilha, por exemplo, é importante porque os lobos costumam perseguir suas presas por horas para cansá-las e só então atacam em conjunto. Da mesma forma, a defesa contra intrusos será mais eficiente, se todos os lobos estiverem reunidos. Um jovem ou filhote que se afaste muito dos adultos, pode facilmente virar uma presa. Daí a importância do uivo para manter todos juntos.
Os lobos uivam também quando notam a aproximação de algum lobo estranho ao bando ou mesmo outro animal, como um aviso de que aquela área já está ocupada.
Por meio dos uivos - e também das rosnadas e pequenas mordidas - os lobos que comandam a matilha também instruem os demais, como uma forma de manter a ordem e a hierarquia. Um macho também pode uivar para atrair a atenção de uma fêmea ou vice-versa.
Quanto ao mito de que os lobos uivam para a Lua Cheia, é bem provável que essa idéia tenha ocorrido porque, quando vivem soltos na natureza, os lobos costumam sair para caçar no início da manhã ou no final da tarde, em horas em que não está totalmente escuro. Em noites de Lua Cheia, as noites não são tão escuras e há mais visibilidade. Então, os lobos têm mais horas para caçar. Como eles costumam se dispersar - e o uivo serve para reunir os animais durante a caçada -, nas noites de Lua Cheia, eles provavelmente uivam com mais freqüência - já que ficam mais tempo caçando. É possível que venha daí a origem desse mito de que esses bichos uivam para o luar! (Texto adaptado e com cortes)

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças
Texto de Débora Boccacino (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Publicado na página 7, da edição nº 189, de Abril de 2008.


Os lagartos e sua cauda

Você sabia que alguns lagartos usam sua cauda como um chicote?

"Grande, pequena, fina, larga, lisa, com ou sem espinhos. As caudas dos lagartos podem ter diferentes formatos e atingir (acredite!) mais de duas vezes o comprimento do corpo do animal. Além disso, elas servem para eles se equilibrarem, se agarrarem em uma árvore e, o mais importante, se defenderem de predadores!
A Iguana iguana - nome científico daqueles que conhecemos simplesmente como iguana ou camaleão - é um exemplo de lagarto que usa a cauda de uma forma, digamos, curiosa e, até dolorida. A espécie é encontrada em grande parte do Brasil e em ambientes diferentes, mas tem preferência pelo alto das árvores que há perto dos rios em áreas alagadas. Quando se sentem ameaçados, eles costumam se jogar na água sem se importar (ai!) com a altura da queda. Mas quando não conseguem fugir dessa maneira e percebem que o perigo se aproxima, as iguanas torcem o rabo, ou melhor, balançam sua longa cauda e dão violentas chicotadas no potencial predador. E mais: usam suas grandes e afiadas garras contra aquele que, para elas, é o vilão. Vai encarar?
O exemplo da Iguana iguana mostra o quanto a cauda é valiosa para os lagartos. Imagine que algumas caudas até servem como estoque de alimento, por acumular gordura - uma reserva nutritiva para o animal. Outras se desprendem facilmente e ficam se movendo sozinhas, distraindo o predador e facilitando a fuga. E, ainda, há as que podemos chamar de caudas-escudo, porque são largas, cheias de espinhos e servem como tampa em alguns buracos que os lagartos cavam para se abrigar.
Agora, diga sinceramente: são ou não são curiosas as caudas dos lagartos?

Teresa Pires
Museu Emílio Goeldi

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças
Nº 197, de Dezembro de 2008

A cigarra

A Cigarra

Maria Augusta de Medeiros


 
Até parece mentira,
Mas com a tarde acabando,
A gente fica escutando
Uma Cigarra Caipira.

Primeiro afina a viola.
Depois, minha Virgem Santa,
Tanto tempo toca e canta
Que o dedo todo se esfola.

Se algum barulho atrapalha,
Ela se cala e suspira,
E assim que ele se retira,
A cantoria se espalha.
(...)
Tocando moda ligeira,
A turma fica animada,
Dançando tão assanhada,
Que esquece toda a canseira.
(...)
Quem nunca ouviu se consola
Dizendo ser de mentira
Essa Cigarra Caipira
Que canta e toca viola.
(...)

