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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Nova ameaça às onças do Pantanal: os traficantes de drogas!

Traficantes de droga: nova ameaça às onças do Pantanal
Em foto de 2013, Sally, a onça que provavelmente foi morta por traficantes de droga. uma onça-pintada que vivia no Pantanal no Brasil, quando ela ainda estava viva em 2013. A imagem foi feita por uma turista e ajudou a identificar a carcaça do animal.

Na manhã de 29 de março, Sally foi encontrada boiando no rio Cuiabá. Sem vida e inchado, seu corpo ia boiando lentamente em direção à Bolívia, quando peões de uma fazenda local puxaram-no para a praia. Na sua nuca brilhava o vermelho de dois ferimentos à bala. Na fazenda tiraram fotos, chamaram a polícia local e esperaram as autoridades para recuperar o corpo.

A autópsia revelou que ela provavelmente foi morta no dia anterior, por um tiro de cima - e de bem perto - de um revólver calibre 38. No primeiro semestre de 2014, no Pantanal, Sally foi uma das três onças baleadas e mortas. O Pantanal é a maior área úmida tropical do mundo. Este isolado delta na parte centro-oeste do Brasil abriga a maior população de onças-pintadas do mundo: estima-se que até 11 animais por quilômetro quadrado.


A notícia logo se espalhou pelas fazendas, hotéis e pousadas que pontilham nessa região e pelas organizações conservacionistas no exterior, muitas das quais especializadas na proteção a onça-pintada. Em uma hora a onça foi identificada através de fotos tiradas em 2013 que mostravam marcas singulares no lado esquerdo do corpo. A autora das imagens foi uma turista chamada Sally, e, por isso, seu nome foi dado à onça. Em menos de uma semana surgiu uma fazenda local oferecendo uma recompensa de US $1.000 por qualquer informação relacionada à morte do animal. Á medida que a perplexidade e a desconfiança aumentavam, conservacionistas no exterior se ofereceram para colaborar. No final, a recompensa atingiu mais de US $ 2.000. Se condenado, o responsável por esse tipo de crime pode pegar até cinco anos de prisão - sem fiança - e uma multa de US $ 5.000.

Novos suspeitos

"Sempre que encontramos o corpo de uma onça, ficamos desconfiados", disse Alexandre do Nascimento, chefe da polícia militar em Corumbá, cidade localizado na fronteira com a Bolívia e que é a porta de entrada para o Pantanal. Sua equipe está entre aquelas designadas para investigar o caso. "Se fosse um fazendeiro, teria tido o cuidado de enterrar o corpo, enquanto se fosse alguém que estivesse caçando ilegalmente, teria levado a pele."

Na verdade, as autoridades agora se voltam para um novo tipo de suspeitos neste caso: traficantes transportando cocaína entre a Bolívia e o Brasil. Eles são conhecidos por usar os rios Paraguai, Cuiabá, e Pirigara. Acredita-se também que usem armas curtas - o tipo que disparou dois tiros no pescoço de Sally. Para os traficantes de drogas que se deslocam através do Pantanal, as onças atraem turistas e policiais para rotas fluviais remotas.

Os fazendeiros do Pantanal, antes considerados os maiores inimigos das onças, agora estão entre seus mais ardentes protetores. Junto com grupos conservacionistas, eles começam a tentar novas estratégias para proteger o grande felino da ameaça que emerge do próspero negócio de drogas da região.

"Essas onças agora valem mais do que qualquer pessoa por aqui", disse Nilson Soares, que trabalha em uma empresa de processamento de couro de jacaré em Poconé, uma empoeirada cidade de fronteira no extremo norte do Pantanal. "Mas todo mundo nesta cidade já esteve do outro lado desta questão, mesmo que não falem sobre isso. Eles se lembram de quando as peles de onça circulavam por aqui".

Vaqueiros convertidos em conservacionistas

Durante anos, o Estado fez vista grossa aos fazendeiros que caçavam onças para proteger seus rebanhos de gado. Na década de 1960 e início dos anos 70, o comércio mundial de peles agravou esta tendência, e foi responsável pela morte de cerca de 18.000 onças por ano. Além disso, safáris ilegais traziam turistas endinheirados de todo o mundo para fazendas que ofereciam pacotes de caça, com tudo incluído. É difícil apontar números exatos, mas por volta dos meados dos anos 70, a população de onças pantaneiras caiu sensivelmente.

Mas na década de 1980 duas coisas mudaram em favor das onças. O governo brasileiro, que havia proibido a caça do animal em 1967, começou a intensificar a repressão à atividade. E, ao mesmo tempo, o preço da carne de vaca caiu. Muitos fazendeiros abandonaram suas fazendas durante esses anos, enquanto os que ficaram deixaram de ver o gado como uma fonte confiável de renda.

Hoje em dia, os fazendeiros ganham mais cobrando dos turistas por tours de observação das onças do que as abatendo para proteger o gado. O ecoturismo atrai cerca de 68 mil turistas por ano e passou a ser boa para a indústria de gado. A população de onças da região se recuperou.

"Agora as pessoas percebem que se a onça morre o fazendeiro sofre. As onças podem comer todo o gado que quiserem na minha fazenda", disse Jamil Rodrigues da Costa, um fazendeiro de gado de quarta geração e proprietário do Hotel Porto Jofre, uma pousada ecológica no Pantanal.

