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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cuíca-d'água

Cuíca-d'água
Chironectes minimus

É um animal que só costuma ser visto à noite, geralmente, nadando ou mergulhando, daí a origem do seu nome popular.
Seu corpo mede cerca de 40cm e sua cauda aproximadamente 43cm. Apresenta peso em torno de 600 gramas.
Suas patas traseiras tem membranas semelhantes às dos pés dos patos, o que a ajuda na natação, que ela realiza com o corpo submerso e apenas com a cabeça acima da água. Sua cauda funciona como um leme, orientando na direção a seguir. E é na água que esse animal consegue a maior parte de seus alimentos: peixes, anfíbios, crustáceos, insetos e, às vezes, algumas plantas aquáticas.
A cuíca-d'água é um marsupial, assim como os coalas, cangurus e gambás. Nas fêmeas, o marsúpio serve para dar continuidade ao desenvolvimento dos filhotes. Os machos também tem marsúpio, mas a função é proteger os testículos enquanto nadam.
Para dar à luz seus filhotes, a cuíca-d'água constrói ninhos em tocas subterrâneas escavadas às margens de rios e riachos onde vive. Normalmente, tem duas ou três crias por gestação. Os bebês cuícas - logo depois de nascidos - vão para o marsúpio, onde ficam protegidos e mamando até estarem fortes o suficiente para viver do lado de fora.
Dentro do marsúpio os filhotes ficam protegidos mesmo com a mãe cuíca na água, por causa do pelo. A pelagem dessa espécie é curta e impermeável, não deixando passar água para dentro da bolsa marsupial, cuja abertura é voltada para trás. Assim a fêmea consegue mantê-la fechada, impedindo que a água entre enquanto nada.
A cuíca-d'água é encontrada do sul do México até o Peru, parte central da Bolívia, sul do Paraguai e nordeste da Argentina. No Brasil, ocorre nos estados das regiões Sul, Centro-oeste e Sudeste.
Está na lista de animais ameaçados de extinção, por causa do desmatamento e das queimadas que prejudicam o ambiente, ou melhor, as florestas e matas ciliares onde a cuíca-d'água vive. Para evitar o desaparecimento da espécie, é preciso criar novas áreas de preservação ambiental e ampliar as que já existem. (Texto adaptado)

Fonte:
Texto de: Jânio Cordeiro Moreira
Laboratório de Mastozoologia,
Departamento de Zoologia,
Universidade do Rio de Janeiro
IN: Revista Ciência Hoje das Crianças nº 197 de Dezembro de 2008.

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