"Maria Augusta de Medeiros nasceu em São Paulo, em 1949. É formada em Artes Plásticas, mas também gosta muito de escrever. A Cigarra foi retirada de O Quintal de São Francisco, seu primeiro livro para crianças, publicado pela Editora Paulinas."

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças, nº 188, de Março de 2008.

Tartarugas

Tartarugas
José de Castro*

1. Casa de tartaruga
não se vende
e nem se aluga

2. Tartaruga
vive no banho
e nunca se enxuga.

3. Tartaruga
dorme tarde
e cedo madruga?

4. A velha tartaruga
coça com prazer
sua mais nova verruga.

5. Tartaruga,
pra livrar o casco,
inventa rotas de fuga.

6. Óleo de tartaruga
rejuvenesce
e desenruga?

7. Tartaruga
mesmo nova,
é cheia de ruga!!!

*José de Castro, nasceu em Resplendor - Minas Gerais. Viajou pelo Centro-Oeste, pelo Sudeste e depois foi para o Nordeste, onde "descobriu em Natal, a beleza das dunas e o gosto do sal do mar". Lá, resolveu fazer poemas e inventar versos.
O poema acima foi retirado da página 20, do livro
Poemares , escrito por José de Castro e publicado pela Editora Dimensão, Belo Horizonte, 2007.

Quero-quero

Q é para quero-quero
Sérgio Capparelli

Um quero-quero chegou
Com flores numa sombrinha:
_ Nono andar, por favor.
_ Só térreo, dona Florzinha,
Pois esse é um descedor.



Sérgio Capparelli é mineiro, nascido na cidade de Uberlândia. Hoje, vive em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. É professor universitário, tradutor e escritor premiado na área de literatura infantil. O poema Q é para quero-quero foi retirado de seu livro Tigres no quintal, da Global Editora (quarta edição).

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças Nº 197, de dezembro de 2008

Coruja

Corujice 
 Elias José 


A cara coruja
não encara
a cara do Sol,
mas à noite
fica bem na sua
cara a cara
com a lua.


Elias José. Boneco maluco e outras brincadeiras. Porto Alegre, Projeto, 1999.

Cerrado

Poema de Nicolas Beher

Nem tudo
que é torto
é errado

Veja as pernas
do Garrincha
e as árvores
do Cerrado.


Fonte:
Vivendo no Cerrado e Aprendendo com ele
Marcelo Bizerril
Editora Saraiva. São Paulo, 2004

Piracema

Fiscalização antes da piracema

"A polícia ambiental aumentou a fiscalização nos rios de Mato Grosso do Sul. Nesta época, que antecede a piracema, a pesca costuma ser maior.

A tão esperada chuva chegou ao Pantanal. O nível dos rios começou a subir e os cardumes apareceram mais cedo. Os pescadores forma trás. Com a água turva não dá para ver os cardumes, mas os pescadores sabem exatamente onde lançar o anzol. E até quem fica dentro d'água consegue pescar muitos peixes. Dai a preocupação com a reprodução das espécies.

A piracema, oficialmente, não começou, mas os policiais já intensificaram a fiscalização nos rios pantaneiros.

No Pantanal, uma lei limita o tamanho mínimo das espécies que podem ser pescadas. Peixe pequeno tem de voltar para a água. "Tem de ser consciente , senão daqui a alguns dias nossos recursos pesqueiros vão acabar", comenta o motorista Joel Ferreira. Mas nem todos pensam assim. Para retirar um dourado do rio só se ele tiver mais de 65 centímetros. A preocupação é com a pesca predatória. No último mês de temporada de pesca, em alguns rios do Pantanal o número de pescadores dobra, e é quando se retira a maior quantidade de pescado.

A piracema na bacia do rio Paraguai começa dia 5 de novembro e vai até fevereiro."

Vocabulário:
Piracema: migração que algumas espécies de peixes fazem, subindo o rio até a nascente para a desova.
Dourado: peixe de água doce que apresenta uma coloração dourada com reflexos avermelhados. O tamanho mínimo para a pesca é de 65 cm.
Pesca predatória: pesca em excesso, que não dá chance de as espécies se reproduzirem nas quantidades necessárias para a sua preservação.