Nem sempre foi assim. Seu avô, um dos caçadores mais conhecidos do Pantanal, construiu um patrimônio em terras vendendo peles de onça. "Naqueles dias, os fazendeiros locais, ansiosos por ver as onças mortas, pagavam duas reses para cada onça que ele matava", disse Costa. "Mas esse era o Pantanal de então, e as coisas mudaram muito nos anos que passaram".

Veja a matéria completa no site  ((O)) eco
Fonte:

Acesso em: 07/11/2014

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cuícas

Cuíca
Gracilinanus microtarsus


No meio de insetos, tamanduás e anfíbios, está um animal bem peculiar: a cuíca (Gracilinanus microtarsus).
Ela tem pelos longos e macios, na maior parte marrom-avermelhado e a base cinza. No dorso, a pelagem é mais clara, como também é no rosto. Possuem anéis escuros ao redor dos olhos negros, amplos e proeminentes. A parte anterior do pescoço é alaranjada. A cauda, preênsil e escamosa, é marrom e as patas, esbranquiçadas, com dedos são relativamente longos, com pequenas garras. É um animal pequeno: tem 105 a 110 mm de comprimento da cabeça e corpo e cauda de 145 a 153 mm. Têm uma massa entre 10 e 45 gramas.

São marsupiais da família Didelphidae à qual pertencem os gambás, catitas e cuícas. A cuíca Gracilinanus microtarsus é encontrada apenas no Brasil, natural dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul.

Vivem nas florestas úmidas da Mata Atlântica e florestas caducifólias espalhadas nas regiões do sul do Cerrado. A espécie tem hábitos predominantemente arborícola e noturno. Solitários, passam os dias descansando em ocos de árvores. Quando em atividade, frequentemente forrageiam no solo. A locomoção é feita a passos curtos e rápidos, com o auxílio da cauda preênsil.

A sua dieta é composta principalmente por insetos, mas podem se alimentar de comer algumas aranhas, caracóis, e até mesmo frutas. O G. microtarsus atua como importante dispersor das sementes de espécies da família das aráceas em uma área de Mata Atlântica.

A reprodução da cuíca se inicia nos meses de maior pluviosidade. As fêmeas entram em cio uma vez por ano, entre agosto e setembro, e têm ninhadas de até doze filhotes, que nascem durante a estação chuvosa, quando o alimento é abundante. A mãe não possui uma bolsa, mas um conjunto de cerca de 14 mamas. Os filhotes são desmamados após três meses de idade, entre novembro e dezembro.

Os jovens crescem, até os seis meses de idade, e atingem a maturidade sexual com um ano. A maioria das cuícas não sobrevive por muito mais tempo do que um ano, mas podem chegar a dois anos de idade. Além do pouco tempo de vida, têm que lidar com seus predadores: jaguatiricas, gatos-do-mato, guaraxains, lobos-guará e gaviões-de-rabo-branco.

Leia a matéria completa no ((O)) eco

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 09/06/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Jaritataca

Jaritataca
(Conepatus semistriatus)

A jaritataca (Conepatus semistriatus) é um animal pequeno, com cerca de 30 a 52 cm de comprimento, cauda entre 16 e 31 cm e que costuma pesar algo entre 1,4 e 4,0kg. Sua cabeça é arredondada, corpo compacto e patas dianteiras com garras longas e negras, focinho longo e sem pelo. A volumosa cauda tem pelos negros na base e brancos até o final. Os pelos do corpo variam de uma coloração preta ou marrom-escuro, com duas listas brancas que correm por cima do dorso, divididas em duas, que seguem paralelas até a base da cauda.

Conhecido popularmente como jitira, jaratataca, jacarambeva, tiaca, cangambá e, também gambá, o Conepatus semistriatus é um mamífero onívoro da família Mephitidae. No entanto, os mefitídeos, que incluem o cangambá e as chamadas doninhas fedorentas, apesar das semelhanças do mecanismo de defesa – uso de odores fétidos contra ameaças –, não podem ser chamadas de gambás, que são marsupiais, como o canguru.

A espécie ocorre no sul do México, norte da Colômbia, Venezuela, Peru e Brasil. No território brasileiro, ocorrendo no Cerrado e Caatinga, da região Nordeste do país ao estado de São Paulo. A espécie é amplamente distribuída na sua área de ocorrência e relativamente abundante, porém pode ser bastante rara em alguns locais como no do Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.

O C. semistriatus prefere as áreas de vegetações abertas típicas de seus habitats, evitando regiões de matas mais densas. A espécie apresenta boa tolerância a ambientes alterados pela ação humana, além de serem tolerantes à áreas de lavoura, como canaviais e plantações de eucalipto.

É um animal solitário e de hábitos noturnos. Ele se torna ativo logo após o pôr do sol quando sai de sua toca, uma estrutura que, quando não é cavada pela própria jaritataca, é um buraco cavado por outra espécie – como cupinzeiros ou tocas de tatus – que pegou "emprestado". Tem como arma de defesa própria e de seu território a secreção de um líquido de odor bastante desagradável.

Alimenta-se de insetos e outros invertebrados, pequenos vertebrados e frutos.

Pouco se sabe sobre o comportamento reprodutivo da espécie: unem-se ao sexo oposto apenas durante o período de reprodução. A duração da gestação é de aproximadamente 60 dias onde nascem de 4 a 5 filhotes.


As ameaças comuns à espécie são fragmentação e perda do habitat. Além disso, esses animais são também observados próximos a habitações humanas, o que pode torná-los passíveis de ameaças, como predação por cães domésticos ou atropelamentos nas rodovias brasileiras. Outro fator é a caça: apesar de sua pele possuir pouco valor, a espécie é caçada em alguns países e, na região da Caatinga brasileira, caçada para subsistência, utilizada como alimento e/ou medicamento.

