Lava-pés são capazes de se transformar em ponte e flutuar sobre a água
Você já deve ter visto vários tipos de ponte por aí, mas aposto que nunca viu uma feita de formigas. Até agora. No Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, esse fenômeno foi observado e estudado.
Não é qualquer tipo de formiga que sai fazendo pontes por aí. O comportamento foi observado apenas em formigas-lava-pés (Solenopsis invicta), conhecidas também como formigas-de-fogo – por sua picada dolorosa – e encontradas em gramados do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil.
Segundo o estudante de engenharia mecânica Sulisay Phonekeo, essas formigas conseguem formar pontes graças à sua força e a perninhas especiais. “Elas podem suportar até 20 vezes o próprio peso”, conta o pesquisador. “Além disso, usam suas pernas pegajosas como ganchos para se prender umas às outras e suportar a ponte”.
A ponte de formigas é tão resistente que os pesquisadores provocaram pequenos tremores ao redor dela e os insetos resistiram firmes e fortes. “Elas podem manter a ponte porque cada formiga dentro da estrutura ajuda as que estão fora”, explica Sulisay. “Se elas percebem que há um ponto fraco na ponte, as formigas que estão fora vão para lá para ajudar a preencher esse espaço vazio que está enfraquecido”.
Na natureza, as formigas formam essa estrutura para chegar a certos lugares mais rapidamente, passar por buracos ou fazer uma ligação entre duas folhas.
Imitando formigas
Os pesquisadores ficaram tão encantados com a habilidade das formigas de construir pontes que querem imitá-las. Eles acreditam que a técnica usada por esses insetos pode ser aplicada em estruturas construídas pelo homem. “Se nós humanos fôssemos capazes de construir materiais que pudessem se reparar antes de quebrar, assim como fazem as formigas com suas pontes, poderíamos prevenir desastres e economizar dinheiro”, aposta Sulisay.
Além de fazer pontes, as formigas-de-fogo têm outros ‘superpoderes’ fantásticos. “Juntas, elas podem se comportar como um líquido ou se organizar para ficarem fortes”, conta o pesquisador. “Até nadar elas conseguem: durante inundações, elas fazem ‘jangadas’ ao unirem seus corpos e com isso não afundam, ao contrário do que aconteceria se estivessem sozinhas”.
Fonte:
Ciência Hoje das Crianças
Acesso em 15/04/2014
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