Fonte:
Globo Rural/G1
Disponível em: http://www.noticiasagricolas.com.br.
IN: Ciências - 5º ano ( Coleção Brasiliana ) p. 233
Sonia Bonduki e Carolina Reuter Camargo
Companhia Editora Nacional. São Paulo, 2008

Lontra


Lontra

Classe: Mammalia

Ordem: Carnivora

Família: Mustelidae

Nome científico: Lutra longicaudis

Nome vulgar: Lontra

Categoria: Vulnerável

Características

As características que contribuem para a existência de populações mais numerosas da espécie são a abundância de ambientes aquáticos, que em sua maior parte devem estar livres de poluição química e orgânica, e a baixa densidade populacional humana.

As lontras ocupam vários tipos de ambientes aquáticos, tanto de água doce (rios, lagos) quanto salgada (lagunas, baías, enseadas).

Sua ocorrência está também relacionada à presença de substratos duros, que formam costões rochosos, onde os animais encontram abrigo.

A dieta consiste principalmente de peixes, sendo suplementada por crustáceos, anfíbios, mamíferos, insetos e aves.Camarões também são citados na sua dieta.

A lontra é um carnívoro de hábitos semi-aquáticos que ocorre em todo o Brasil, exceto nas porções mais áridas da região nordeste.

É um animal de porte médio, medindo cerca de 1 m de comprimento total e pesando de 5 a 12 kg. Sua taxonomia é confusa, havendo várias sinonímias.

É uma espécie de ampla distribuição, ocorrendo no México, América Central e América do Sul até o norte da Argentina.

Ocorrência Geográfica: Amazônia, Cerrado, Floresta Atlântica, Pantanal e Campos do Sul.

Categoria/Critério: Ameaçada/Vulnerável - Destruição de habitat, caça, perseguição, populações isoladas e em declíneo

Cientista que descreveu: Olfers, 1818

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/lontra.php
Acesso em: 02/06/09. No Portal São Francisco, você verá também outros textos sobre a lontra, inclusive com mais informações sobre este animal.

Veados no Cerrado


Os veados encontrados no Cerrado

"Os veados são mamíferos da ordem dos artiodáctilos pertencentes, em senso estrito, à família Cervidae. Entretanto, várias espécies semelhantes, de outras famílias da mesma ordem, são também chamados veados.

São encontrados em todo o mundo, exceto na Austrália (as espécies que lá vivem, embora em estado selvagem, foram introduzidas na colonização). Os machos da maioria das espécies desenvolvem esgalhos ou galhadas (e não cornos, o que distingue o grupo dos outros ruminantes) no crânio, que são renovados anualmente. São usados como arma durante a estação de acasalamento, nos combates entre machos. Os veados sem esgalhos possuem longos caninos superiores, que usam como arma. Os veados são polígamos.

Os veados são herbívoros com alimentação específica devido à pouca especialização do seu estômago, que não digere vegetação fibrosa como erva. Assim, alimentam-se principalmente de rebentos, folhas, frutos e líquenes. Têm ainda elevados requerimentos nutricionais de minerais que lhes permitam crescer novos esgalhos todos os anos."

Fonte : Wikipedia, a enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/VeadoAcesso em: 02/07/09.


Vários veados são encontrados na região dos cerrados. Os principais são: o veado-campeiro, o veado-mateiro, o veado catingueiro e, mais raramente, o cervo-do-pantanal (mais encontrado na região do Pantanal). Entre esses, o mais ameaçado de extinção é o campeiro, o maior deles. O veado-campeiro habita áreas mais abertas de cerrado, especialmente os campos. O campeiro possui um círculo branco ao redor dos olhos e apresenta também a parte interna das coxas e a parte inferior da cauda brancas, exibindo-as durante sua fuga de algum perigo. O veado-campeiro pode ser observado sozinho ou em grupos com até mais de vinte animais. Alimenta-se de partes mais tenras das plantas, como botões florais, flores e folhas novas. Apenas os machos possuem chifres., que caem todo ano dando lugar a outros novos que nascem em seu lugar. Os chifres do campeiro são ramificados, mas o catingueiro e o mateiro apresentam chifres simples.