Fonte:
((O)) eco
Acesso em 23/05/2014.
Leia mais no site do ((O)) eco

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Veado-catingueiro

Veado-catingueiro
Mazama gouazoubira


O veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) é, provavelmente, a espécie de cervídeo mais abundante do Brasil, presente em todos os seus biomas. Por essa razão, é reconhecida por uma variedade de nomes, tais como: veado-virá, virá, virote, guaçutinga, guaçucatinga, cabra silvestre, guaçubirá. Também é encontrado desde o México até a Argentina, onde recebe os nomes de corzuela común, corzuela parda, guazu, guazu virá.

Bem adaptável, o Mazama gouzazoubira pode habitar áreas altamente modificadas pelo homem, o que explica a sua abundância: provavelmente, a própria ação humana tenha beneficiado a espécie em algumas localidades, pela remoção da floresta originalmente presente em grande parte de sua área de distribuição, o que permitiria seu avanço sobre áreas antes indisponíveis. Importante ressaltar que esta é uma característica preocupante, já que dá à espécie um alto potencial invasor, pois vai competir com vantagem sobre os habitats de outras espécies do gênero Mazama, que são menos competitivas e ecologicamente mais próximas (isto é, mais raras).

O catingueiro é um cervo de pequeno porte, pesando em torno de 18 Kg, com altura média de 50 a 65 cm e entre 88,2 e 106 cm de comprimento. A coloração geral dos indivíduos é extremamente variável, podendo ir do cinza escuro até o marrom avermelhado. A região ventral é mais clara, com áreas brancas na parte inferior da cauda e face interna da orelha. A maioria dos indivíduos tem uma pinta branca acima dos olhos, que é característica exclusiva dessa espécie. Os chifres, quando presentes, não são ramificados, possuem entre 6 e 12 cm de comprimento.

Ele parece evitar florestas altas, preferindo áreas de vegetação densa como capoeiras, bordas de mata e matas em regeneração inicial. Sua grande flexibilidade ecológica – como já observado – também permite que ocupe áreas modificadas pelo homem e áreas agrícolas como: canaviais e plantios comerciais de eucalipto e pinheiro.

São animais geralmente diurnos e solitários, mas podem formar pequenos grupos em período de escassez de alimentos ou na época de acasalamento. Demonstram um comportamento fortemente territorialista, com marcação de território feita principalmente pelos machos através do uso de sinais odoríferos e visuais (exemplos: retirada de cascas de árvores com os incisivos inferiores, a deposição de fezes e urina ou a sinalização através de glândulas odoríferas). Apesar disto, são tímidos e esquivos, presas constantes de onças – onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor) são seus principais predadores –, pumas, cachorros-do-mato e principalmente do homem.

Alimentam-se de frutas, flores e folha. Embora a disponibilidade de alimentos ao longo do ano afeta diretamente a reprodução dos cervídeos, o veado-catingueiro ainda é capaz de se reproduzir em todos os meses do ano, mesmo quando há escassez periódica. Uma fêmea pode ter duas ninhadas em um mesmo ano. A gestação dura cerca de 7 meses e gera um filhote por vez. Os filhotes com pintas brancas na pelagem que começam a desaparecer do quarto até o sexto mês. Os pequenos ficam escondidos na vegetação densa nas primeiras semanas de vida e permanecem com a mãe durante oito meses ou até o nascimento da próxima cria. A desmama ocorre por volta do 3° ao 4° mês de vida.

Embora a espécie apresente tendência de ampliação de área de ocorrência e da área de ocupação, e uma população total de indivíduos maduros maior que 10 mil indivíduos, em razão da destruição de hábitat, por doenças transmitidas por animais domésticos (zoonoses) e à caça, a espécie já está presente na lista de Referência da Fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul, na categoria de "vulnerável" e na lista das espécies ameaçadas de extinção do estado do Rio de Janeiro, como "em perigo". Mesmo assim, pela característica da abundância é globalmente avaliada como MenosPreocupante (LC) pela IUCN e pelo ICMBio.

Acesso em 19/05/2014


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Morcegos ajudam a preservar as florestas

Você sabia que os morcegos ajudam a preservar as florestas?

Os morcegos são animais muito interessantes. São os únicos mamíferos capazes de voar e ainda ajudam a manter as florestas   vivas e saudáveis.
Sabia que apenas três entre as mais de mil espécies conhecidas se alimentam de sangue de aves ou de outros  mamíferos , e evidentemente  não fazem isso por mal, mas porque o seu organismo necessita deste alimento. Os demais morcegos têm cardápio variado, que inclui insetos, anfíbios, mamíferos menores e até outros morcegos. Há, ainda, os que comem frutas e os que se alimentam do néctar das flores. São justamente estes, os morcegos frugívoros e os nectarívoros, que desempenham um papel muito importante para a flora.
No caso  dos frugívoros, o organismo deles aproveita os nutrientes das frutas ingeridas e libera, com as fezes, as sementes, que caem no solo da floresta e dão origem a uma nova planta.
Já os morcegos nectarívoros fazem a conhecida polinização. Enquanto se alimentam do néctar de determinada flor,os grãos de pólen (que são os gametas masculinos da plantas) se grudam em seu corpo e, ao pousarem em outras flores, esses grãos vão caindo, possibilitando a fecundação entre elas.
Espalhando sementes e pólen,os morcegos favorecem o nascimento de novas plantas e garantem a boa saúde da floresta.

