Páginas

Pesquisa Google

Pesquisa personalizada

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Zoológico de Goiânia: TAC é assinado em 28/09/09

Zoológico de Goiânia
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que vai determinar a reabertura do Zoológico de Goiânia, fechado desde o final de julho devido a várias mortes de animais, foi assinado no dia 28/09/09, tendo como signatários a Prefeitura de Goiânia, a Amma, o Zoológico, o Centro de Controle de Zoonoses, o Ibama e os Ministério Publicos Federal e Estadual. O prazo para o cumprimento do acordo varia conforme cada item proposto e vai de 45 dias a 1 ano. O documento estabelece uma série de ações e medidas a serem implantadas pela direção do parque para garantir o bem-estar dos animais e da população, antes que o local seja reaberto à visitação.
Entre as principais medidas propostas para a reabertura estão:
  • Plantel - O zoo deverá encaminhar ao Ibama, anualmente, o relatório de evolução do plantel e apresentar, em até 90 dias, programa de controle de vermifugação, alimentação balanceada e de vistorias diárias aos recintos.
  • Instalações - O zoológico deve ter setor separado para a realização de quarentena e creche efetiva, onde animais excedentes não devem ser mantidos. O setor extra deverá ser reformado, os recintos enriquecidos e, aqueles que mantém carnívoros deverão ganhar corredores de segurança, sendo que o zoológico deverá elaborar os projetos para adequar esses ambientes em até 60 dias, submetendo-os à análise do Ibama, e, quando aprovados, implementá-los em até 180 dias.
  • Recintos - As recomendações são várias, desde o encaminhamento ao Ibama de plantas baixas, até adequações na parte de iluminação, para conter o excesso de umidade e reforma estrutural nos abrigos, além de diminuição da densidade ocupacional em recintos específicos. Os projetos de adequação dos recintos devem ser apresentados pelo zoo ao Ibama em até 60 dias. O prazo para a execução das obras é de até um ano, a contar de sua aprovação.
  • O Parque deverá apresentar, em até 60 dias, plano de controle de animais sinantrópicos (como pombos e urubus), que será submetido à discussão, com a participação do Centro de Controle de Zoonoses.

Fonte:
Jornal O Popular, de 29 de setembro de 2009
Ano 71, nº 20.359

Prefeitura estuda áreas para mudança do zoológico

A Prefeitura de Goiânia estuda algumas áreas para a transferência do zoológico da cidade, que funciona há mais de 50 anos, em condições inadequadas aos animais, devido ao espaço e a convivência com fatores extressantes, como poluição ambiental e sonora. As mortes de animais de grande porte ocorridas este ano, chamaram a atenção da população e autoridades e mostrou a urgência de transferência do parque, que funciona atualmente na região central da cidade, ocupando uma área de cerca de 5 alqueires e em condições inadequadas e insalubres. O espaço foi planejado há mais de 50 anos, quando a ideia de zoológico era bem diferente. Ao projetar a transferência, a ideia é que o novo zoológico se localize em local de fácil acesso, porém mais afastado da área urbana e com um espaço que tenha pelo menos o dobro do atual.

Segundo Clarismindo Jr. - Presidente da Amma (Agência Municipal de Meio ambiente) com a mudança do zoo para outra área, a ideia é transformar o lugar onde o mesmo funciona hoje, em uma espécie de Central ParK (Parque de Nova York), com a permanência de animais de pequeno porte e um centro de educação ambiental.

A mudança do zoológico deverá ocorrer em torno de dois anos, mas enquanto isso, o atual parque zoológico passará pelas adequações citadas no Termo de Ajustamento de Conduta.

Fonte:
Jornal O Popular, dos dias 18 e 29 de setembro de 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

Sobre as mortes no Zoológico de Goiânia

Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente concluiu inquérito sobre as mortes no Zoológico de Goiânia

Após 50 dias, o inquérito sobre o Zoológico de Goiânia foi concluído e apontou nexo entre as causas de 6 das 23 mortes investigadas no processo, que inclui 9 tracajás e 1 tartaruga da Amazônia, vítimas de ataque noturno durante manejo no recinto onde viviam. De acordo com o documento, procedimentos anestésicos foram responsáveis por 5 das 70 mortes de animais no parque: o hipopótamo Fofão, 1 queixada fêmea, 1 leão, 1 onça pintada e 1 tamanduá-bandeira. Ainda há o caso da bisão fêmea, cuja morte supõe-se também ter sido causada por anestesia, que a Dema ainda aguarda a conclusão do laudo para definir a causa. Os demais casos foram considerados inconclusivos ou atribuídos a morte natural. Foi descartado o envenenamento de animais. Sobre a morte das duas girafas (que vieram de um circo) foi apontada a impossibilidade de atribuir responsabilidade, já que a causa da morte de uma delas ( a girafa Tico) foi anemia crônica, possivelmente causada por desnutrição. O laudo da morte da girafa Kim ainda não está pronto. O inquérito apontou negligência e responsabilizou o diretor do zoológico, funcionários do parque e mais um professor de um curso de pós-graduação que participou de procedimentos veterinários em animais do parque. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, ninguém foi indiciado porque a lei de crime ambiental não prevê situações culposas, quando não há a intenção de matar. O que significa que as pessoas que foram responsabilizadas devem responder apenas civilmente pelas mortes. O documento será encaminhado ao Ministério Público (MP) que poderá concordar ( ou não) com o parecer da delegacia.
O diretor do parque, em entrevista coletiva, disse que não houve negligência em nenhum dos casos em que foi responsabilizado - ao lado de outros profissionais - pela morte dos animais. Segundo ele "todos esses animais foram anestesiados em função de problemas de saúde que apresentavam e, na nossa avaliação seria negligência se não realizássemos os procedimentos necessários."
Para que o Zoológico possa ser reaberto à visitação do público, o inquérito fez as seguintes recomendações:
  • Apresentação de laudo atestando que a visitação não apresenta risco à saúde do plantel e da coletividade.
  • Aquisição de aparelho de raio X portátil para exames nos animais.
  • Proibição de animais em circos em Goiás.
  • Revitalização do Parque Zoológico até que sua transferência definitiva seja realizada.

Fontes:
Jornal O Popular, de 11 de setembro de 2009
Ano 71, nº 20.341, página 02.
e
Jornal Diário da Manhã, de 11 de setembro de 2009
Edição nº 7978, página 02.

Veja notícia detalhada no DM Digital (edição 7978, Cidades, página 02) cujo endereço é:

http://www.dmdigital.com.br/index.php?edicao=7978