Fonte:
Vivendo no Cerrado e Aprendendo com ele
Marcelo Bizerril
Editora Saraiva. São Paulo, 2004

Lobo cinzento

Seria muito bom ver publicadas aqui no Brasil, notícias sobre a retirada de animais da lista de animais ameaçados de extinção, como esta abaixo sobre o lobo cinzento, lá nos Estados Unidos.


Lobo cinzento está fora de perigo
fonte: Redação Portal CONPET

"Os lobos cinzentos estão saindo da lista de extinção em três estados dos Estados Unidos. Há apenas alguns anos, a população da espécie era tão reduzida que era preciso que uma lei proibisse a matança destes animais, sob risco deles desaparecerem.

A medida deu certo: atualmente existem cerca de 4 mil lobos cinzentos nos estados de Michigan, Minnesota e Wisconsin, contra apenas 200 em 48 estados americanos há apenas algumas decadas. Em três outros estados, Idaho, Montana e Wyoming, estuda-se estender a medida em breve.

O diretor do Serviço Americano de Pesca e Caça, Dale Hall, considerou o resultado um sucesso. "Estamos muito orgulhosos de anunciar que os lobos já não estão mais em perigo", informou Hall, em teleconferência.

Com a saída da lista de extinção, cessam as medidas de proteção dos lobos, e poderá também ser aberta um cota de caça destes animais. As organizações não-governamentais de proteção à espécie estão divididas: se por um lado sair da lista é uma grande vitória, significando que os esforços para preservar o animal deram certo, por outro o fim da proteção pode levar à caça indiscriminada.

São três os fatores que ameaçam os lobos: a caça, a destruição de seu habitat natural e outros tipos de perseguição."

Leia o texto completo no site abaixo:

Fonte:http://www.conpet.gov.br/noticias/kids_int.php?segmento=kids&id_noticia=1076
Acesso em 11/12/2008

A jararaca da ilha

Veja abaixo uma curiosidade interessante, com o título acima, que encontramos na revista Ciência Hoje das Crianças:

" Uma pequena ilha, localizada a cerca de 30 km do litoral sul do estado de São Paulo, é o lar de diferentes espécies de animais e, abriga, em especial, serpentes. Isso mesmo!
Muitas, muitas, mas muitas cobras mesmo povoam a Ilha da Queimada Grande, lugar que não é mais habitado pelo ser humano há, pelo menos, 83 anos. A jararaca-ilhoa é uma espécie endêmica dessa ilha, ou seja, ela não existe em outro lugar do planeta!
A jararaca-ilhoa foi descoberta pelo herpetólogo Afrânio do Amaral, em 1921.Desde então, diversos estudos revelaram características curiosas que diferenciam a ilhoa de outras espécies de jararacas que vivem no continente.
A jararaca-ilhoa, quando jovem, tem hábitos parecidos com os das jararacas do continente: ambas se alimentam à noite e comem, principalmente, pequenas pererecas, râs, lagartos e centopéias. Porém, quando se tornam adultas, surgem as diferenças. As jararacas do continente continuam sendo noturnas, vivem quase exclusivamente no chão e passam a se alimentar, principalmente, de pequenos roedores. Como não há roedores em Queimada Grande, a jararaca-ilhoa desenvolveu o hábito de se alimentar das aves que visitam a ilha, como o coleirinha, o sabiá-una e o tuque. Para capturar suas presas, a jararaca-ilhoa adulta trocou a caça noturna pela diurna e freqüentemente é vista subindo em árvores e arbustos.
O veneno da jararaca-ilhoa é cinco vezes mais poderoso que o da jararaca comum. Ele age rapidamente, paralisando a presa, que ela devora na hora. Mas não pense que todas as aves da ilha são presas fáceis para a ilhoa. Algumas, como a corruíra, parecem reconhecer a serpente, de forma que quase sempre conseguem evitar seus ataques e podem morar também na ilha sem sustos.
Hoje, a Ilha da Queimada Grande possui uma das maiores populações de serpentes por metro quadrado no mundo, mas, devido ao pequeno tamanho do local, as cobras que lá vivem estão criticamente ameaçadas de extinção. Mesmo não sendo habitada por pessoas, a ilha ainda apresenta algumas alterações no ambiente da região da época em que foi povoada por humanos. A jararaca-ilhoa, assim como outras espécies de animais que possam ser exclusivas da Ilha da Queimada Grande, desaparecerá da natureza para sempre, se a região não for preservada.
(Henrique Caldeira Costa e Vinícius de Avelar São Pedro - Museu de Zoologia João Moojen, Universidade Federal de Viçosa)"