Texto (adaptado) de João Pedro Garcia Araújo,
Departamento de Zoologia,
Instituto de Biologia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Fonte:
Revista Ciência Hoje das Crianças
Nº 251 - Novembro de 2013 - página 19

domingo, 19 de maio de 2013

Lhama

Lhama
(Lama glama)

Tamanho: 2,40 metros de comprimento, 2 metros de altura e 140 quilos (no caso do macho).
Onde vive: nas montanhas da Bolívia, do Peru, e da Argentina.
Tempo de vida: 24 anos.
O que come: gramíneas.
Predadores: não tem.
Reprodução: um filhote a cada cria, após gestação de um ano.
Comportamento: vive em grupo e é dócil, por isso é hoje um animal domesticado.
Ameça: a população está diminuindo porque sua importância no transporte de mercadorias decaiu com a construção de estradas.


Fonte: 
Ciências Naturais -  Coleção Eu Gosto
Célia Passos e Zeneide Silva
IBEP - São Paulo - 2009

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Hipopótamo


Hipopótamo
(Hippopotamus amphibius)

Tamanho: 4.000 quilos de peso e 1,50 de altura, no caso do macho.
Onde vive: no vale do Rio Nilo, na África.
Tempo de vida: 40 anos.
O que come: plantas rasteiras.
Predadores: jacarés atacam os filhotes.
Reprodução: gestação de 230 dias, com nascimento de um filhote.
Comportamento: vive imerso nos rios, em grandes bandos; dorme durante o dia e pasta à noite na vegetação da margem; é agressivo e não teme o ser humano.
Ameaça: os caçadores.


Fonte: 
Ciências Naturais -  Coleção Eu Gosto
Célia Passos e Zeneide Silva
IBEP - São Paulo - 2009

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Bicho-preguiça

Curiosidades sobre a preguiça

Bela adormecida
A preguiça fica acordada a noite e dorme o dia todo na copa das árvores. Raramente bota as patas no chão - prefere mesmo ficar zanzando entre as árvores. A preguiça dorme em média 14 horas por dia.

Par ou ímpar?
Três espécies de preguiça contam com três dedos nos pés, enquanto outras duas espécies têm apenas dois dedos.

Boa de faro
A visão e a audição da preguiça não são das melhores. Por isso, o animal conta com um bom olfato, que ajuda a encontrar comida.

Gira, gira, gira!
A cabeça é bem arredondada e consegue fazer movimentos giratórios de até 270 graus!

Está com sede? Não!
O animal não tem sede e nunca bebe água. O líquido de que necessita já é absorvido dos alimentos que ingere. 

Será o Zé do Caixão?
As unhas são longas e fortes, boas para se prender nas árvores. Mas a preguiça é tão lenta que dificilmente atacaria alguém.

Devagar e sempre
Se a velocidade é importante para muitos bichos na natureza, a lentidão da preguiça é salvadora! Com movimentos lentos e silenciosos, ela não chama a atenção de predadores como a águia e a onça-pintada.

Preguiçosinho...
Com metabolismo bem lento, as preguiças fazem cocô só uma vez por semana! É quando elas resolvem descer das árvores e procurar um troninho em terra firme.

Prima do tatu
Apesar de a aparência ser diferente, a preguiça é um parente distante do tatu e do tamanduá. Os três fazem parte da ordem Xenarthra, que é uma divisão na classe dos mamíferos. 

Onde vive: Nas florestas da América Central e do Sul. Pode ser encontrada na Amazônia.
Tamanho: 70 centímetros.
Peso: entre 3 e 6 quilos.
O que come: folhas, frutos e brotos de árvores.
Tempo de vida: cerca de 40 anos.

Texto de Débora Zanelato
Fonte: Revista Recreio nº 684, de 18/04/2013, páginas 20 e 21.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Girafa


Girafa
(Giraffa camelopardalis)

Tamanho: 5 metros de altura, sendo 3 metros de pescoço.
Onde vive: na África.
Tempo de vida: 25 anos.
O que come: folhas de mimosa e acácia.
Predadores: leão.
Reprodução: 15 meses de gravidez, com nascimento de um filhote.
Comportamento: vive em bando e quando assustada sai a galope. Quando ameaçada, ela dá coices.
Ameaça: a destruição do ambiente em que vive.


Fonte: 
Ciências Naturais -  Coleção Eu Gosto
Célia Passos e Zeneide Silva
IBEP - São Paulo - 2009

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Macaco em perigo

Macaco em perigo

"Pesquisadores do Centro de Primatas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão mapeando os refúgios da Amazônia em que um dos macacos mais ameaçados de extinção luta para sobreviver. O caiarara ou macaco-cara-branca foi descrito cientificamente em 1992 e, de imediato classificado como espécie "criticamente em perigo de extinção". O animal habita regiões do Pará e do Maranhão, dentro do chamado Arco do Desmatamento, onde estão as parcelas da Floresta Amazônica mais degradadas, reduzidas a apenas 30% da vegetação original. Os pesquisadores do Projeto Kaapori, do Ibama, realizaram quatro expedições nos últimos dois anos para localizar esses primatas. Entre os locais em situação mais crítica para a conservação do caiarara está a Reserva Biológica Gurupi, no Maranhão, atingida por impactos ambientais e problemas sociais."

