" Todos nós sabemos que os tamanduás se alimentam de formigas e cupins. Mas não deve ser fácil caçar formigas, principalmente as lava-pés. Essas formigas liberam ácido fórmico, que irrita a pele do tamanduá. Já os cupins se defendem produzindo certas substâncias que podem ser irritantes para alguns predadores.
O tamanduá-bandeira, animal habitante do cerrado brasileiro, consegue driblar essa situação. Usando o olfato muito apurado, ele procura os cupinzeiros e formigueiros e, quando os encontra, cava um buraco com as patas e enfia todo o focinho lá dentro. Nesse instante entra em ação a língua fina e pegajosa.
O tamanduá produz uma saliva bem viscosa, parecida com uma cola, onde os cupins e as formigas ficam grudados. Como não possui dentes, é seu estômago que tritura os insetos.
A velocidade do ataque é a arma do tamanduá para evitar as defesas dos cupins e das formigas. Atacando de surpresa, ele os apanha rapidamente com movimentos ágeis de língua e logo se afasta. Assim, ele percorre cerca de dez quilômetros todos os dias para se alimentar.
Caminhando longas distâncias diariamente seria necessário gastar muita energia. Mas o tamanduá possui algumas adaptações que permitem economizá-la. Além de ter metabolismo mais baixo, ele possui pêlos compridos e uma cauda de cerca de 80 cm que funcionam como um cobertor que evita maiores perdas de calor."
Fonte:
Ciências - Os Seres Vivos - 60ª edição
Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino
Editora Ática - 1999
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