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças
 Nº 187, de Janeiro/Fevereiro de 2008


A alimentação do tamanduá-bandeira

" Todos nós sabemos que os tamanduás se alimentam de formigas e cupins. Mas não deve ser fácil caçar formigas, principalmente as lava-pés. Essas formigas liberam ácido fórmico, que irrita a pele do tamanduá. Já os cupins se defendem produzindo certas substâncias que podem ser irritantes para alguns predadores.
O tamanduá-bandeira, animal habitante do cerrado brasileiro, consegue driblar essa situação. Usando o olfato muito apurado, ele procura os cupinzeiros e formigueiros e, quando os encontra, cava um buraco com as patas e enfia todo o focinho lá dentro. Nesse instante entra em ação a língua fina e pegajosa.
O tamanduá produz uma saliva bem viscosa, parecida com uma cola, onde os cupins e as formigas ficam grudados. Como não possui dentes, é seu estômago que tritura os insetos.
A velocidade do ataque é a arma do tamanduá para evitar as defesas dos cupins e das formigas. Atacando de surpresa, ele os apanha rapidamente com movimentos ágeis de língua e logo se afasta. Assim, ele percorre cerca de dez quilômetros todos os dias para se alimentar.
Caminhando longas distâncias diariamente seria necessário gastar muita energia. Mas o tamanduá possui algumas adaptações que permitem economizá-la. Além de ter metabolismo mais baixo, ele possui pêlos compridos e uma cauda de cerca de 80 cm que funcionam como um cobertor que evita maiores perdas de calor."

Fonte:
Ciências - Os Seres Vivos - 60ª edição
Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino
Editora Ática - 1999

Anfíbios ameaçados

"Sapos e rãs são conhecidos comedores de insetos, entre outros animais. O sapo americano da espécie Bufus americanus, por exemplo, chega a encher e esvaziar seu estômago de insetos devorados cerca de quatro vezes por dia. Alguns sapos conseguem comer até 50 mosquitos por minuto. No estômago de sapos, já se constatou que mais da metade dos insetos capturados eram daninhos à agricultura.
Os anfíbios, entretanto, não são tão úteis aos interesses humanos apenas por devorarem insetos que prejudicam as lavouras. A carne das rãs, por exemplo, é bastante apreciada por muita gente. Na França, um dos países que mais consomem carne de rãs, estima-se que a cada ano são comidos de 60 a 80 milhões desses animais.
Algumas substâncias vem sendo isoladas da pele dos anfíbios. Por suas propriedades antibacterianas e fungicidas, essas substâncias eventualmente poderão ser úteis na indústria farmacêutica.
O emprego abusivo de agrotóxicos, as derrubadas e queimadas de grandes florestas e a drenagem de regiões alagadas, entre outras atividades humanas, vem , entretanto, ameaçando de extinção muitos anfíbios. Muitas populações desses animais estão em declínio ou já foram extintas de certos locais. Esse fato preocupante vem ocorrendo em diversos pontos do planeta. Certamente, o homem será muito prejudicado, caso esse processo continue."