Fonte:
Revista Horizonte nº 108, ano 19, pág. 20

O uivo dos lobos



Porque os lobos uivam?


Todo mundo sabe que os lobos uivam. Mas eles não são os únicos a uivar e nem fazem isso especialmente para a Lua Cheia, nem somente quando ela aparece no céu. Os cães (que são parentes dos lobos) também uivam e, por incrível que pareça, alguns gatos também podem apresentar um miado contínuo que se assemelha com um uivo. O principal motivo do uivo desses animais é a comunicação.
No caso dos lobos eles podem usar o uivo como forma de reunir o grupo, para marcar o seu território e até para mostrar quem está no comando. Juntar os diferentes membros da matilha, por exemplo, é importante porque os lobos costumam perseguir suas presas por horas para cansá-las e só então atacam em conjunto. Da mesma forma, a defesa contra intrusos será mais eficiente, se todos os lobos estiverem reunidos. Um jovem ou filhote que se afaste muito dos adultos, pode facilmente virar uma presa. Daí a importância do uivo para manter todos juntos.
Os lobos uivam também quando notam a aproximação de algum lobo estranho ao bando ou mesmo outro animal, como um aviso de que aquela área já está ocupada.
Por meio dos uivos - e também das rosnadas e pequenas mordidas - os lobos que comandam a matilha também instruem os demais, como uma forma de manter a ordem e a hierarquia. Um macho também pode uivar para atrair a atenção de uma fêmea ou vice-versa.
Quanto ao mito de que os lobos uivam para a Lua Cheia, é bem provável que essa idéia tenha ocorrido porque, quando vivem soltos na natureza, os lobos costumam sair para caçar no início da manhã ou no final da tarde, em horas em que não está totalmente escuro. Em noites de Lua Cheia, as noites não são tão escuras e há mais visibilidade. Então, os lobos têm mais horas para caçar. Como eles costumam se dispersar - e o uivo serve para reunir os animais durante a caçada -, nas noites de Lua Cheia, eles provavelmente uivam com mais freqüência - já que ficam mais tempo caçando. É possível que venha daí a origem desse mito de que esses bichos uivam para o luar! (Texto adaptado e com cortes)

Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças
Texto de Débora Boccacino (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Publicado na página 7, da edição nº 189, de Abril de 2008.


Lontra


Lontra

Classe: Mammalia

Ordem: Carnivora

Família: Mustelidae

Nome científico: Lutra longicaudis

Nome vulgar: Lontra

Categoria: Vulnerável

Características

As características que contribuem para a existência de populações mais numerosas da espécie são a abundância de ambientes aquáticos, que em sua maior parte devem estar livres de poluição química e orgânica, e a baixa densidade populacional humana.

As lontras ocupam vários tipos de ambientes aquáticos, tanto de água doce (rios, lagos) quanto salgada (lagunas, baías, enseadas).

Sua ocorrência está também relacionada à presença de substratos duros, que formam costões rochosos, onde os animais encontram abrigo.

A dieta consiste principalmente de peixes, sendo suplementada por crustáceos, anfíbios, mamíferos, insetos e aves.Camarões também são citados na sua dieta.

A lontra é um carnívoro de hábitos semi-aquáticos que ocorre em todo o Brasil, exceto nas porções mais áridas da região nordeste.

É um animal de porte médio, medindo cerca de 1 m de comprimento total e pesando de 5 a 12 kg. Sua taxonomia é confusa, havendo várias sinonímias.

É uma espécie de ampla distribuição, ocorrendo no México, América Central e América do Sul até o norte da Argentina.

Ocorrência Geográfica: Amazônia, Cerrado, Floresta Atlântica, Pantanal e Campos do Sul.

Categoria/Critério: Ameaçada/Vulnerável - Destruição de habitat, caça, perseguição, populações isoladas e em declíneo

Cientista que descreveu: Olfers, 1818

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/lontra.php
Acesso em: 02/06/09. No Portal São Francisco, você verá também outros textos sobre a lontra, inclusive com mais informações sobre este animal.

Veados no Cerrado


Os veados encontrados no Cerrado

"Os veados são mamíferos da ordem dos artiodáctilos pertencentes, em senso estrito, à família Cervidae. Entretanto, várias espécies semelhantes, de outras famílias da mesma ordem, são também chamados veados.

São encontrados em todo o mundo, exceto na Austrália (as espécies que lá vivem, embora em estado selvagem, foram introduzidas na colonização). Os machos da maioria das espécies desenvolvem esgalhos ou galhadas (e não cornos, o que distingue o grupo dos outros ruminantes) no crânio, que são renovados anualmente. São usados como arma durante a estação de acasalamento, nos combates entre machos. Os veados sem esgalhos possuem longos caninos superiores, que usam como arma. Os veados são polígamos.

Os veados são herbívoros com alimentação específica devido à pouca especialização do seu estômago, que não digere vegetação fibrosa como erva. Assim, alimentam-se principalmente de rebentos, folhas, frutos e líquenes. Têm ainda elevados requerimentos nutricionais de minerais que lhes permitam crescer novos esgalhos todos os anos."

Fonte : Wikipedia, a enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/VeadoAcesso em: 02/07/09.


Vários veados são encontrados na região dos cerrados. Os principais são: o veado-campeiro, o veado-mateiro, o veado catingueiro e, mais raramente, o cervo-do-pantanal (mais encontrado na região do Pantanal). Entre esses, o mais ameaçado de extinção é o campeiro, o maior deles. O veado-campeiro habita áreas mais abertas de cerrado, especialmente os campos. O campeiro possui um círculo branco ao redor dos olhos e apresenta também a parte interna das coxas e a parte inferior da cauda brancas, exibindo-as durante sua fuga de algum perigo. O veado-campeiro pode ser observado sozinho ou em grupos com até mais de vinte animais. Alimenta-se de partes mais tenras das plantas, como botões florais, flores e folhas novas. Apenas os machos possuem chifres., que caem todo ano dando lugar a outros novos que nascem em seu lugar. Os chifres do campeiro são ramificados, mas o catingueiro e o mateiro apresentam chifres simples.

Fonte:
Vivendo no Cerrado e Aprendendo com ele
Marcelo Bizerril
Editora Saraiva. São Paulo, 2004

Os mono-carvoeiros

Mono-Carvoeiro
Brachyteles arachnoides


"Os mono-carvoeiros vivem somente na região Sudeste do Brasil, que vai do sul da Bahia até o norte do Paraná. Por esses 300 mil km² de Mata Atlântica viviam, na época do descobrimento, mais ou menos quatrocentos mil monos-carvoeiros. Hoje, tanto a Mata Atlântica quanto os monos estão à beira da extinção. Eles só existem agora em 11 localidades, sendo quatro fazendas particulares e 7 reservas oficiais. De cor acastanhada, os monos são animais grandes, barrigudos, de cabeça arredondada, corpo pesado (pesam até 15 quilos), pernas e braços finos e compridos, com um rabo também grande, pelado na parte de baixo.
Os monos alimentam-se de folhas, frutos, flores retirados desta ou daquela árvore durante boa parte do dia. Passam praticamente metade do tempo descansando à sombra. Os filhotes aproveitam esse intervalo para se divertir e ensaiar os primeiros passos longe das mães. Os adultos são geralmente tranquilos e quietos, irritando-se apenas quando um membro de outro grupo invade seu território. Os filhotes de mono nascem um de cada vez, de dois em dois anos, depois de uma gestação de sete meses.
Considerados como símbolo nacional e internacional dos movimentos pela conservação da natureza no Brasil, os mono-carvoeiros infelizmente, fazem parte da Lista dos Animais da Fauna Brasileira Ameaçados de Extinção. E dessa lista ninguém gosta de fazer parte."(Eduardo Marcelino Veado)

Fonte: ( Ciência Hoje das Crianças, SBPC, nº 31, maio/jun.1993.)
IN: Os Caminhos de Estudos Sociais - História e Geografia. Maria Luiza Favret. Atual Editora. São Paulo, 1996.

Para saber mais sobre os animais acima e ver imagens visite o sites abaixo:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/mono-carvoeiro.php
http://www.institutoaqualung.com.br/info_mono_carvoeiro19.html

A anta

Anta
Tapirus terrestris

A anta ou tapir, maior mamífero da América do Sul, é no entanto muito menor que seus parentes da África e da Ásia. Teorias recentes buscam a explicação para este fenômeno na última glaciação, quando a América teria secado demais para permitir a sobrevivência de animais de grande porte.

A anta chega a pesar 300 kg. Tem três dedos nos pés traseiros e um adicional, bem menor, nos dianteiros. Tem uma tromba flexível, preênsil e com pêlos que sente cheiros e umidade. Vive perto de florestas úmidas e rios: toma freqüentemente banhos de água e lama para se livrar de carrapatos, moscas e outros parasitas.

Herbívora, come folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas, grama e pasta até em plantações de cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. De hábitos noturnos, esconde-se de dia na mata, saindo à noite para pastar.

De hábitos solitários, são encontrados juntos apenas durante o acasalamento e a amamentação. A fêmea tem geralmente apenas um filhote, e o casal se separa logo após o acasalamento. A gestação dura de 335 a 439 dias. Os machos marcam território urinando sempre no mesmo lugar. Além disso, a anta tem glândulas faciais que deixam rastro.

Quando ameaçada mergulha na água ou se esconde na mata. Ao galopar derruba pequenas árvores, fazendo muito barulho. Nada bem, e sobe com eficiência terrenos íngremes.

Emite vários sons: o assobio com que o macho atrai a fêmea na época do acasalamento, o guincho estridente que indica medo ou dor, bufa mostrando agressão e produz estalidos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anta
Acesso em: 23/06/09.

A anta

As antas são animais fortes.Comem frutos, folhas, caules, brotos, pequenos ramos, grama, plantas aquáticas, cascas de árvores, organismos aquáticos e pastam inclusive sobre plantações de cana, melão, cacau, arroz e milho.

Durante o acasalamento, os machos atraem as fêmeas com assobios estridentes. A cópula pode ocorrer tanto dentro quanto fora da água. O casal se separa após isso.

Raramente nasce mais de um filhote; este possui uma coloração diferente dos adultos: são rajados de marrom e branco. Ele é amamentado até quando a mãe estiver lactando. Em um ano e meio já está crescido e com a aparência dos adultos.

Durante o dia, a anta fica escondida na floresta. À noite, deixa o esconderijo para pastar. Suas pegadas, difíceis de serem confundidas, podem ser vistas logo ao amanhecer nas trilhas abertas na floresta, nas margens dos rios e até no fundo das lagoas.

A anta toma banhos freqüentes de lama e de água para se livrar de parasitas como carrapatos, moscas, etc. Por isso é encontrada próxima a rios e florestas úmidas.