Fonte:
Ciências - Os Seres Vivos
Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino
60ª edição - Editora Ática - 1999

Os mono-carvoeiros

Mono-Carvoeiro
Brachyteles arachnoides


"Os mono-carvoeiros vivem somente na região Sudeste do Brasil, que vai do sul da Bahia até o norte do Paraná. Por esses 300 mil km² de Mata Atlântica viviam, na época do descobrimento, mais ou menos quatrocentos mil monos-carvoeiros. Hoje, tanto a Mata Atlântica quanto os monos estão à beira da extinção. Eles só existem agora em 11 localidades, sendo quatro fazendas particulares e 7 reservas oficiais. De cor acastanhada, os monos são animais grandes, barrigudos, de cabeça arredondada, corpo pesado (pesam até 15 quilos), pernas e braços finos e compridos, com um rabo também grande, pelado na parte de baixo.
Os monos alimentam-se de folhas, frutos, flores retirados desta ou daquela árvore durante boa parte do dia. Passam praticamente metade do tempo descansando à sombra. Os filhotes aproveitam esse intervalo para se divertir e ensaiar os primeiros passos longe das mães. Os adultos são geralmente tranquilos e quietos, irritando-se apenas quando um membro de outro grupo invade seu território. Os filhotes de mono nascem um de cada vez, de dois em dois anos, depois de uma gestação de sete meses.
Considerados como símbolo nacional e internacional dos movimentos pela conservação da natureza no Brasil, os mono-carvoeiros infelizmente, fazem parte da Lista dos Animais da Fauna Brasileira Ameaçados de Extinção. E dessa lista ninguém gosta de fazer parte."(Eduardo Marcelino Veado)

Fonte: ( Ciência Hoje das Crianças, SBPC, nº 31, maio/jun.1993.)
IN: Os Caminhos de Estudos Sociais - História e Geografia. Maria Luiza Favret. Atual Editora. São Paulo, 1996.

Para saber mais sobre os animais acima e ver imagens visite o sites abaixo:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/mono-carvoeiro.php
http://www.institutoaqualung.com.br/info_mono_carvoeiro19.html

A anta

Anta
Tapirus terrestris

A anta ou tapir, maior mamífero da América do Sul, é no entanto muito menor que seus parentes da África e da Ásia. Teorias recentes buscam a explicação para este fenômeno na última glaciação, quando a América teria secado demais para permitir a sobrevivência de animais de grande porte.

A anta chega a pesar 300 kg. Tem três dedos nos pés traseiros e um adicional, bem menor, nos dianteiros. Tem uma tromba flexível, preênsil e com pêlos que sente cheiros e umidade. Vive perto de florestas úmidas e rios: toma freqüentemente banhos de água e lama para se livrar de carrapatos, moscas e outros parasitas.

Herbívora, come folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas, grama e pasta até em plantações de cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. De hábitos noturnos, esconde-se de dia na mata, saindo à noite para pastar.

De hábitos solitários, são encontrados juntos apenas durante o acasalamento e a amamentação. A fêmea tem geralmente apenas um filhote, e o casal se separa logo após o acasalamento. A gestação dura de 335 a 439 dias. Os machos marcam território urinando sempre no mesmo lugar. Além disso, a anta tem glândulas faciais que deixam rastro.

Quando ameaçada mergulha na água ou se esconde na mata. Ao galopar derruba pequenas árvores, fazendo muito barulho. Nada bem, e sobe com eficiência terrenos íngremes.

Emite vários sons: o assobio com que o macho atrai a fêmea na época do acasalamento, o guincho estridente que indica medo ou dor, bufa mostrando agressão e produz estalidos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anta
Acesso em: 23/06/09.

A anta

As antas são animais fortes.Comem frutos, folhas, caules, brotos, pequenos ramos, grama, plantas aquáticas, cascas de árvores, organismos aquáticos e pastam inclusive sobre plantações de cana, melão, cacau, arroz e milho.

Durante o acasalamento, os machos atraem as fêmeas com assobios estridentes. A cópula pode ocorrer tanto dentro quanto fora da água. O casal se separa após isso.

Raramente nasce mais de um filhote; este possui uma coloração diferente dos adultos: são rajados de marrom e branco. Ele é amamentado até quando a mãe estiver lactando. Em um ano e meio já está crescido e com a aparência dos adultos.

Durante o dia, a anta fica escondida na floresta. À noite, deixa o esconderijo para pastar. Suas pegadas, difíceis de serem confundidas, podem ser vistas logo ao amanhecer nas trilhas abertas na floresta, nas margens dos rios e até no fundo das lagoas.

A anta toma banhos freqüentes de lama e de água para se livrar de parasitas como carrapatos, moscas, etc. Por isso é encontrada próxima a rios e florestas úmidas.

Anta brasileira

A anta brasileira pertence à espécie Tapirus terrestris. Mede 1,10 m de altura e 2,20 (a fêmea) ou 2 m (o macho) de comprimento. Pesa cerca de 250 kg. Ocorre na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal.

A anta é encontrada também na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela - ou seja, toda a América do Sul exceto Uruguai e Chile.

Segundo a Lista Vermelha da IUCN seu estado de conservação é "vulnerável" (VU), mas a anta se encontra "criticamente ameaçada" (CR) em alguns estados brasileiros, como Paraná e Minas Gerais. O tipo de ameaça que sofre é a destruição de seu habitat, a caça, o fato de as populações estarem isoladas e em declínio. Além do homem, são seus predadores a sucuri e a onça.

Embora a anta tenha pêlo curto acinzentado, o filhote nasce com estrias claras no meio de pêlo castanho, uma camuflagem eficiente no meio da mata. Ele já nasce com o nariz alongado, uma tromba curta que a anta movimenta para cima e para baixo. Os índios tupis chamam a anta de “tapir” e os norte-americanos adotaram esse nome, mas para os índios guaranis a anta é “emborebi”.
Habitat: Florestas Tropicais, Pantanal e Cerrado.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/anta.php
Acesso em: 23/06/09.

Como os animais podem se defender?

Como os animais podem se defender?
"Os resíduos plásticos que jogamos são mortais para os animais marinhos. As tartarugas engolem sacos de plástico que encontram a flutuar porque os confundem com medusas. Os sacos entopem seu tubo digestório, causando-lhes a morte.Os animais que ficam com anéis de plástico enrolados em volta do corpo são muitas vezes incapazes de os remover, morrendo também. Embora essa questão ainda esteja sendo investigada, os resíduos plásticos podem demorar até 300 anos para se decompor na água do mar. Os animais atingidos não podem esperar tanto tempo. Temos que atuar para reduzir a poluição dos nossos aceanos."

Fonte:
VANCLEAVE, J. Biologia para jovens. Lisboa:Dom Quixote, 1994.p.154
IN: Ciências: Projeto Pitanguá. Organizadora: Editora Moderna. Editor responsável: José Luiz Carvalho da Cruz. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2008.

Por que os olhos de alguns animais brilham no escuro?

Os olhos de alguns animais brilham no escuro

O motivo pelo qual os olhos de alguns animais brilham no escuro está na formação desses órgãos responsáveis pela visão. Em primeiro lugar, é preciso saber que os olhos de todos os animais têm uma região chamada retina cuja principal função é transformar a luz em impulsos elétricos, que vão para o cérebro e produzem a visão. E quem faz esta transformação são estruturas da retina conhecidas como fotorreceptores.

Alguns animais, entretanto, têm, atrás da retina, uma área chamada tapete lúcido, que é feita de substâncias com propriedades refletoras, como os espelhos, que aumentam a quantidade de luz percebida. É por conta do tapete lúcido -- uma película colorida com certo brilho --, que os olhos de alguns animais, como cães, cavalos e bois brilham, ou melhor, refletem a luz ao serem atingidos por ela. Já nos olhos dos suínos e do homem, por exemplo, que não apresentam essa região refletora, não há tal característica.

O tapete lúcido é uma adaptação noturna. Isso significa que, fazendo refletir a luz que incide nos olhos, há um aumento da estimulação dos fotorreceptores -- as células sensíveis à luz --, proporcionando a visão em locais escuros ou visão noturna.

Graças a essa adaptação, leões, tigres e onças, entre outros felinos, são capazes de localizar suas presas mesmo no escuro. Por motivo igual, animais domésticos, como cães e gatos, conseguem se localizar em ambientes sem luz, podendo até nos pregar sustos no escuro.(Texto adaptado e com cortes).

Fonte:
Ciência Hoje das Crianças 133, março 2003
Sandra Cuenca,
Departamento de Anatomia,
Universidade Metodista de São Paulo e
Centro Universitário Monte Serrat/Santos.

IN:http://cienciahoje.uol.com.br/2024Acesso em 07/08/2009

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