Anta brasileira

A anta brasileira pertence à espécie Tapirus terrestris. Mede 1,10 m de altura e 2,20 (a fêmea) ou 2 m (o macho) de comprimento. Pesa cerca de 250 kg. Ocorre na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal.

A anta é encontrada também na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela - ou seja, toda a América do Sul exceto Uruguai e Chile.

Segundo a Lista Vermelha da IUCN seu estado de conservação é "vulnerável" (VU), mas a anta se encontra "criticamente ameaçada" (CR) em alguns estados brasileiros, como Paraná e Minas Gerais. O tipo de ameaça que sofre é a destruição de seu habitat, a caça, o fato de as populações estarem isoladas e em declínio. Além do homem, são seus predadores a sucuri e a onça.

Embora a anta tenha pêlo curto acinzentado, o filhote nasce com estrias claras no meio de pêlo castanho, uma camuflagem eficiente no meio da mata. Ele já nasce com o nariz alongado, uma tromba curta que a anta movimenta para cima e para baixo. Os índios tupis chamam a anta de “tapir” e os norte-americanos adotaram esse nome, mas para os índios guaranis a anta é “emborebi”.
Habitat: Florestas Tropicais, Pantanal e Cerrado.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/anta.php
Acesso em: 23/06/09.

Os morcegos

Salvem os morcegos

"Os morcegos, principalmente os hematófagos - que se alimentam de sangue -, podem transmitir doenças, como a raiva, em especial. As vítimas geralmente são os animais domésticos e o gado, dificilmente o homem.
Como a raiva é uma doença que mata os animais, o aumento das populações de morcegos hematófagos pode ocasionar consideráveis prejuízos à pecuária. No entanto, o controle desses morcegos pelo homem pode representar uma séria ameaça ao meio ambiente, pois, juntamente com as espécies hematófagas, são exterminadas também as espécies que se alimentam, por exemplo, de insetos, alguns dos quais são nocivos à agricultura.
Esta ameaça tem se acentuado ainda mais pela contaminação por agrotóxicos das fontes de alimentos de muitos morcegos - os frutos, as flores e os insetos. Além disso, a derrubada de florestas afeta a sobrevivência de muitas espécies sensíveis a mudanças em seu habitat.
Atualmente, estudiosos vem fazendo pesquisas para o combate espécífico das espécies que se alimentam de sangue. Isso porque o extermínio indiscriminado de todos os morcegos impediria que processos de dispersão de sementes, polinização e controle de populações de insetos fossem realizados por estes curiosos mamíferos."

Fonte:

Ciências: Os Seres Vivos
Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino
São Paulo: Editora Ática, 1999. p.173
(Adaptado de Ciência Hoje, mar./abr. 1986)

Cuíca-d'água

Cuíca-d'água
Chironectes minimus

É um animal que só costuma ser visto à noite, geralmente, nadando ou mergulhando, daí a origem do seu nome popular.
Seu corpo mede cerca de 40cm e sua cauda aproximadamente 43cm. Apresenta peso em torno de 600 gramas.
Suas patas traseiras tem membranas semelhantes às dos pés dos patos, o que a ajuda na natação, que ela realiza com o corpo submerso e apenas com a cabeça acima da água. Sua cauda funciona como um leme, orientando na direção a seguir. E é na água que esse animal consegue a maior parte de seus alimentos: peixes, anfíbios, crustáceos, insetos e, às vezes, algumas plantas aquáticas.
A cuíca-d'água é um marsupial, assim como os coalas, cangurus e gambás. Nas fêmeas, o marsúpio serve para dar continuidade ao desenvolvimento dos filhotes. Os machos também tem marsúpio, mas a função é proteger os testículos enquanto nadam.
Para dar à luz seus filhotes, a cuíca-d'água constrói ninhos em tocas subterrâneas escavadas às margens de rios e riachos onde vive. Normalmente, tem duas ou três crias por gestação. Os bebês cuícas - logo depois de nascidos - vão para o marsúpio, onde ficam protegidos e mamando até estarem fortes o suficiente para viver do lado de fora.
Dentro do marsúpio os filhotes ficam protegidos mesmo com a mãe cuíca na água, por causa do pelo. A pelagem dessa espécie é curta e impermeável, não deixando passar água para dentro da bolsa marsupial, cuja abertura é voltada para trás. Assim a fêmea consegue mantê-la fechada, impedindo que a água entre enquanto nada.
A cuíca-d'água é encontrada do sul do México até o Peru, parte central da Bolívia, sul do Paraguai e nordeste da Argentina. No Brasil, ocorre nos estados das regiões Sul, Centro-oeste e Sudeste.
Está na lista de animais ameaçados de extinção, por causa do desmatamento e das queimadas que prejudicam o ambiente, ou melhor, as florestas e matas ciliares onde a cuíca-d'água vive. Para evitar o desaparecimento da espécie, é preciso criar novas áreas de preservação ambiental e ampliar as que já existem. (Texto adaptado)

Fonte:
Texto de: Jânio Cordeiro Moreira
Laboratório de Mastozoologia,
Departamento de Zoologia,
Universidade do Rio de Janeiro
IN: Revista Ciência Hoje das Crianças nº 197 de Dezembro de 2008.

Porquinho da Índia


Porquinho da Índia

O porquinho da Índia ("Cavia porcellus") (ou preá, preá da Índia) é um roedor sul-americano da família dos caviídeos, existindo atualmente apenas como animal doméstico.
Apesar do seu nome comum, o porquinho da Índia não é suíno, nem tampouco indiano. Seu nome se deve a um erro de navegação: à época das grandes navegações, quando os europeus chegaram à América, buscando um novo caminho para as Índias, encontraram o pequeno animal, que era chamado pelo nativos de "Cui", por causa de seus grito curto parecido com o dos porcos. Os navegantes gostaram dele e o adotaram como mascote, levando-o para a Europa com um nome equivocado: porquinho da Índia.
Os porquinhos da Índia tornaram-se moda, ao chegarem à Espanha, espalhando-se então por toda a Europa, como animais de estimação.

Com relação ao seu nome em língua inglesa, "guinea pig", existem duas teorias:

* a de que as embarcações inglesas por fazerem escala na costa da Guiné, deram às pessoas a ideia de que os animais eram originários daquela região (e não da costa pacífica sul-americana); e
* ao preço cobrado pelos marinheiros ingleses pelos animais, um guinéu, moeda de ouro utilizada à época.

Desde o século XIX estes roedores vem sendo utilizados em estudos experimentais de laboratório, por isso são também conhecidos como cobaias, termo que, por vezes, também é utilizado para designar os hamsters.
Os porquinhos-da-Índia vivem de quatro a oito anos e podem reproduzir-se ao longo de todo o ano, gerando dois a cinco filhotes por ninhada. Para o primeiro acasalamento, recomenda-se que o macho tenha de três a quatro meses e as fêmeas de três a sete meses (jamais depois de sete meses). O período de gestação é de 59 a 72 dias, sendo a média de 62 dias. O tamanho dos filhotes, ao nascer, é de 7,62 cm. A idade ideal para o desmame é de 3 semanas.

Os machos chegam a pesar entre 1 kg e 1,2 kg e a medir 25 cm quando adultos. Já as fêmeas são mais leves, com aproximadamente 20 cm de comprimento e com entre 800 e 900 g de peso.

São animais vivazes e dóceis, raramente mordendo, o que pode ocorrer somente ao se sentirem ameaçados. Adaptam-se bem ao cativeiro e são alimentados com ração de coelho peletizada, feno ou capim, legumes (exceto alface, que pode causar-lhe diarréia) e frutas frescas. Recomenda-se a introdução do brócolis e da couve-flor na sua alimentação, por causa da quantidade de vitamina C que oferecem. Alimentos novos devem ser apresentados aos poucos, um de cada vez, observando sua reação.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Porquinho-da-%C3%ADndia
Acesso em 24/09/09

Para mais informações sobre o porquinho da Índia, acesse os sites abaixo:
http://www.bicharada.net/animais/animais.php?gid=15
http://br.geocities.com/vidaanimall/animais/roedores/porquinho.htm
http://www.saudeanimal.com.br/artigo87.htm
http://www.cuicui.com.br/porquinhos.asp
http://animais.clix.pt/topicos.php?bid=52
http://www.petsbr.com/?p=898

O cardápio dos morcegos

A alimentação dos morcegos

Os morcegos, são popularmente e erroneamente conhecidos como chupadores de sangue. Muitas pessoas, matam de forma indiscriminada os morcegos que encontram, por medo. Porém os morcegos não se alimentam só de sangue. Entre os mamíferos, os morcegos são o grupo com dieta mais diversa. Quanto à alimentação, eles podem ser classificados como:
  • Insetívoros - possuem sistema bastante apurado para caçar besouros, moscas, grilos, aranhas, escorpiões, entre outros. Calcula-se que eles possam comer quase a metade de sua massa em insetos a cada noite.
  • Frugívoros - têm dieta variada de frutos silvestres como figos, bananas, manga e outros.
  • Nectarívoros - aliemtam-se, principalmente, de néctar e pólen; são chamados morcegos beija-flores.
  • Carnívoros - comem rãs, lagartixas, ratos, aves e outros animais. Alguns completam sua dieta com frutos e insetos.
  • Piscívoros - poucas espécies têm o hábito de comer peixes. As que o fazem, chegam a comer trinta ou quarenta peixes pequenos.
  • Hematófagos - os conhecidos morcegos-vampiros fazem um corte pequeno na sua vítima, que sangra pela ação de um poderoso anticoagulante presente na saliva do vampiro. Esses morcegos lambem o sangue e chegam a consumir 30 ml por noite.
Apesar da possibilidade de transmissão da raiva para os seres humanos e para os animais domésticos, é preciso ressaltar que os morcegos são necessários para o equilíbrio ambiental: os insetívoros são muito importantes para o controle da população de insetos, os fugívoros auxiliam a dispersão de sementes e os nectarívoros ajudam na polinização. Também os hematófagos são utilizados pela medicina para a obtenção de substâncias anticoagulantes.

Fonte:
Ciência Hoje das Crianças n.106, set.2000 p.5
IN: Ciências: Projeto Pitanguá. Organizadora: Editora Moderna. Editor responsável: José Luiz Carvalho da Cruz. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2008.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Poema: Porquinho da Índia


Porquinho-da-Índia

Poema de Manuel Bandeira

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

Fonte: http://www.lainsignia.org/2005/enero/cul_027.htm Acesso em: 27/09/09

Veja logo abaixo um vídeo meu:



É um animalzinho muito dócil que encanta adultos e crianças. Aí no vídeo, a mãe e uma filhotinha que nasceu hoje (27/09/09).

Veja também matéria sobre o porquinho da Índia como animal de estimação, clicando em: http://capi2.blogspot.com/2006/10/porquinhos-da-ndia-animal-de-estimao.html